segunda-feira, 19 de novembro de 2012

FIC - UMA CHANCE DE AMAR - CAPÍTULO 19 - PARTE 1 - AUTORA: JOYCE FEITOZA

No capítulo anterior...
Claude: Nara!
Nara: Onde você se meteu? Me deixou plantada naquele aeroporto, te ligo você não atende.
Claude: Nara, por favor.
Claude estava desconcertado pela presença de Rosa ali.
Rosa: Bem, eu vou indo. Boa noite pra vocês.
Claude: Rosa espera! Non...
Nara: Claude, eu te fiz uma pergunta.
Rosa não deu ouvidos a Claude, sentiu-se intrusa ali e saiu abatida.

CAP – 19: PARTE 1
Claude passou a mão no cabelo e o sangue foi subindo à cabeça. Nara tagarelava sem parar pedindo explicação. Ele extremamente irritado, deu um soco na mesa o que fez Nara calar-se.
Claude: Chega! Pra mim já deu.
Nara: Deu o que Claude? Eu quero uma explicação.
Claude: Eu non fui viajar, porque eu tô de saco cheio de você.
Nara: Ai, meu bebê, porque você tá falando assim comigo?
Claude: Porque eu non sou seu bebê.
Nara: Ah! Você prefere ser meu bichinho.
Claude: Non Nara, eu prefiro ser um conhecido seu.
Nara: Como assim, não tô entendendo.
Claude: Nara acabou! Não da mais pra mim.
Nara: Você tá dizendo que o nosso relacionamento acabou?
Claude: É, eu to! Non ta dando mais pra mim. Eu non quero magoar você, mas eu nunca gostei de você de verdade.
Nara: Você brincou comigo?
Claude: Non, eu non brinquei. Foi bom enquanto durou, mas non foi o suficiente pra me fazer casar de novo.
Nara: De novo? Epa! Espera aí! Você já foi casado?
Claude: Na verdade, eu nunca te dissi issi, mas eu sou casado ainda.
Nara: Você me enganou esse tempo todo?
Claude: Eu ia pedir o divórcio, caso desse certo entre nós dois, mas non deu.
Nara virou-se, dando as costas a Claude e respirando fundo voltou à encará-lo.
Nara: Quem é ela?
Claude: Nara, por favor.
Nara: Quem é?
Claude: A Rosa, minha sócia.
Nara: Aquela mulher?
Claude: Nara, eu só queria que você entendesse.
Nara: Mas eu entendo. Qualquer um entende. Olhe, Claude, eu sei que sou meio burrinha, meu cabelo é ruivo, mas no fundo sou loira.
Claude: Enton, você entende?
Nara: Lógico, você ainda gosta dela.
Claude: Non, Nara, non é issi.
Nara: Ah! Claude! Por favor! Eu sei, era pra eu tá chorando, esperneando, implorando pra que você não me deixe. Mas confesso que eu to sentindo é um alivio, sabia?
Claude: Alivio?
Nara: Ah! Claude você é muito chato. Só vive trabalhando, mal sai comigo.
Claude: Enton, tá tudo acabado?
Nara: Claude, eu tava mesmo precisando tirar umas férias. Como você disse, foi bom enquanto durou. E vou te dar um conselho, não perde ela não, tá. Agora, deixa eu ir porque tenho uma festinha com um espanhol que conheci lá em Fernando de Noronha. Se cuida, bebê.
Nara pegou sua bolsa e saiu rebolando como se aquela conversa tivesse sido uma conversa normal. Claude ficou surpreso e deu um sorriso.
(20:30  – Apartamento de Rosa)
Rosa chegou um pouco abatida em casa, tirou o sapato ali mesmo na sala e largou a bolsa no sofá. Janete, que assistia televisão, já sabia o motivo, mas achou melhor deixar que a amiga contasse sem perguntar nada.
Rosa foi direto pro quarto e parou em frente ao espelho.
Rosa: “Eu podia estar sorrindo, podia estar com ódio, mas estou triste. Triste por um motivo que eu sei bem: Arrependimento. Esse é o motivo por essas lágrimas insistirem em inundar meus olhos. Sim, às vezes deixamos de fazer coisas, ou fazemos certas coisas que nos arrependemos. Eu não sei o que é pior se arrepender por aquilo que fez ou pelo que deixou de fazer. E o meu arrependimento é dos dois, eu podia ter mudado as coisas no passado, ou não ter deixado que outras acontecessem. Agora, só me resta me conformar e viver um dia de cada vez. Como se fosse fácil fazer isso, nós vamos sempre nos preocupar com o dia de amanhã, é o mal do ser humano.”
Rosa foi pro banheiro e, dessa vez, quis tomar banho de banheira. Assim, ficou dentro daquela água morna por uma hora.
Após o banho, ela colocou seu pijama de leãozinho e olhou para cama. Lá estava o presente de Claude. Rosa respirou fundo e jogou um lençol sobre a pelúcia.
Na cozinha, Janete cozinhava uma sopa para o jantar. Rosa sentou na cadeira da mesa com uma cara de poucas amizades.
Janete: Eu tô preparando uma sopa pra nós duas.

Rosa: Sopa! Nossa, o que colocou nela? (disse com uma cara feia)
Janete: O que sempre coloco. Por quê?
Rosa: Não sei, tá um cheiro estranho. Me deu um enjoo.

Janete: Nossa amiga, você tá branca, toma um copo de água. (disse colocando água gelada em um copo)
Rosa: Obrigada, Jane, mas eu já tô melhor. Agora pede uma pizza vai, esquece essa sopa.
Janete: Pizza, Rosa? E o regime, onde fica?
Rosa: Fica pra amanhã, agora tô com vontade de comer pizza. Hum, só de pensar em uma fatia de frango me dá até água na boca. Vai, pede.
Janete: Tudo bem.
Janete pegou o telefone e pediu uma pizza grande, já que Rosa tinha insistido. Após desligar o telefone, ela sentou no sofá ao lado de Rosa. Janete ficou calada escondendo um sorriso, olhando pro teto.
Rosa: Tudo bem tira essa cara de besta. Eu conto.
Janete: Ah! Graças a Deus. Obrigada, minha nossa senhora da boa fofoca.
Rosa: Você já sabe que é relacionado a ele.
Janete: Eu achei estranho o jeito que você chegou. Toda murchinha.
Rosa: Tava tudo indo muito bem, só que eu sabia que estava me iludindo e ia quebrar a cara.
Janete: Ele brigou com você?
Rosa: Não, pelo o contrario, foi muito gentil, mas a gente tava no maior clima só nós dois lá.
Janete: Ui!
Rosa: Para sua boba, rsrs. Aí, a noiva dele chegou lá.
Janete: Ih! A “xexelenta”.
Rosa: E começou a pedir explicações a ele, notei como ele ficou sem jeito. E percebi, Jane, que não dá mais.
Janete: Que é isso amiga. Ah não, tira essa carinha, você é jovem, bonita. Dá tempo ao tempo, o que tiver que ser será.
Rosa: Tá certo! Agora essa pizza tá demorando demais.
(21:02  – Mansão de Claude)
Claude chegou afrouxando sua gravata e se jogou no sofá.
Claude: Enfim livre.
Dádi: Boa noite, Dr. Clodis.
Claude: Boa noite, Dádi. Algum recado pra mim?
Dádi: Não, nenhum. Pela cara do senhor está feliz.
Claude: Mais ou menos. Eu terminei com Nara.
Dádi: Graças a Deus. Como tu suportou aquela mulher esse tempo todo? Olhe, oh mulherzinha chata. Vixe, Maria, cruz credo.
Claude: Dádi eu vou subir pra tomar um banho. Quero só um lanche, um sanduíche, nada muito pesado, hã.
(21:30 - Apartamento de Rosa)
Janete: Amiga que fome é essa?
Rosa: Ah! Não sei! Essa pizza está muito boa.
Janete: Você já comeu metade dela. Milhares de calorias terríveis invadiram você.
Rosa: Janete, eu quero ser feliz, tá?
Após comerem a pizza, as duas assistiam um filme no sofá, quando o celular de Rosa começou a tocar.
Janete: Rosa, seu celular tá tocando.
Rosa: Onde eu deixei ele?
Janete: Deve tá na sua bolsa.
Ela levantou correndo, pegou a bolsa no sofá e atendeu.
Rosa: Alô!

Claude: Rosa?! Sou eu Claude.
Rosa: Oi.
Claude: Pardon, por aquilo.
Rosa: Aquilo o que?

Janete: É ele? (murmurou)
Rosa fez um sinal com a mão e foi pro quarto.
Claude: Rosa?!
Rosa: Oi?!
Claude: Enton, você sabe, Nara, lá no escritório.
Rosa: Porque eu me chatearia?
Claude: Non sei, você saiu com uma cara. Mas issi non vai se repetir.
Rosa: Como assim?
Claude: Eu terminei meu noivado com Nara. Non tava mais dando certo.
Rosa: Você não fez isso, fez?
Claude: Fiz! E Nara reagiu muito bem.
Rosa teve que conter a alegria e ficou em silêncio por alguns minutos.
Claude: Rosa?
Rosa: Oi.
Claude: Sabe por que ficar ao seu lado é perigoso?
Rosa: Por quê?
Claude: Porque depois eu non consigo parar de pensar em você.
Rosa: Claude...
Claude: Só liguei pra te desejar boa noite.
Rosa: Tudo bem, boa noite, então.
Claude: Por favor, me deixe dormir hoje.
Rosa: Ah! Tá! O que foi que eu fiz dessa vez?
Claude: Você sabe, rsrs. Boa noite, Serafina, beijo.
Rosa: Beijo.
Rosa desligou o telefone e tirou o lençol de cima do ursinho. Então, ela saiu correndo, gritando feito louca, até a sala.
Janete: Eu te disse, tudo no seu tempo.
Rosa: Ele terminou com ela.
Janete: Sabe, é muito engraçado ver você feliz por isso. Até ontem queria que ele fosse pro inferno.
Rosa: Ah, Janete! Eu conheci um Claude que eu não conhecia.
Janete: Então, eu posso convidar vocês dois para serem padrinhos do meu casamento com meu chocolate?
Rosa: Acho que sim, e ai de você se eu não for sua madrinha.
(23:01 - Mansão de Claude)
Claude estava deitado em sua cama, mas sem conseguir dormir. Ele levantou e olhou da janela do seu quarto os prédios de São Paulo. Ele respirou fundo e foi até seu closet. Em uma gaveta no canto, retirou uma caixinha de veludo e nela estava sua aliança de casamento.
Claude pegou a aliança e voltou para cama. Deitado ficou mexendo nela.
Claude: “Colocar aquela aliança de novo em meu dedo deu uma sensaçon estranha. Ela ainda cabia nele perfeitamente. Passou tantos anos naquela caixinha, mas ainda brilhava. Será que ela ainda tem a dela? Mon Dieu, o que eu to pensando? É lógico que ela deve ter jogado fora.”
Assim ele ficou olhando pra aliança até adormecer.
(23:30  – Apartamento de Rosa)
Rosa estava deitada na cama lendo seu livro, mas era difícil se concentrar quando Claude não saia da sua cabeça. Ela fechou o livro e abriu a gaveta do criado mudo para guardá-lo, então, ela notou um saquinho de veludo.
Rosa pegou e puxou a fita que o fechava tirando então sua aliança. Ela sorriu e deitou na cama. Colocou a aliança em seu dedo e tirou novamente. As lembranças de um casamento que não deu certo vieram até sua cabeça, o que a fez guardar a aliança de novo.
CONTINUA...
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