CAPÍTULO
XXXIV – ENTRE O CÉU E O INFERNO
Quando
Claude se volta, todos estão olhando e tentam disfarçar.
C:
Pardon, pessoal.. Essa mulherzinha me tirou do sério, hã?
Am:
Mas quem era essa moça?
F:
Essa “moça”, D. Amália, é a antiga namorada do Claude. A que “fugiu” com o
Júlio...
G:
Dio Mio! Tutti farinha do mesmo saco...
Ms.
Smtih: Dr. Claude, como o senhor pode ter se envolvido com um pessoa igual essa Nara?
C:
Non era um envolvimento, Ms. Smith, era uma acordo. Apenas diverson... e mesmo assim non valeu a
pena!
No
cativeiro de Rosa.
Rosa
se fecha no quarto. Está sem relógio, não tem noção do tempo, das horas. Só
sabia que ainda era véspera de Natal.
“Eu
tenho que arrumar um jeito de sair daqui... se ele saísse, eu podia arriscar,
pedir ajuda a algum vizinho...ou então se eu pegar o celular dele... sem ele
perceber... isso... boa idéia, Rosa... o
celular...”
Ela
vai até onde Júlio está.
R:
Júlio... por favor, me deixa falar com o Claude...
Ju:
Não. Aqui quem manda sou eu. Vocês só se falam quando eu quiser e pelo tempo
que eu quiser...
R:
Então com minha mãe... Poxa Júlio... é Natal!
Ju:
Já disse que não! Você não fala com ninguém! E pouco me importa se é Natal,
Carnaval, seu aniversário...
Rosa
respira fundo e volta para o quarto. Não sem antes observar que o celular dele
estava largado em cima da mesa.
“Ele
ainda vai tomar banho... tenho que ficar esperta e ser rápida!”
Rosa
deixa a porta entreaberta e fica observando os movimentos de Julio.
Quando
percebe que ele vem ao seu encontro, pula na cama e finge dormir.
Ju:
Serafina, eu sei que você está acordada. Eu vou tomar um banho. É claro que as
chaves da casa estão comigo...
Assim
que escuta o chuveiro, ela vai até a sala.
“Tomara que ele tenha deixado o celular aqui!”
E quase grita de felicidade quando o vê largado sobre a mesa.
Ela
pega o celular e liga pra sua casa.
No
apartamento, assim que o telefone toca, Claude diz:
C:
Paulo, eu quero atender... vou me
controlar... por Rosa.
P:
Ok. Vai lá!
C:
Pode falar, Júlio!
R:
Claude? – Ela praticamente sussurra...
C:
Rosa?! – Ele dá um sorriso, olhando pra todos. Chérie, você está bem?
R:
To meu amor... eu não posso falar muito... ele ta no banho... não vai
demorar...esqueceu o celular aqui...
C:
Rosa nós vamos te tirar daí! Você tem idéia de onde está?
R:
Não... ele me trouxe vendada pra cá. Eu não posso sair de dentro da casa...
C:
Quem mais está aí com vocês?
R:
Aqui dentro só ele e eu... não sei se tem alguém vigiando lá fora...
C:
D’accord. Tá todo mundo aqui, mon amour...
sua família, Dadi, Frazon, Janete,
Antoninho, Alabá... Freitas que já teve que ir... e o casal Smith, hã? Sem
contar a equipe de Paulo...
R:
Os americanos? Como assim, meu amor?
C:
Eles souberam do seu seqüestro pela internet e vieram te esperar também, mon amour...
R:
Diz que eu estou agradecida a todos... Claude, eu não posso demorar... só
liguei pra te desejar um Feliz Natal, meu amor...
C:
Como posso ser feliz, longe de você chérie?
R:
Eu preciso desligar... te amamos... muito...
C:
Também te amo, chérie! Todos aqui te...
Ju:
Mas que ceninha bonita, D.Serafina – Claude escuta a voz de Julio do outro lado.
C:
Rosa! Rosa!... Mon Dieu! Ele pegou Rosa com o celular...
No
cativeiro
Ju: Mas que ceninha bonita, D.Serafina! O que
você pensa que ta fazendo? – Diz segurando-a pelo braço e arrancando o celular
de sua mão.
R:
Me solta! Eu pedi pra você! Se você tivesse me deixado falar com ele... Me
solta, Júlio!
Ju:
Eu vou te soltar! No quarto! Você não sai mais de lá! Eu confiei em você!
Quebrou as regras, Serafina!
R:
Eu precisava ouvir a voz dele, falar com ele...
Ju:
Que romântico! Acho que vou chorar! – Diz ironicamente, enquanto a empurra pra
dentro do quarto e tranca a porta por fora!
R:
Júlio, abre essa porta! Não faz isso!
Ju:
Devia ter pensado antes de me desobedecer... eu disse que vocês só se falariam
quando eu quisesse! Agora fica aí, até eu resolver se e como vou punir você por
isso!
R:
Júlio! Júlio! – Mas escuta os passos dele se afastando – Quer saber? Eu faria
de novo! E de novo! Quantas vezes eu conseguisse!
Rosa
lentamente senta na cama. E começa a chorar.
“Claude...
faz alguma coisa rápido pra me tirar daqui...
Meu Deus, me dê forças!”
No
apartamento.
Claude,
desesperado, continua falando.
C:
Ele pegou Rosa com o celular! Mon Dieu, quem sabe o que ele pode fazer com
ela?!!
P:
Ele não vai fazer nada, Claude! Ele sabe que se sair da linha ainda mais não terá
chance nenhuma... Mas veja, por outro lado, essa ligação corajosa de Rosa deu
algum fruto para nós.
C:
Como assim, Paulo?
P:
Ela ligou direto. Não houve redirecionamento. Apesar de ser um número restrito,
conseguimos localizar a área onde ele está. Mais um pouco e teríamos conseguido
o local exato de onde partiu a chamada...
C:
Enton, isso significa...
P:
Significa que já sabemos por onde iniciar as buscas. Já demos o alerta. Agora
sim, tenho certeza é uma questão de horas...
Todos
vibram com a notícia, se abraçam e agradecem a Deus.
Nara
sai do prédio muito agitada.
“Miserável!
Você me paga por essa humilhação na frente de todos, “Dr. Claude”. Isso não vai
ficar assim! Mas não vai mesmo!” Me aguarde, que eu não sou de desistir tão
fácil!”
Ela
pega um táxi e volta para a casa de Coutinho.
No
aeroporto, Coutinho embarca com destino à Europa, sem se dar conta de que está
sendo seguido por agentes da polícia federal, que entram no mesmo vôo,
devidamente “disfarçados”.
“Adeus...
não, até breve seus idiotas! Depois que a poeira baixar eu volto pra esse país
maravilhoso!” – Pensa, olhando pela janela as luzes que se distanciam, enquanto
o avião decola...
Já
na casa de Coutinho e sem se importar com o dia e muito menos com a hora, Nara encontra o telefone de Sampaio, o advogado
que cuidava do processo de Júlio e liga seguidamente até ser atendida:
Sam:
Alô?
N:
Sampaio, certo?
Sam:
Sim... com quem eu falo? – Pergunta, desconhecendo a voz.
N:
É Nara. Nara Paranhos de Vasconcelos, uma amiga do Coutinho...
Sam:
Nara ??... Ah sim! A mulher do Júlio Castelli, aquela linda ruiva que eu vi com
Coutinho...
N:
Prefiro dizer ex-mulher...
Sam:
E a que devo a honra, Nara?
N:
Eu preciso falar com o Júlio, eu sei que você ainda tá de olho nele... Eu quero
o número do celular dele...
Sam:
Esse número é restrito, Nara, no sentido literal da palavra. Além do mais, eu
creio que ele não quer falar com você...
N:
E que me importa? Sou EU quem quer falar com ele... e então vai me passar?
Sam:
Eu vou passar o seu recado pra ele... e te ligo de volta... mas isso vai ter um
custo, minha cara ruivinha...
N:
Um custo? Eu pago. Dinheiro não é problema...
Sam:
Ah, creio que você não entendeu... Eu não quero seu dinheiro. Quero um outro
tipo de pagamento...
N:
Um outro tipo de pagamento? – Ela se faz de desentendida. – Assim você me
ofende...
Sam:
Longe de mim querer ofendê-la! É apenas uma troca de... gentilezas e favores!
Então? Eu falo com ele e passo na sua casa. É só me dar o endereço.
N:
Eu estou na casa do Coutinho, por enquanto. Ele viajou, eu estou sozinha
mesmo... consiga o que eu quero e a gente conversa melhor. Ah! Feliz Natal pra
você!
Sam:
Vai ser um Feliz Natal, se Papai Noel me
der você de presente!
Nara
desliga o telefone.
“Vai
valer a pena “pagar” esse favor. Ah, Claude! Você não perde por esperar... Se o
fraco do Júlio me ouvir, eu vou
comemorar sua infelicidade!”
No
apartamento, ninguém pensa em ir embora.
Todos
estão apreensivos, porém, confiantes na volta de Rosa.
D.
Amália sugere que façam uma corrente de pensamento positivo quando der meia
noite pra enviar energia boa pra Rosa. Todos apreciam a idéia, até os americanos
que não estão acostumados com essas idéias...
A
meia noite se aproxima. Faltam poucos minutos. Todos se preparam. Porém, assim que
se dão as mãos, exatamente à meia noite, a campainha toca.
P:
Deve ser as pizzas, finalmente! Já estava desistindo!
C:
Deixa que eu atendo e acerto tudo, hã?
P:
Não, Claude, nós temos uma verba destinada a essas coisas...
C:
Non, eu faço queston. É o mínimo que posso fazer... Non é justo estarem aqui em
pleno Natal... sem uma ceia farta... – E caminha em direção à porta.
Ele
abre e realmente são as pizzas. Ele recebe e acerta o pagamento. Frazão vem
ajudá-lo a carregar as pizzas, dez no total, juntamente com Paulo, que se
encarrega de pegar o fardo de refrigerantes.
Mal
eles colocam as pizzas na mesa, a campainha volta a tocar.
C:
Mon Dieu! Deve ser o entregador pedindo gorjeta... – Ele volta até a porta e
abre. E se depara com uma moça vestida de cegonha com roupas de “mamãe” Noel.
C:
Moça, eu acho que você errou de porta, aqui non tem baile à fantasia non...
M:
Casa dos Geraldy?
C:
Oui...
M:
Então, não há engano... Eu tenho uma entrega pro senhor Geraldy!
C:
Sou eu... Mas era só o que me faltava! Que brincadeira é essa? Entrega de que?
Frazão
se aproxima ao escutar o tom de Claude nada amigável.
M:
Olha moço, eu sou uma estudante de teatro e apenas to fazendo a entrega – Ela
abre um “pergaminho” e começa a ler:
“Diretamente
da Terra dos Desejos, para o Sr. Claude Antoine Geraldy.”
Claude
cruza os braços, respira fundo, os coloca na cintura e já vai mandar a moça
embora quando escuta:
Enviado
por Serafina Rosa Petroni Geraldy, em nome de Mamãe Cegonha.
Em
resposta à sua solicitação, venho informar, através desta mensagem, que seu
desejo foi realizado, após análise de seu merecimento. Parabéns!
Você
se tornou um verdadeiro Père Noel ! *
Sem
trocadilhos... literalmente!
Felicitè,
Sr. Geraldy
Felicitá,
SrªGeraldy
La mère Cigogne.*
A
cada palavra pronunciada, Claude ficava mais pálido. Não acreditava no que
ouvia...
A
moça se cala, dá um grande sorriso e entrega um pequeno baú para Claude,
juntamente com a mensagem... Claude automaticamente segura os objetos, aparentemente
desorientado.
F:
Claude, você está bem?
C:
Frazon... será que eu entendi direito?
F:
Se você entendeu que a cegon..., quero
dizer a moça aí te trouxe um recado da
cegonha... eu acho que entendeu sim, mon ami...
F:
Frazon... a Rosa tá grávida! MonDieu! Ela tá grávida, Frazon! – Fala mais alto
do que pensa...
Todos
se voltam pra ele:
J:
Ai, meu Deus! Era essa a surpresa da Rosa!
Am:
Serafina está grávida?
Ms:
Smith: A baby!!!
G:
Dio Mio! Rosa vai ter um bambino!
Claude
ainda sob o efeito do “telegrama”, abre o baú e lê:
“Para
o amor da minha vida”
M:
Hum... hum... hellooo?
Mas
Claude, simplesmente sobe para o quarto.
F:
Claude! Claude! Espera mon ami... – Ele se dirige à moça e dá uma gratificação
à ela.
F:
Obrigado, moça! Desculpa o francês... ele ficou muito emocionado... Boa
noite... e Feliz Natal...
Frazão
sobe atrás de Claude, enquanto todos na sala se olham...
No
mesmo instante, no cativeiro, Rosa escuta alguns fogos ao longe e o burburinho
dos vizinhos. Ela percebe Júlio abrindo a porta e fica na defensiva.
Ju:
Eu trouxe seu jantar. Não é assim uma ceia de Natal, mas dá pra enganar... Eu
trouxe um suco de uva, também, na falta de vinho...
R:
Obrigada, mas eu estou sem fome.
Ju:
Melhor você comer, Serafina. Não comeu nada o dia todo. Tudo que eu trouxe você
devolveu sem mexer... Faz uma força... senão por você, pelo seu filho!
R:
Meus filhos! São gêmeos!
Ju:
Gêmeos? Que legal! Eu gostaria de ter tido um irmão... - Diz melancólico – Mas não tive... Então melhor você comer porque
não quero ser acusado de maus tratos a uma gestante! – Ironiza e sai.
“Meia
noite com certeza! Ah, meus filhotes! – acaricia a barriga – Se nada mais de errado
aconteceu, papai já ta sabendo de vocês! Eu queria tanto ter visto a carinha
dele... Era pra ser a nossa surpresa! Divertido, alegre! Mas papai ama vocês,
viu? Ele vai salvar a gente!”
Ela
olha para o prato de comida e se esforça para comer um pouco. Porém as lágrimas aparecem e ela chora, empurrando o prato para
dentro da mesinha. Volta pra cama e se deita.
“Melhor
eu continuar a conversar com vocês!” – Diz com uma mão sobre a barriga,
enquanto a outra se ocupa em limpar as lágrimas. “Feliz Natal, meus amores! Ano
que vem, Papai Noel vai trazer muita alegria pra vocês... Nós vamos passear no
Parque do Sol, junto com o papai... Vamos comer bolo da nona Amália. Ouvir o
nono Giovanni tocar acordeom... Ah! Tem o tio Dino no futebol... Tia Janete e
Tio Frazão... Dadi... Tia Terezinha... Nossa! Tanta gente pra vocês
conhecerem... a casa da vovó Annabelle... hummm... preciso perguntar pro Claude
como se diz vovó em francês...” - E acaba adormecendo...
No
quarto, Claude solta as lágrimas, sentado na cama com o baú em suas mãos.
Frazão entra.
F:
Claude, mon ami, com licença. Isso foi um choque pra você, não?
C:
Frazon... eu devia ter percebido, desconfiado... todos aqueles desmaios,
naúseas, sono... mudanças repentinas de humor – ele dá um sorriso tristre –
toda aquela geléia de goiaba... eu fui um burro, Frazon! Tava ali na minha cara
e eu non vi!
F:
Também não é assim! Esses sintomas
pareciam estresse pela situação... Acho que nem ela sabia, meu querido!
Janete
entra no quarto.
J:
Desculpa, a porta tava aberta... Claude, a Rosa só teve certeza no dia que foi
ao médico. Eu sabia, mas ela pediu segredo... porque queria que fosse o seu
presente de Natal.. Era pra ser divertido...
C:
Era a surpresa que ela ia fazer... MonDieu!
J:
Você já abriu o presente?
Ele
olha para o baú.
C:
Non...
J:
Frazão, você não ia telefonar pros meus pais? Eu vim te buscar... - Diz pegando
na mão dele.
F:
Eu? Ligar pros seus pais?
J:
É! E dá um apertão na mão dele e faz um sinal com a cabeça pra fora do quarto.
F:
Ah... é... vamos... acabei de lembrar, minha
rainha... ai, que mão forte! – ele diz só pra ela escutar. E saem do
quarto.
Claude
enxuga as lágrimas com as mãos, respira fundo e abre o pequeno baú.
“Para
o amor “de” minha vida.
Minha
vida começou, no dia em que te conheci. Encontrei ali todo o amor que procurava,
naquele beijo...
Ah!
Aquele beijo salvou-me!
Salvou
meu coração... salvou minha alma...
Esse
é o meu presente pra você...
Pensando
melhor... É o “nosso” presente... Papai!
Te
amamos... Rosa & Cia.
Dez/2011”
P.S.
Guardo aqui os maiores tesouros do meu mundo.
Claude
olha pra dentro do baú e vai retirando os objetos: uma foto dele sozinho, uma
foto dos dois no Parque do Sol, um envelope com duas rosas vermelhas já secas e
vários papéis de bombom com os versos que ele escrevera pra ela, um DVD –
Gêmeos - primeiro Ultrasson e dois pares de sapatinhos.
Ele
acaricia os sapatinhos. E fala, tentando conter as lágrimas:
C:
Mon Dieu! Gêmeos... vamos ter gêmeos... Ah, chérie... esse era pra ser um
momento mágico ao seu lado... também os amo, mês amours... - Ele vai devolvendo tudo ao baú. - Adoro você sua
maluquinha... guardou até os papéis de bombom...
Ele ouve uma batida na porta.
C: Oui? Quem é?
Am: Sou eu, Amália. Posso entrar?
C: Claro, D. Amália, entre, por favor...
Am: Falando sozinho, meu filho? Eu ouvi sua voz da
porta...
C: Ah! D. Amália... Rosa non merece isso tudo que
tá acontecendo com ela... Eu daria minha vida pra ela non sofrer...
Am:
Eu tenho certeza que ela pensa o mesmo com relação ao senhor. Tenha fé, meu
filho. Deus é pai, não é padrasto.
C:
D. Amália, como é que um sentimento tão bom como o amor pode doer? Porque a dor
que eu estou sentindo, é insuportável! Se acontecer alguma coisa com Rosa... e
com nossos filhos... Mon Dieu... non quero nem pensar...
Am: Não vai acontecer nada com Serafina. Filhos,
você disse nossos filhos?
Claude
pega os sapatinhos e coloca nas mãos dela.
C:
Olha só... o presentinho que ela me deu... dois presentinhos... dois anjinhos,
D. Amália... gêmeos.
D.Amália
não contém as lágrimas, enquanto aprecia
os sapatinhos.
Am:
Eu vou continuar rezando... Vou rezar pra Santo Antonio que nunca me deixou na
mão... e pra Nossa Senhora... Eles vão me ouvir... e o Júlio vai parar com essa
loucura...
C:
Faz isso, D. Amália... reze... Eu acho que non sei rezar direito – ele tenta
disfarçar uma lágrima que cai, teimosa – porque
Deus non tá me ouvindo... senon já teria trazido Rosa pra casa...
D.Amália
passa a mão pela face de Claude num gesto carinhoso, se levanta e vai saindo do
quarto. Já na porta ela se volta e diz:
Am:
Ele ouviu sim, Doutor Claude... porque o senhor fez a mais pura das
orações, rezou com o coração... por amor!
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