SESSÃO SAUDADE - ADONIRAN BARBOSA

Nossa homenagem de hoje é para o cantor, compositor e ator Adoniran Barbosa.

Poderíamos dizer muitas coisas a respeito dele, mas julgamos que a melhor descrição dele se encontra nas palavras de Susana Gigo Ayres, registradas em http://www.mpbnet.com.br/musicos/adoniran.barbosa/, que reproduzimos abaixo:

“Ele nos conta a vida de um típico paulistano, filho de imigrantes italianos, a sobrevivência do paulistano comum numa metrópole que corre, range e solta fumaça por suas ventas. Através de suas músicas, canta passagens dessa vida sofrida, miserável, juntando o paradoxo bom humor / realidade - para quê lamúrias?

Tirou de seu dia a dia a idéia e os personagens de suas músicas. Iracema nasceu de uma notícia de jornal - quando uma mulher havia sido atropelada na Avenida São João.

Adoniran nasceu e morreu pobre - todo o dinheiro que ganhou gastou ajudando ou comemorando sucessos com os amigos - seu combustível era a realidade - porque então querer viver fora dela? Talvez soubesse que o valor maior de suas canções eram interpretações como a de Elis ou Clara Nunes.

Foi um grande colecionador de amigos, com seu jeito simples de fala rouca, contador nato de histórias, conquistava o pessoal do bairro, dos freqüentadores dos botecos onde se sentava para compor o que os cariocas reverenciaram como o único verdadeiro samba de São Paulo. Mais do que sambista, Adoniran foi o cantor da integridade.”

Para saber mais a respeito desse artista, favor consultar: http://www.dicionariompb.com.br/adoniran-barbosa/biografia.

Com o objetivo de homenageá-lo, escolhemos uma de suas canções mais lembradas, Trem das Onze, que reproduzimos abaixo em sua interpretação.

Obrigado, Adoniran, por sua alegria e o legado musical que nos deixou! Que descanse em paz!

Boa recordação!

Fonte: http://www.youtube.com/watch?v=ceBdGz3eTFg

LETRA

TREM DAS ONZE

Quais, quais, quais, quais, quais, quais,

Quaiscalingudum

Quaiscalingudum

Quaiscalingudum

Não posso ficar

Nem mais um minuto com você

Sinto muito amor

Mas não pode ser

Moro em Jaçanã

Se eu perder esse trem

Que sai agora às onze horas

Só amanhã de manhã

E além disso mulher

Tem outra coisa

Minha mãe não dorme

Enquanto eu não chegar

Sou filho único

Tenho minha casa pra olhar

Bam zam zam zam zam zam

Quaiscalingudum

Quaiscalingudum

Quaiscalingudum

Fonte: http://letras.mus.br/demonios-da-garoa/635205/