quinta-feira, 9 de agosto de 2012

FIC - À PRIMEIRA VISTA - CAPÍTULO 12 - PARTE 2 - AUTORA: SÔNIA FINARDI

C: Vem aqui – Diz levando-a até a cama e deitando-se com ela. - A gente vai superar isso, mon amour. Juntos, hã?



Rosa concorda balançando a cabeça afirmativamente, passa a mão pela face dele e diz num sussurro:

R: Eu te amo... te amo... E acaba adormecendo com os carinhos dele em seus cabelos.

Claude se levanta e vai tomar um banho. Seus pensamentos fervem.

“  Nara... ela só pode estar querendo mais dinheiro... ela nem imagina que o Egídio passou as poucas ações que tinham da construtora pro Frazon... a única coisa que ela non conseguiu se apropriar... só pode ser isso...”

Rosa começa a se agitar, e acorda assustada. Ela não quer, mas as lágrimas insistem em rolar pela sua face. Seus pensamentos são confusos:

Meu Deus... não... não pode ser verdade... eu não mereço isso! Por que, Senhor, por que tudo é sempre tão complicado na minha vida?”

Ela sai da cama, perdida em seus pensamentos, e quando se dá conta está na porta do banheiro, chamando por Claude, que permanecia encostado na parede, em seus pensamentos também.

R: Claude... Eu não consigo... Me ajuda!

Ele abre os braços pra ela, que de camisa e tudo, se joga contra ele. Claude a abraça enquanto diz:

C: Calma, chérie..calma! Son só fantasmas e esses fantasmas non vão nos fazer mal...

E a única testemunha desse juramento foi a água do chuveiro que os unia ainda mais...

Enquanto isso em Nova Iorque, uma conversa telefônica acontece:

N: Então, Dr. Otávio Coutinho, você não acha meu plano perfeito? Agora que ele vai receber estes investimentos...

Cou: Blá... blá... blá...

N: Como é que é?? Ele se casou? Você tem certeza?

Cou: Blá... blá... blá....

N: Mas eu sei como seduzi-lo... sei como ele gosta das coisas... Essazinha não perde por esperar! Eu fico aguardando seu contato... - Diz enquanto alguém a abraça por trás...
Agora tenho que desligar... O Júlio tá saindo do banho... Até...

Ju: Fazendo novas vítimas, meu amor?

N: O que você acha? Não gosta do que eu te proporciono? Preciso assegurar mais uma temporada destas. Além do que não é tão nova assim, essa vítima - E sorri sarcasticamente...

Ju: Nara, você não presta! Mas eu gosto de você! E a joga violentamente na cama.

Alguns dias se passam.
Não houve mais telefonemas, e eles evitam tocar no assunto.

Já é domingo. Rosa e Claude se preparam pra ir ao almoço no casarão. Frazão e Janete também foram convidados.

Eles chegam quase ao mesmo tempo. O almoço acontece da melhor maneira possível, apesar de Claude não gostar da presença de Antoninho e não dar espaço pra ele chegar perto de Rosa.

Já no fim da tarde, apenas Rosa e Claude permanecem no casarão. Eles estão sentados na sala, com S. Giovanni, Dino e Terezinha. D. Amália passa um café e serve a todos.

G: Então Dotore, quando é que o senhor vai assumir um compromisso sério com minha Serafina?

Claude quase derruba a xícara de café em Rosa, que está ao seu lado, pois ambos não esperavam por essa.

A: Giovanni deixa de se intrometer na vida deles!

G: É minha filha! Io tenho o direito, não tenho?

A: Não tem mais.  Ela já é uma mulher independente, não mora mais com a gente, não tem que dar satisfação do que faz ou deixa de fazer.

G: Hummm! Você é que está muito moderninha pro meu gosto...

Claude tentava responder, mas a cada vez que ia falar eles conversavam entre eles.

C: Seu Giovanni, D. Amália, eu amo a Rosa. Eu nunca faria nada pra magoá-la. E a gente já tem um compromisso, non é mon amour?

R: È, pai! A gente já tá comprometido - “em todos os sentidos” – Diz pra si mesma.

G: Ehhhhh que história é essa Serafina?

R: Pai!!! Eu trabalho com ele e a gente fica junto quase o dia inteiro, tá namorando, tem a restauração da casa... É isso que eu quero dizer!

Claude então se levanta:

C: Seu Giovanni, eu vou resolver esse problema agora, hã?

R: Não, Claude, ainda não é hora de contar pra eles - Diz de maneira que só ele escuta.

C: Calma, coraçon... confia em mim...

Ele tira uma caixinha do bolso, fica em frente de Rosa, a olha profundamente, e diz:

C: Serafina Rosa... você aceita se casar comigo?

Rosa, sem tirar os olhos do olhar do seu amor, responde:

R: Sim! Todas as vezes que  você quiser!

Claude coloca o anel em seu dedo, e dá um selinho nela. Todos fazem festa, batem palmas, assoviam...

G: Dino, Terezinha... Vão pegar aquele vinho especial!  Agora eu posso morrer em paz, Amália! – E somente ela escuta estas últimas palavras.

Depois de brindarem com o vinho, Claude e Rosa se despedem e voltam pra casa.

No carro:

R: Você é louco! Quase me mata de susto!  Pensei que ia contar do nosso casamento!

C: Eu bem queria, você que non deixa, oui?

R: Depois da assinatura do contrato a gente conta. E vai se preparando porque Seu Giovanni não vai gostar nada disso!

C: Vai sim, chérie. Ele é conservador, mas ele só quer te ver feliz!

R: Eu sei... Mas meu amor, passa no meu apartamento que tenho que pegar mais algumas roupas, sapatos e outras coisinhas mais!

C: Non sei pra quê! Você acaba usando minhas camisas, toda noite! – E deixa Rosa vermelha como um pimentão!


Alguns dias se passam. Rosa se divide entre a restauração da casa e o projeto das casas populares. Estuda e ensaia o que vai falar durante horas. E junto com ela Gurgel.

Ela reconhece que está exagerando, mas  também reconhece que assim fica mais fácil não pensar em Nara e Júlio.

Claude já havia feito as alterações na construtora com Janete, Silvia e a contratação de Gurgel.

Janete não cabia em si de  felicidade, e sempre que podia agradecia à Rosa.

J: Rosa, eu to tão feliz! Nunca imaginei que pudesse ter assim um cargo de Diretoria... Isso eu devo a você, minha amiga!

R: Você não me deve nada, Jane! Você só deve a si mesma: se mostrou competente quando eles precisaram... foi você que conquistou isso!

J: È, mas se não fosse você com aquela história do virtual, isso não aconteceria!

R: Bom se é assim, se você não tivesse me indicado como paisagista, eu nem saberia que o Claude existe! Então também, vou ficar te agradecendo, todo dia!

J: Hummm..já entendi... sem mais agradecimentos! E as duas riem.

Frazão  e Claude entram  na sala neste momento:

F: Posso saber do que as duas mulheres da minha vida estão rindo? – Diz propositalmente, sabendo que o francês não ia gostar...

C: Que duas mulheres, ohhhh Frazon! Perdeu a noçon, hã? Você tem só a Janete que eu saiba! Eu non sei como ela te agüenta !

F; Do mesmo jeito que a Rosa te suporta, meu querido! Há!Ha! Há!

Claude enlaça Rosa pela cintura, que só observava a “conversa” dos dois:

C: Que isso! Que brincadeira mais boba, hã? Desde quando alguém tem que me suportar? E Rosa, você non vai me defender non?

R: Eu vou é ensaiar de novo com o Gurgel. Depois quero que vocês vejam e digam se eu não vou fazer feio! Vem comigo Janete?

J: Só se for agora!

Após as duas saírem, o celular de Claude toca, ele olha: número restrito.

N: Claude! Sua empregadinha. como é mesmo o nome dela?  Ah! Rosa!  Ela deu meu recado pra você? Eu to chegando pra retirar mais alguns ”trocados” da construtora, a parte que era do meu pai e agora é minha por direito! Afinal você agora vai ser  sócio de milionários americanos!

C: Escuta, como você conseguiu esse número?  E que história é essa de empregadinha? A Rosa é minha esposa, hã? E nós non temos mais nada a nos falar. Adeus!
E desliga o celular.

Do outro lado da linha:

N: Que ódio! Que raiva! Você não devia falar assim comigo, seu francês idiota!

Idiota igual meu pai... Querendo fazer casinha pra gente pobre! Você não perde por esperar...

Na sala da construtora:

F: Era ela, a Nara, não é?

C: Era. Ela já sabe dos americanos. Eu non to gostando disso Frazon. Ela e aquele outro, de volta aqui...

F: Eu queria saber, como foi que ela soube do investimento dos americanos!

C: Eu também, Frazon... eu também! Mas vamos lá ver Rosa e Gurgel, hã?

Um comentário:

  1. Eu também não estou gostando dessa manifestação de Nara, aff! Acho que vai dar o que fazer pro nosso casal querido, estou esperando muita confusão. Está muito bom Sônia! Bjs.

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