quinta-feira, 1 de novembro de 2012

FIC - À PRIMEIRA VISTA - CAPÍTULO 27 - AUTORA: SÔNIA FINARDI

CAPÍTULO XXVII – NOTÍCIAS 2

Bem mais tarde, eles retornam para casa.
Assim que chegam, encontram uma Dadi agitada, bem diferente da costumeira Dadi, sempre tão espirituosa, brincalhona...
D: Graças a Deus! Finalmente vocês chegaram... Tá tudo bem com vocês?
C: Claro, Dadi. Tudo ótimo! Por que  non estaria?
Dadi olha pra Rosa, pensando se fala ou não, mas decide falar:
D: Dr.Claude... aquele homem... o tal de Júlio... ele não pára de ligar... procurando por D. Rosa...
Claude e Rosa se olham.
R: Meu Deus... estava muito bom pra ser verdade... todo esse  tempo sem  notícias dele...
C: Calma, Rosa... Você conseguiu gravar a ligaçon, Dadi?
D: Eu acho que sim... fiz como eles ensinaram...
Claude vai até o equipamento para ouvir as gravações, mas o telefone toca.
C: Eu atendo!
C: Alô!
Ju: Vocês deviam tomar mais cuidado. Não é bom ficarem sozinhos... até tão tarde no local de serviço!
C: Escuta aqui, você está seguindo a gente? Você non vai nos intimidar... desiste, se entrega, ou sei lá foge, vai embora do país, hã?
Ju: Eu não tenho saída... agora é a grana ou a morte  e vocês tem a grana... ou melhor Serafina a tem.... e eu estou de olho em vocês...
C: Você non entende mesmo ... nós non temos dinheiro algum.. non esse que você imagina...
Ju: Imagino? Aquele traidor do Coutinho sabe até a hora que a grana vai ser transferida! Eu estou até pensando em fazer um acordo... vocês  transferem tudo pra minha conta na Suíça, e eu deixo vocês em paz...
C: Eu non faço acordos com canalhas...
Ju: Então, aguente as conseqüências da sua decisão! – E desliga.

Durante a ligação, Rosa andava de um lado pro outro, até que Dadi a abraça, tentando confortá-la.
C: Covarde! – Diz Claude. – Sempre desligando!
R: Ele vai aprontar alguma, Claude... eu sinto isso!
Claude se aproxima dela, abraçando-a, de tal modo que a cabeça de Rosa fica encostada em seu peito.
C: Mon Dieu... você está tremendo... xxiiiiii ele non vai  te fazer mal, chérie... eu non vou deixar, hã? - Ela levanta os olhos para ele:
R: Promete que vai estar sempre perto de mim? Assim me abraçando igual agora... me dando força?
C: Sempre, mon amour, sempre...
R: Eu vou subir, tomar um banho e tentar dormir... não precisa ir comigo, eu sei que você trouxe serviço pra casa...
C: Esses papéis já esperaram a tarde toda... podem esperar um pouco mais,  hã?
Eles sobem, e depois de um bom tempo, Rosa consegue dormir.
 “Os papéis que esperem... eu vou ouvir as gravações” - Pensa Claude enquanto desce para a sala.
Ele ouve todas as ligações. Em cada uma delas, ameaças à vida de Rosa, à sua vida, frases de duplo sentido, sempre exigindo o dinheiro...
Claude se serve de uma generosa dose de uísque sem gelo.
“Canalha! Covarde!... Eu realmente devia tê-lo jogado pela janela!”
Ele volta ao quarto, toma banho e se deita ao lado de Rosa, mas nem mesmo a bebida, foi capaz de fazê-lo dormir logo...
No dia seguinte, Claude acorda antes de Rosa e, vendo-a dormir tão calmamente, resolve não acordá-la.
Ele toma um café enquanto conversa rapidamente com Dadi:
C: Dadi, achei melhor deixar Rosa descansando. Eu ligo pra ela mais tarde.  Antes de ir à construtora, vou passar na delegacia, deixar o Paulo por dentro dessas ligações...
D: Eu cuido de D.Rosa, Dr. Claudes, pode confiar em mim.
C: Eu confio em você, Dadi. Como se você fosse minha mãe, hã? – E dá um beijo nela.
Ele já está na porta, quando se volta e diz:
C: Dadi... tenta non deixar que ela atenda ao telefone, oui? E faz ela comer algo...
D: Sim, senhor.
Claude passa na delegacia, informa a Paulo e Suzana sobre os conteúdos das ligações, deixando a fita em poder deles.
Paulo coloca um agente de sua equipe para ficar de “plantão”.
P: Claude... posso chamá-lo assim, não?
C: Claro!
P: Então, aqueles dois amigos do Júlio, estão sob vigilância severa. Inclusive a moça, já deixou o flat onde estava. Está na casa do Otávio Coutinho. Mas não entraram em contato com o Julio. Não pelos meios normais...
C: Eu acho que eles se separaram... por causa dos dólares... cada um quer tudo pra si...
P: Dinheiro... a causas de muitos males... se usado erroneamente!
C: D’accord! Paulo, eu agradeço a atençon especial que você está dando nesse caso... - Eles se despedem com um aperto de mão.

No apartamento, Rosa acorda e se percebe sozinha. Ela imediatamente olha para o relógio e vê que já passava das nove horas. Rapidamente ela toma um banho e se arruma, pois sua consulta estava marcada para as dez e trinta.
Depois de pronta ela desce. Dadi a esperava com um super café da manhã.
R: Bom dia, Dadi! O Claude já foi?
D: Já sim D. Rosa.  Ele disse que era pra deixar a senhora descansar bem. E tomar um café da manhã sem reclamar.
R: Eu quero só um suco, Dadi. Eu vou passar por lá. A Janete ficou de ir comigo ao médico.
D: Médico? É o que eu to pensando, D. Rosa?
R: Se você está pensando o que eu estou pensando... pode ser Dadi... mas não comente nada com o Claude, porque se der positivo, eu vou fazer uma surpresa pra ele...
D: Pode deixar D.Rosa... eu farei boca de siri!

Rosa termina o suco e vai para a construtora levada por Rodrigo. Na sala de Claude, ele conversava com Frazão e Janete
J: Nossa! No lugar da Rosa, eu não sairia mais de casa.
F: Você não pode se descuidar, mon ami... O cara tá “assessorado” por traficantes!
C: Eu já passei a fita das ligações pro seu amiguinho, Frazon...
F: Você pegou o Paulo pra Cristo hem, Claude?
C: Acredita que hoje ele non perguntou de Rosa? Falando em Rosa, vou ligar pra ela...
Rosa entra na sala:
R: Tarde demais... eu cheguei! Bom dia, Frazão! Bom dia, Janete!
C: E eu non ganho bom dia non?- Diz se levantando e chegando perto dela.
R: Bom dia, meu amor! Mas quem é que não perguntou por mim?
J: O Paulo, amiga. Claude está feliz porque ele não perguntou de você! Pode?
C: Janete, você está ficando igual a alguém que eu conheço e non quero falar o nome, mas que estou olhando pra ele, hã?
R: Claude!
F: Isso foi pra mim, meu querido? Rsrsrsr
J: Desculpa, Claude, mas não resisti...rsrsrs
C: Non resitiu... sei... me aguarde, D. Janete, me aguarde! Rsrsrs
R: Bom, a conversa tá ótima, mas eu vim buscar a Janete.
J: Me buscar?
R: É, Jane... lembra que você ficou de ir comigo fazer aquelas compras... pro casamento?
J: Ahh é... verdade... combinamos de ir hoje, não é?
R: Sim. Não vai ser demorado. Já ficou tudo quase encomendado...
C: E eu non posso ir junto?
R: Não! Quer dizer, são só compras... você não vai ter paciência...
C: D’accord! Mas vocês vão e voltam com Rodrigo.
Rosa e Janete saem com destino ao consultório médico.

Rosa é atendida por seu médico.
M: Serafina Rosa Petroni! Pela sua ficha, você devia ter retornado há seis meses atrás.  Você está em débito comigo hem?! Ou melhor, com você mesma!
R: Por isso que eu vim até você! E falta pôr um Geraldy, aí na minha ficha. Eu me casei...
 Rosa prossegue o diálogo e o médico a examina e solicita os exames necessários.
Ao final da consulta.
M: Muito bem, Serafina... você veio buscar uma resposta, não é? Eu posso garantir, mesmo sem o resultado dos exames, que é “positivo”!
R: Você quer dizer... que eu estou grávida? Realmente grávida?
M: Cem por cento grávida! Mas o pai não veio junto por quê?
R: Porque eu queria ter certeza! Eu vou fazer uma surpresa pra ele!
M: Vamos fazer o seguinte - Ele chama sua assistente.  – Dora, leve a Serafina até a sala de ultrassonografia. Vamos ver de que tamanho está a sua surpresa... - E sorri pra Rosa.

Na sala de ultrassom, depois de preparada, segue o exame:
M: Olha aqui... de acordo com a data que você me passou da sua última menstruação, podemos calcular que você está com oito semanas de gestação... vai entrar no terceiro mês, Serafina.
R: Meu Deus... três meses... – Diz olhando para o vídeo... Eu não consigo entender essa imagem, doutor.
M: Esse é um ultrassom mais básico. Da próxima vez, podemos fazer o 3D. Ele dá uma imagem bem realista. Vocês e seu marido vão gostar. Parabéns, mamãe Serafina!
R: Nossa! O Claude vai ficar muito feliz, quando... quando  a surpresa chegar...
M: Espera... ou tem alguma coisa errada com a imagem... ou...
R: Errada? Tem alguma coisa errada com o bebê?
M: Pelo que entendi seu marido quer muito um filho, não é isso?
R: Sim... nós dois queremos... é grave o que o bebê tem? – Pergunta ansiosa pela resposta.
M: Não.
R: Obrigada meu Deus! Saúde é tudo! – Sussurra ela.
M: É, vai ser uma grande surpresa...  É que ele estava bem escondidinho, o danado... não há nada grave com os bebês, Serafina...
R: Que bom doutor... bebês? No plural?
M: Sim, vocês estão “grávidos” de gêmeos, Serafina!

Um comentário:

  1. Sônia, devido a alguns problemas, tenho andado meio ausente da net, mas hoje recomecei a ler sua fic, de que gosto bastante. Gostei desse capítulo, muito linda essa surpresa de Serafina, esperando gêmeos! Vou continuar, bjs.

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