CAPÍTULO
XXVII – NOTÍCIAS 2
Bem
mais tarde, eles retornam para casa.
Assim
que chegam, encontram uma Dadi agitada, bem diferente da costumeira Dadi,
sempre tão espirituosa, brincalhona...
D:
Graças a Deus! Finalmente vocês chegaram... Tá tudo bem com vocês?
C:
Claro, Dadi. Tudo ótimo! Por que non
estaria?
Dadi
olha pra Rosa, pensando se fala ou não, mas decide falar:
D:
Dr.Claude... aquele homem... o tal de Júlio... ele não pára de ligar... procurando
por D. Rosa...
Claude
e Rosa se olham.
R:
Meu Deus... estava muito bom pra ser verdade... todo esse tempo sem
notícias dele...
C:
Calma, Rosa... Você conseguiu gravar a ligaçon, Dadi?
D:
Eu acho que sim... fiz como eles ensinaram...
Claude
vai até o equipamento para ouvir as gravações, mas o telefone toca.
C:
Eu atendo!
C:
Alô!
Ju:
Vocês deviam tomar mais cuidado. Não é bom ficarem sozinhos... até tão tarde no
local de serviço!
C:
Escuta aqui, você está seguindo a gente? Você non vai nos intimidar... desiste,
se entrega, ou sei lá foge, vai embora do país, hã?
Ju:
Eu não tenho saída... agora é a grana ou a morte e vocês tem a grana... ou melhor Serafina a
tem.... e eu estou de olho em vocês...
C:
Você non entende mesmo ... nós non temos dinheiro algum.. non esse que você
imagina...
Ju:
Imagino? Aquele traidor do Coutinho sabe até a hora que a grana vai ser
transferida! Eu estou até pensando em fazer um acordo... vocês transferem tudo pra minha conta na Suíça, e
eu deixo vocês em paz...
C:
Eu non faço acordos com canalhas...
Ju:
Então, aguente as conseqüências da sua decisão! – E desliga.
Durante
a ligação, Rosa andava de um lado pro outro, até que Dadi a abraça, tentando
confortá-la.
C:
Covarde! – Diz Claude. – Sempre desligando!
R:
Ele vai aprontar alguma, Claude... eu sinto isso!
Claude
se aproxima dela, abraçando-a, de tal modo que a cabeça de Rosa fica encostada
em seu peito.
C:
Mon Dieu... você está tremendo... xxiiiiii ele non vai te fazer mal, chérie... eu non vou deixar,
hã? - Ela levanta os olhos para ele:
R:
Promete que vai estar sempre perto de mim? Assim me abraçando igual agora... me
dando força?
C:
Sempre, mon amour, sempre...
R:
Eu vou subir, tomar um banho e tentar dormir... não precisa ir comigo, eu sei
que você trouxe serviço pra casa...
C:
Esses papéis já esperaram a tarde toda... podem esperar um pouco mais, hã?
Eles
sobem, e depois de um bom tempo, Rosa consegue dormir.
“Os papéis que esperem... eu vou ouvir as
gravações” - Pensa Claude enquanto desce para a sala.
Ele
ouve todas as ligações. Em cada uma delas, ameaças à vida de Rosa, à sua vida,
frases de duplo sentido, sempre exigindo o dinheiro...
Claude
se serve de uma generosa dose de uísque sem gelo.
“Canalha!
Covarde!... Eu realmente devia tê-lo jogado pela janela!”
Ele
volta ao quarto, toma banho e se deita ao lado de Rosa, mas nem mesmo a bebida,
foi capaz de fazê-lo dormir logo...
No
dia seguinte, Claude acorda antes de Rosa e, vendo-a dormir tão calmamente,
resolve não acordá-la.
Ele
toma um café enquanto conversa rapidamente com Dadi:
C:
Dadi, achei melhor deixar Rosa descansando. Eu ligo pra ela mais tarde. Antes de ir à construtora, vou passar na
delegacia, deixar o Paulo por dentro dessas ligações...
D:
Eu cuido de D.Rosa, Dr. Claudes, pode confiar em mim.
C:
Eu confio em você, Dadi. Como se você fosse minha mãe, hã? – E dá um beijo
nela.
Ele
já está na porta, quando se volta e diz:
C:
Dadi... tenta non deixar que ela atenda ao telefone, oui? E faz ela comer
algo...
D:
Sim, senhor.
Claude
passa na delegacia, informa a Paulo e Suzana sobre os conteúdos das ligações, deixando
a fita em poder deles.
Paulo
coloca um agente de sua equipe para ficar de “plantão”.
P:
Claude... posso chamá-lo assim, não?
C:
Claro!
P:
Então, aqueles dois amigos do Júlio, estão sob vigilância severa. Inclusive a
moça, já deixou o flat onde estava. Está na casa do Otávio Coutinho. Mas não
entraram em contato com o Julio. Não pelos meios normais...
C:
Eu acho que eles se separaram... por causa dos dólares... cada um quer tudo pra
si...
P:
Dinheiro... a causas de muitos males... se usado erroneamente!
C:
D’accord! Paulo, eu agradeço a atençon especial que você está dando nesse
caso... - Eles se despedem com um aperto de mão.
No
apartamento, Rosa acorda e se percebe sozinha. Ela imediatamente olha para o
relógio e vê que já passava das nove horas. Rapidamente ela toma um banho e se
arruma, pois sua consulta estava marcada para as dez e trinta.
Depois
de pronta ela desce. Dadi a esperava com um super café da manhã.
R:
Bom dia, Dadi! O Claude já foi?
D:
Já sim D. Rosa. Ele disse que era pra
deixar a senhora descansar bem. E tomar um café da manhã sem reclamar.
R:
Eu quero só um suco, Dadi. Eu vou passar por lá. A Janete ficou de ir comigo ao
médico.
D:
Médico? É o que eu to pensando, D. Rosa?
R:
Se você está pensando o que eu estou pensando... pode ser Dadi... mas não
comente nada com o Claude, porque se der positivo, eu vou fazer uma surpresa
pra ele...
D:
Pode deixar D.Rosa... eu farei boca de siri!
Rosa
termina o suco e vai para a construtora levada por Rodrigo. Na sala de Claude,
ele conversava com Frazão e Janete
J:
Nossa! No lugar da Rosa, eu não sairia mais de casa.
F:
Você não pode se descuidar, mon ami... O cara tá “assessorado” por traficantes!
C:
Eu já passei a fita das ligações pro seu amiguinho, Frazon...
F:
Você pegou o Paulo pra Cristo hem, Claude?
C:
Acredita que hoje ele non perguntou de Rosa? Falando em Rosa, vou ligar pra
ela...
Rosa
entra na sala:
R:
Tarde demais... eu cheguei! Bom dia, Frazão! Bom dia, Janete!
C:
E eu non ganho bom dia non?- Diz se levantando e chegando perto dela.
R:
Bom dia, meu amor! Mas quem é que não perguntou por mim?
J:
O Paulo, amiga. Claude está feliz porque ele não perguntou de você! Pode?
C:
Janete, você está ficando igual a alguém que eu conheço e non quero falar o
nome, mas que estou olhando pra ele, hã?
R:
Claude!
F:
Isso foi pra mim, meu querido? Rsrsrsr
J:
Desculpa, Claude, mas não resisti...rsrsrs
C:
Non resitiu... sei... me aguarde, D. Janete, me aguarde! Rsrsrs
R:
Bom, a conversa tá ótima, mas eu vim buscar a Janete.
J:
Me buscar?
R:
É, Jane... lembra que você ficou de ir comigo fazer aquelas compras... pro
casamento?
J:
Ahh é... verdade... combinamos de ir hoje, não é?
R:
Sim. Não vai ser demorado. Já ficou tudo quase encomendado...
C:
E eu non posso ir junto?
R:
Não! Quer dizer, são só compras... você não vai ter paciência...
C:
D’accord! Mas vocês vão e voltam com Rodrigo.
Rosa
e Janete saem com destino ao consultório médico.
Rosa
é atendida por seu médico.
M:
Serafina Rosa Petroni! Pela sua ficha, você devia ter retornado há seis meses
atrás. Você está em débito comigo hem?!
Ou melhor, com você mesma!
R:
Por isso que eu vim até você! E falta pôr um Geraldy, aí na minha ficha. Eu me
casei...
Rosa prossegue o diálogo e o médico a examina
e solicita os exames necessários.
Ao
final da consulta.
M:
Muito bem, Serafina... você veio buscar uma resposta, não é? Eu posso garantir,
mesmo sem o resultado dos exames, que é “positivo”!
R:
Você quer dizer... que eu estou grávida? Realmente grávida?
M:
Cem por cento grávida! Mas o pai não veio junto por quê?
R:
Porque eu queria ter certeza! Eu vou fazer uma surpresa pra ele!
M:
Vamos fazer o seguinte - Ele chama sua assistente. – Dora, leve a Serafina até a sala de ultrassonografia.
Vamos ver de que tamanho está a sua surpresa... - E sorri pra Rosa.
Na
sala de ultrassom, depois de preparada, segue o exame:
M:
Olha aqui... de acordo com a data que você me passou da sua última menstruação,
podemos calcular que você está com oito semanas de gestação... vai entrar no
terceiro mês, Serafina.
R:
Meu Deus... três meses... – Diz olhando para o vídeo... Eu não consigo entender
essa imagem, doutor.
M:
Esse é um ultrassom mais básico. Da próxima vez, podemos fazer o 3D. Ele dá uma
imagem bem realista. Vocês e seu marido vão gostar. Parabéns, mamãe Serafina!
R:
Nossa! O Claude vai ficar muito feliz, quando... quando a surpresa chegar...
M:
Espera... ou tem alguma coisa errada com a imagem... ou...
R:
Errada? Tem alguma coisa errada com o bebê?
M:
Pelo que entendi seu marido quer muito um filho, não é isso?
R:
Sim... nós dois queremos... é grave o que o bebê tem? – Pergunta ansiosa pela
resposta.
M:
Não.
R:
Obrigada meu Deus! Saúde é tudo! – Sussurra ela.
M:
É, vai ser uma grande surpresa... É que
ele estava bem escondidinho, o danado... não há nada grave com os bebês,
Serafina...
R:
Que bom doutor... bebês? No plural?
M:
Sim, vocês estão “grávidos” de gêmeos, Serafina!
Sônia, devido a alguns problemas, tenho andado meio ausente da net, mas hoje recomecei a ler sua fic, de que gosto bastante. Gostei desse capítulo, muito linda essa surpresa de Serafina, esperando gêmeos! Vou continuar, bjs.
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