segunda-feira, 20 de agosto de 2012

FIC - UMA CHANCE DE AMAR - CAPÍTULO 8 - PARTE 2 - AUTORA: JOYCE FEITOZA


No Capítulo anterior...
Claude: Quer saber porque eu guardei??? Foi para que toda vez que eu olhasse essa foto, lembra-se de que tinha  de me manter bem longe de você.
Rosa: “Eu admito ele sabe como enfiar a faca no lugar certo do meu peito. Porque eu to sentindo isso??? O normal seria eu não me importar com as baboseiras que ele diz. Mas hoje me incomodou”.
Rosa: Ah é???
Claude: Horas, você pensou que seria mais o que?? Pensou que eu tivesse guardado pra lembrar o quanto você.... era linda e lembrar dos momentos que vivemos?
Claude teve que se manter firme na frente de Rosa, pois realmente tinha guardado aquela foto para lembrar o quanto ela era linda e dos momentos que viveram. Mas também para lembrar de ficar bem longe dela. Daquela maluca italiana.
Rosa: Não!!! Talvez pra fazer macumba.
Claude: Pena que non pegou. Mas, me da aqui essa foto. Agora ela vai pra onde devia ter ido.
Claude pegou a foto e rasgou no meio e jogou as duas partes do lixo.

CAP – 8 (Parte 2)

Rosa: Ótimo!!! Espero que não tenha mais.
Rosa se segurou para não voar no pescoço de Claude e saiu da sala.
Mal a porta se fechou, Claude pegou os pedaços da foto no lixo e procurou desesperadamente uma fita adesiva em suas gavetas. A foto não ficou lá essas coisas cheia de fita adesiva, mas Claude foi esperto o suficiente para não rasgar a parte do rosto de Rosa.
Claude: Mon Dieu, pelo menos no rasguei o rosto, hã. Non ficou ton ruim assim com a fita. Tenho que guardar em um lugar que aquela maluca non veja.
Frazão: Nossa que amor roxo Francês. Quanta preocupação com a foto da sua esposinha.
Claude: Que amor o quê Frazon?
Frazão:Se não é amor porque ta ai todo preocupado em grudar essa foto e guardar.
Claude: Quero guardar pra lembrar do que vivi com ela e dá graças a Deus de esta separado dessa maluca.
Depois daquela discussão, aquela sala era mais silenciosa que deserto. Claude e Rosa praticamente se ignoravam.

(20:12- Apartamento de Rosa)
Rosa estava deitada em sua cama fingindo se concentrar em um livro, enquanto devorava uma pequena barra de chocolate branco.
Janete entrou no apartamento após voltar do trabalho e logo notou coisas estranhas. Os sapatos de Rosa estavam no chão, um em cada canto da sala, seu casaco estava pendurado ao avesso, sua bolsa estava largada no chão.
Janete: Rosa!!!?? O que aconteceu?
Rosa: Como assim, o que aconteceu??? Eu to lendo o meu livro de cabeceira só.
Janete: Lendo olhando para o teto e comendo chocolate branco?
Rosa: Tava pensando em algo aqui do livro.
Janete: Ta?? O que diz esse trecho?
Rosa: Diz que... diz...
Janete: Diz que você não consegue esconder nada da sua amiga. Diz que seus sapatos estão espalhados, seu casado ao avesso.
Rosa: Ta bom... É que minha vida ta de pernas pro ar. Eu vim para o Brasil, encontrei meu ex-marido, eu o detesto, transo com ele como se nós não fossemos quem somos e agora tudo que ele fala pra me afetar, afeta.
Janete: Amiga você quer que eu traduza?
Rosa: Traduzir o que Janete?
Janete: Que você ta apaixonada pelo seu ex-marido.
Rosa: Não Janete, eu já fui apaixonada, abre parênteses, iludida, fecha parênteses, pelo Claude.
Janete: Você mostrou a foto a ele, né?
Rosa: Mostrei sim e ele rasgou a foto na minha frente e disse que guardou para lembrar de se manter bem longe de mim.
Janete: Nossa!!! Esse Claude é um bom mentiroso, hein.

(07:00 - Apartamento de Rosa)
Rosa: “Eu acordei aquela manhã um caco, não aguentei nem me olhar no espelho. Estava parecendo um urso panda. Meu cabelo??? Estava horroroso, juba de leão era luxo perto da palha que estava sobre minha cabeça. Depois de um banho relaxante, até que me senti renovada e nada que uma boa maquiagem não resolvesse né? Depois que calcei meu salto, coloquei minha roupa estava linda, leve e solta. Mas só uma coisa podia tirar a minha tranquilidade. Saber que em menos de uma hora estaria trabalhando com o idiota do Claude Geraldy. Aquilo só podia ser um pesadelo em minha vida. Certo que ele não saía da minha cabeça, talvez a macumba tivesse funcionado de outro jeito. O jeito era empinar o meu nariz e seguir para aquela empresa.”
Assim Rosa fez. Se despediu da amiga, que ainda tomava café na sala, e seguiu para a construtora.

(07:29 – Mansão Geraldy)
Claude não acordou com bom humor. A situação do dia anterior o deixou muito chateado. E pra piorar, Nara passou a noite ligando para ele. Claude ate hesitou em atender mas o jeito foi ouvir Nara tagarelar. Claude não sabia porque continuava aquele relacionamento com Nara, se fosse por uma boa companhia até que seria uma explicação. Mas Nara só fazia encher o seu saco. Talvez colocasse um fim naquela relação.
Claude ia chegando a construtora e estava no estacionamento, se dirigindo a sua vaga de todos os dias, ou seja, a melhor de todas naquele estacionamento. Porém, um carro invadiu a sua frente e estacionou bruscamente. Claude não precisou nem fazer esforço para adivinhar quem tinha feito aquela manobra brusca e estacionado em sua vaga. Era apenas um nome: Rosa Petroni.... e infelizmente, ainda Geraldy.
Claude: Mas o que foi issi? Ficou maluca?
Rosa: Isso o que? Estacionei o meu carro só isso.
Claude: Estacionou na minha vaga.
Rosa: Nossa, não vi seu nome aqui. (Disse irônica)
Claude: Mas eu sempre estacionei nessa vaga. (Disse irritado)
Rosa: Claude desista, você não vai tirar meu bom humor hoje, ta querido.
Rosa fechou a porta do seu carro e saiu com seu caminhado sensual, que enlouquecia o francês.
Claude entrou na sala e Rosa estava apanhando alguns papeis no chão. Aquilo mexeu com o francês, difícil negar que sentiu um certo desejo por Rosa. Aquela italiana era realmente sensual e o seu corpo concordou com isso.
Claude, silenciosamente, se sentou em sua mesa sem que Rosa percebesse. Ela apanhou todos os papeis colocou na mesa e virou-se.
Rosa: Cruz credo... quer me matar do coração?
Claude: Só porque sentei em minha mesa, na minha sala?
Rosa: Parece um fantasma.
Claude fitava Rosa sem nem se tocar, olhava o corpo dela com um olhar como se tivesse vendo por baixo daquelas roupas delicadas e provocantes que Rosa trajava.
Rosa: O que foi hein? Porque ta me olhando com essa cara?
Claude: Tava aqui pensando... graças a Deus acordei a tempo de me separar de você.
Rosa: Ah, vai pro inferno Claude. (Disse saindo da sala irritada)
Claude deu um sorriso descarado e sagaz. No fundo ele adorava quando Rosa ficava irritada.
Em seguida, Rosa retornou pra sala com uma certa pressa e pegou sua bolsa. Claude, estranhando e curioso, quis saber onde ela ia.
Rosa: Vou a uma obra. Parece que estão precisando do engenheiro chefe.
Claude: E porque você vai?
Rosa: Porque vou comprar pão lá. Vou ver o que estão precisando, né. Ou esqueceu que sou engenheira também?
Claude: E vai sozinha?
Rosa: Não, lógico que não. Vou com meu amiguinho imaginário. (Disse saindo)
Claude sentiu um certo nervosismo. Rosa era bonita e ela, naquela obra cheia de peões, sozinha, ia causar o maior alvoroço. Então, ele só se deu tempo de pegar sua bolsa e sair atrás dela.
Assim que ela ia chegando em seu carro no estacionamento, Claude segurou em seu braço.
Claude: Espere!!!
Rosa: O que foi, hein?
Claude: Eu vou com você.
Rosa: Eu sei ir sozinha.
Claude: Mas eu vou com você, ta decidido.
Rosa: Claude vai cuidar de outra obra tá. Eu sei me virar.
Claude: Non, eu já disse que vou e ta decidido. Vamos... (Disse puxando-a pelo braço)
Rosa: Epa, epa! Ta, tudo bem que você vá, mas eu vou no meu carro.
Claude: Non, vamos no meu.
Rosa: Você pode até ir no seu, mas eu vou no meu. Se quiser, você vem no meu tá, eu mando esterilizar depois.
Claude: Eu, no carro com você dirigindo? Depois daquela manobra? Nem maluco!
Rosa: Ta, então vai a pé. Eu vou no meu carro.
Claude revirou os olhos e respirando fundo, entrou no carro de Rosa. Um carro tipicamente a cara dela. Bichinho de pelúcia em forma leãozinho. Em seu porta luvas tinha praticamente um arsenal de maquiagem, fora os adesivos também de leõezinhos grudados no fundo do carro.
Chegando na obra, depois um trânsito horrível, os dois desceram, Rosa entregou o capacete a Claude e eles seguiram para obra.
Rosa saiu na frente com nariz em pé e Claude apressava o passo até ela. As cantadas do peões eram uma mais atrevida que a outra o que irritou Claude.
Claude: Da próxima vez, coloque um vestido maior.
Rosa: Acho que só você ta incomodado.
Claude: Non é bom pra imagem da construtora.
Rosa: Claude me deixa, ta!!!
Rosa atravessou toda obra até chegar ao encarregado.
Rosa: Recebi um telefonema, qual o problema?
Encarregado: O problema é que não estamos sabendo como colocar esse concreto e em que parte colocar, pois se puxarmos para o lado esquerdo vai prejudicar a estrutura.
Rosa: Esse concreto é pra ser colocado junto àquela parte do prédio. (Disse apontando)
Claude: Non... non, esse concreto é pra ser colocado nesse espaço.
Rosa: Se colocar nesse espaço aqui, vai faltar espaço pra pilastra.
Claude: Faça o que eu disse.
Roa: Não senhor, faça o que eu disse.
Claude: Vem aqui!!! (Disse puxando Rosa pra um canto)
Rosa: O que foi, hein?
Claude: Você ta querendo estragar tudo é?
Rosa: Primeiro, você não foi chamado nessa obra Claude; segundo, eu sei o que to fazendo.
Claude: Ah, sabe? Saiba que ta ordenando uma coisa errada. Se esse prédio ficar sem o alicerce certo ele non vai durar muito.
Rosa: E se colocar desse lado ali, vai prejudicar o prédio vizinho.
Depois de resolverem o local certo onde seria colocado e comandar outras coisas, mesmo depois de muita discórdia, eles foram embora.
No caminho de volta, os dois permaneceram em silêncio, chateados e seguiram pra construtora.
Mal entraram no prédio, Sílvia já foi logo chamando Claude.
Sílvia: Dr. Claude, ainda bem que o senhor chegou. O Dr. Frederico não para de ligar, disse que quer falar com o senhor urgente.
Claude: Mon Dieu, mas que urgência é essa, hã?
Claude se dirigiu para sala onde Rosa já se encontrava e retornou a ligação.
Claude: Frederico me desculpe por lhe fazer esperar. Estava cuidando pessoalmente de uma obra.
Frederico: Claude, eu te liguei, porque tenho urgência em realizar a reunião pra assinar o contrato, pois vou passar um mês resolvendo negócios no Estados Unidos.
Claude: Claire, claire, entendo. Mas, pra quando é essa urgência?
Frederico: Preciso que esteja aqui ainda no inicio da manhã, de amanhã.
Claude: Mon Dieu... tom rápido assim?
Frederico: Espero que entenda.
Claude: Non tem problema, eu posso sair agora no fim de tarde de carro e creio que chego aí ainda na madrugada. Estarei logo cedo em seu escritório.
Frederico: Ah, preciso que sua sócia, Rosa Petroni, também compareça. O documento exige a assinatura dela.
Claude: Tem certeza disse?
Frederico: Claro que tenho. Tenho que desligar, aguardo vocês amanhã.
Claude: Era só o que me faltava pra completar meu dia.
Rosa: O que ele disse?
Claude: Quer que a reunion seja no inicio da manhã, de amanhã.
Rosa: É, pelo visto você vai ter que sair agora e pegar a estrada.
Claude: Nós vamos.
Rosa: Nós? Não, to muito bem aqui.
Claude: Ele exige a sua presença.
Rosa: Mas que droga! Então é melhor irmos logo. Vou passar em casa, depois passo na sua casa pra te buscar.
Claude: Non, non mesmo. Nós vamos no meu carro.
Rosa: Eu não entro naquela lata velha.
Claude: Nem pensar. Non vou sair na estrada a noite, com você dirigindo feito doida com aquele carro.
Rosa: Então, vá no seu, que eu vou no meu.
Claude: Eu aceitei ir no seu carro de manhã. Enton, agora você vai no meu e ta decidido. Passo na sua casa daqui a meia hora.
Rosa não teve como retrucar e resolveu aceitar. Também, porque não estava afim de dirigir.
CONTINUA...

2 comentários:

  1. Joyce, que casal do barulho, esse! Como será essa viagem dos dois, estou curiosa? Muito engraçado esse capítulo! Bjs.

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    1. Maria até eu me divirto com esse casal. Tava relendo aqui e rindo mto. Essa viagem promete! Além de engraçada tem mto romance no ar. Bjs

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