C: Vem aqui – Diz levando-a até a cama e
deitando-se com ela. - A gente vai superar isso, mon amour. Juntos, hã?
Rosa concorda balançando a cabeça afirmativamente,
passa a mão pela face dele e diz num sussurro:
R: Eu te amo... te amo... E acaba adormecendo com os carinhos dele em seus cabelos.
Claude se levanta e vai tomar um banho. Seus pensamentos fervem.
“ Nara... ela só pode estar querendo mais dinheiro... ela nem imagina que o Egídio passou as poucas ações que tinham da construtora pro Frazon... a única coisa que ela non conseguiu se apropriar... só pode ser isso...”
Rosa começa a se agitar, e acorda assustada. Ela não quer, mas as lágrimas insistem em rolar pela sua face. Seus pensamentos são confusos:
“Meu Deus... não... não pode ser verdade... eu não mereço isso! Por que, Senhor, por que tudo é sempre tão complicado na minha vida?”
Ela sai da cama, perdida em seus pensamentos, e quando se dá conta está na porta do banheiro, chamando por Claude, que permanecia encostado na parede, em seus pensamentos também.
R: Claude... Eu não consigo... Me ajuda!
Ele abre os braços pra ela, que de camisa e tudo, se joga contra ele. Claude a abraça enquanto diz:
C: Calma, chérie..calma! Son só fantasmas e esses fantasmas non vão nos fazer mal...
E a única testemunha desse juramento foi a água do chuveiro que os unia ainda mais...
Enquanto isso em Nova Iorque, uma conversa
telefônica acontece:
N: Então, Dr. Otávio Coutinho, você não acha meu
plano perfeito? Agora que ele vai receber estes investimentos...
Cou: Blá... blá... blá...
N: Como é que é?? Ele se casou? Você tem certeza?
Cou: Blá... blá... blá....
N: Mas eu sei como seduzi-lo... sei como ele gosta
das coisas... Essazinha não perde por esperar! Eu fico aguardando seu
contato... - Diz enquanto alguém a abraça por trás...
Agora tenho que desligar... O Júlio tá saindo do
banho... Até...
Ju: Fazendo novas vítimas, meu amor?
N: O que você acha? Não gosta do que eu te
proporciono? Preciso assegurar mais uma temporada destas. Além do que não é tão
nova assim, essa vítima - E sorri sarcasticamente...
Ju: Nara, você não presta! Mas eu gosto de você! E
a joga violentamente na cama.
Alguns dias se passam.
Não houve mais telefonemas, e eles evitam tocar no
assunto.
Já é domingo. Rosa e Claude se preparam pra ir ao
almoço no casarão. Frazão e Janete também foram convidados.
Eles chegam quase ao mesmo tempo. O almoço acontece
da melhor maneira possível, apesar de Claude não gostar da presença de
Antoninho e não dar espaço pra ele chegar perto de Rosa.
Já no fim da tarde, apenas Rosa e Claude permanecem
no casarão. Eles estão sentados na sala, com S. Giovanni, Dino e Terezinha. D.
Amália passa um café e serve a todos.
G: Então Dotore, quando é que o senhor vai assumir
um compromisso sério com minha Serafina?
Claude quase derruba a xícara de café em Rosa, que
está ao seu lado, pois ambos não esperavam por essa.
A: Giovanni deixa de se intrometer na vida deles!
G: É minha filha! Io tenho o direito, não tenho?
A: Não tem mais.
Ela já é uma mulher independente, não mora mais com a gente, não tem que
dar satisfação do que faz ou deixa de fazer.
G: Hummm! Você é que está muito moderninha pro meu
gosto...
Claude tentava responder, mas a cada vez que ia falar
eles conversavam entre eles.
C: Seu Giovanni, D. Amália, eu amo a Rosa. Eu nunca
faria nada pra magoá-la. E a gente já tem um compromisso, non é mon amour?
R: È, pai! A gente já tá comprometido - “em todos
os sentidos” – Diz pra si mesma.
G: Ehhhhh que história é essa Serafina?
R: Pai!!! Eu trabalho com ele e a gente fica junto
quase o dia inteiro, tá namorando, tem a restauração da casa... É isso que eu
quero dizer!
Claude então se levanta:
C: Seu Giovanni, eu vou resolver esse problema
agora, hã?
R: Não, Claude, ainda não é hora de contar pra eles
- Diz de maneira que só ele escuta.
C: Calma, coraçon... confia em mim...
Ele tira uma caixinha do bolso, fica em frente de
Rosa, a olha profundamente, e diz:
C: Serafina Rosa... você aceita se casar comigo?
Rosa, sem tirar os olhos do olhar do seu amor,
responde:
R: Sim! Todas as vezes que você quiser!
Claude coloca o anel em seu dedo, e dá um selinho
nela. Todos fazem festa, batem palmas, assoviam...
G: Dino, Terezinha... Vão pegar aquele vinho
especial! Agora eu posso morrer em paz,
Amália! – E somente ela escuta estas últimas palavras.
Depois de brindarem com o vinho, Claude e Rosa se
despedem e voltam pra casa.
No carro:
R: Você é louco! Quase me mata de susto! Pensei que ia contar do nosso casamento!
C: Eu bem queria, você que non deixa, oui?
R: Depois da assinatura do contrato a gente conta.
E vai se preparando porque Seu Giovanni não vai gostar nada disso!
C: Vai sim, chérie. Ele é conservador, mas ele só
quer te ver feliz!
R: Eu sei... Mas meu amor, passa no meu apartamento
que tenho que pegar mais algumas roupas, sapatos e outras coisinhas mais!
C: Non sei pra quê! Você acaba usando minhas
camisas, toda noite! – E deixa Rosa vermelha como um pimentão!
Alguns dias se passam. Rosa se divide entre a
restauração da casa e o projeto das casas populares. Estuda e ensaia o que vai
falar durante horas. E junto com ela Gurgel.
Ela reconhece que está exagerando, mas também reconhece que assim fica mais fácil
não pensar em Nara e Júlio.
Claude já havia feito as alterações na construtora
com Janete, Silvia e a contratação de Gurgel.
Janete não cabia em si de felicidade, e sempre que podia agradecia à
Rosa.
J: Rosa, eu to tão feliz! Nunca imaginei que
pudesse ter assim um cargo de Diretoria... Isso eu devo a você, minha amiga!
R: Você não me deve nada, Jane! Você só deve a si
mesma: se mostrou competente quando eles precisaram... foi você que conquistou
isso!
J: È, mas se não fosse você com aquela história do
virtual, isso não aconteceria!
R: Bom se é assim, se você não tivesse me indicado
como paisagista, eu nem saberia que o Claude existe! Então também, vou ficar te
agradecendo, todo dia!
J: Hummm..já entendi... sem mais agradecimentos! E as
duas riem.
Frazão e
Claude entram na sala neste momento:
F: Posso saber do que as duas mulheres da minha
vida estão rindo? – Diz propositalmente, sabendo que o francês não ia gostar...
C: Que duas mulheres, ohhhh Frazon! Perdeu a noçon,
hã? Você tem só a Janete que eu saiba! Eu non sei como ela te agüenta !
F; Do mesmo jeito que a Rosa te suporta, meu
querido! Há!Ha! Há!
Claude enlaça Rosa pela cintura, que só observava a
“conversa” dos dois:
C: Que isso! Que brincadeira mais boba, hã? Desde
quando alguém tem que me suportar? E Rosa, você non vai me defender non?
R: Eu vou é ensaiar de novo com o Gurgel. Depois
quero que vocês vejam e digam se eu não vou fazer feio! Vem comigo Janete?
J: Só se for agora!
Após as duas saírem, o celular de Claude toca, ele
olha: número restrito.
N: Claude! Sua empregadinha. como é mesmo o nome
dela? Ah! Rosa! Ela deu meu recado pra você? Eu to chegando
pra retirar mais alguns ”trocados” da construtora, a parte que era do meu pai e
agora é minha por direito! Afinal você agora vai ser sócio de milionários americanos!
C: Escuta, como você conseguiu esse número? E que história é essa de empregadinha? A Rosa
é minha esposa, hã? E nós non temos mais nada a nos falar. Adeus!
E desliga o celular.
Do outro lado da linha:
N: Que ódio! Que raiva! Você não devia falar assim
comigo, seu francês idiota!
Idiota igual meu pai... Querendo fazer casinha pra
gente pobre! Você não perde por esperar...
Na sala da construtora:
F: Era ela, a Nara, não é?
C: Era. Ela já sabe dos americanos. Eu non to
gostando disso Frazon. Ela e aquele outro, de volta aqui...
F: Eu queria saber, como foi que ela soube do
investimento dos americanos!
C: Eu também, Frazon... eu também! Mas vamos lá ver
Rosa e Gurgel, hã?
Eu também não estou gostando dessa manifestação de Nara, aff! Acho que vai dar o que fazer pro nosso casal querido, estou esperando muita confusão. Está muito bom Sônia! Bjs.
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