No capítulo anterior...
Rosa: Ah, já entendi. Você quer ir à praia porque ficou com vontade de estar
em Fernando de Noronha, não é?
Claude: Non, mon Dieu! Quê que issi? Eu quero
ir à praia porque está um dia lindo e pra finalizar o nosso feriado com chave
de ouro.
Rosa: Sei...
Rosa baixou a cabeça e mexeu na xícara de café. Claude percebendo o
jeito dela, pousou sua mão sobre a dela.
Claude: Você non era ton insegura assim quando
te conheci.
Rosa: Não sou mais aquela menina de vinte e poucos anos Claude. Passei por
muitas coisas nessa vida que me deixaram assim, duvidando de tudo e de todos.
Claude: Vamos, por favor?
Rosa: Eu não sei nadar tá, rsrs?
Claude: Eu te ensino, hã?
Rosa: Tudo bem Claude Antoine Geraldy, rsrs.
CAP- 18 : PARTE 1
(10:10 - Estrada para o Guarujá)
Claude e Rosa já tinham passado no shopping e comprado um maiô para
Rosa, roupas de banho e tudo que iriam precisar.
Rosa: Olha só, são dez e dez, alguém está pensando em mim. (disse olhando o
relógio no carro)
Claude: Algum admirador secreto?
Rosa: Rsrs, não né? Isso é apenas uma brincadeira.
Claude: A estrada está boa pra esse lado.
Rosa: Ah! É porque o pessoal está voltando pra capital. Nós somos dois
loucos, ir à praia ao invés de descansar.
Claude: Quem dissi que non vamos descansar?
Sombra e água fresca, hã.
Rosa: Vamos ver o que está passando na rádio.
Rosa ligou a rádio do carro de Claude e foi mudando de estação, até
achar uma que tocava Legião Urbana.
Claude: Legion Urbana.
Rosa: Gosta?
Claude: Oui, mon Dieu, a quanto tempo non ouço.
Rosa: Eu adoro essa música.
Claude: Quero
colo! Vou fugir de casa! Posso dormir aqui com vocês? Estou com medo, tive um
pesadelo. Só vou voltar depois das três. (cantou)
Rosa: Olha só você podia ser cantor. Tem a voz muito
bonita.
Claude: Meu filho
vai ter nome de santo. Quero o nome mais bonito. (cantou)
Rosa sorriu e começou a cantar com Claude.
Claude e Rosa: É preciso amar as pessoas
como se não houvesse o amanhã. Porque se você parar pra pensar, na verdade não
há.
Depois de cantarolarem a música toda, caíram na
gargalhada.
Claude: Vamos formar uma dupla: Claude e Serafina, rsrs.
Rosa: Nossa! Serafina não por favor.
Claude: Eu gosto de Serafina, hã.
Rosa: Minha mãe quis fazer uma homenagem a minha avó.
Claude: Non devia reclamar, eu me chamo Claude. Podia chamar
Juan, Louis, algo assim.
Rosa: Eu gosto do seu nome.
Claude: Enton estamos kits.
(11:30 – Praia do Guarujá)
Claude e Rosa desceram do carro. Rosa carregava a
bolsa com algumas coisas e Claude o guarda sol.
Rosa: Nossa, como é bom colocar o pés na areia da praia,
sentir esse ventinho bater no rosto. É como lavar a alma.
Claude: É como sentir a sensaçon de liberdade.
Depois de um tempo, os dois sentaram nas cadeiras
embaixo do guarda sol.
Claude: Bonito o mar, hã. Parece infinito.
Rosa: Antigamente, quando vinha a praia, ainda criança, eu
gostava de sentar na beira da água e ficar olhando o mar.
Claude: O sol hoje está ao nosso favor.
Rosa: Bem lembrado Claude, que cabeça a minha esquecer
isso. (disse mexendo na bolsa)
Claude: Issi o que?
Rosa: Passar protetor.
Rosa pegou o protetor, foi tirando sua roupa de banho
aos poucos e passando. Passou pelos braços, pelas pernas.
Claude olhava cada parte do corpo em que a mão de Rosa
passava. Então, um pequeno filme se passou em sua cabeça. A primeira vez que a
teve em seus braços, depois daquela festa em que se conheceram, as outras vezes
em meio a brigas e as ultimas vezes. Ele desviou o olhar e fitou o mar.
Rosa: Agora você.
Claude: Eu o que?
Rosa: Passar protetor né? Se não, você vai voltar pra casa
um camarão. Vem, tira a camisa, levanta.
Claude: Non precisa Rosa.
Rosa: Vai Claude, nada de não, hein.
Claude levantou e tirou a camisa, duas mulheres que
iam passando miraram o olhar nele o que incomodou Rosa. Então, ela tratou de
começar aquela tarefa prazerosa e perigosa.
Passou um pouco de protetor na mão e começou a
deslizar a mão nas costas de Claude espalhando. Claude contraiu um pouco as
costas ao sentir a leve e delicada mão de Rosa.
A cada parte das costas dele que esfregava Rosa
respirava fundo. Como era difícil fazer uma coisa tão simples. Ela foi subindo
até passar na nuca dele.
Claude: Olha! Issi é provocaçon, hã. Aí é uma área perigosa.
Rosa: Bobo, rsrs, vira, deixa eu passar em seus braços.
Agora eles estavam um de frente ao outro. Rosa evitava
os olhos de Claude e se concentrava na tarefa de passar protetor nos músculos
do seu braço. Logo depois, passou em seu
tórax. Claude colocou a camisa e chegou a pior parte, passar no rosto dele.
Rosa olhou para ele e quis brincar, então pegou o
protetor e começou a passar no rosto de Claude fazendo desenhos sem espalhar.
Claude: O que é issi? Que você ta fazendo?
Rosa começou a rir então Claude percebeu. Ele pegou o
protetor, colocou um pouco no dedo e a encarou. Rosa, percebendo, começou a
correr por aquela praia quase deserta fugindo de Claude.
Rosa: Não, espera! Eu só estava brincando. (gritava
correndo)
Claude: Non corre! Eu vou te pegar Serafina.
Rosa: Não, não! Claude para.
Rosa correu pela água rasa, mas Claude conseguiu
agarrá-la. Com apenas um braço envolto a sua cintura, ele a apertou contra seu
corpo enquanto ela tentava esquivar o rosto.
Claude: E agora hã?
Rosa: Não! Me solta, rsrs.
Claude fez então a mesma coisa que Rosa fez com ele,
passando protetor melando o rosto dela todo.
Claude: Agora sim! Estamos kits, hã.
Os dois caíram na risada, mas os sorrisos foram se
desmanchando, ficando quase tímidos. Os olhares dos dois se encontraram e a
respiração ficou ofegante.
Rosa: Agora pode me soltar.
Claude: E se eu non quiser?
Rosa: Ah é, então tá.
Rosa foi empurrando Claude que se desequilibrou de
encontro a uma onda, mas ele não soltou Rosa, então, ela caiu sobre ele.
Molhados e dentro da água continuaram a rir e foram
entrando mais para fundo. Claude tirou sua camisa e Rosa a sua canga.
Claude: Vamos, vem mais pra cá.
Rosa: Claude eu não sei nadar, lembra?
Claude: Eu non vou deixar você se afogar Serafina.
Rosa: Não!
Claude: Medrosa, é issi que você é uma medrosa. (disse
provocando-a)
Rosa: Eu não sou medrosa, ta?
Rosa mesmo com um certo medo foi até onde Claude
estava. Uma onda veio de encontro aos dois e faltou o chão para Rosa.
Ela afundou e sentiu os braços de Claude segurando em
sua cintura, e logo voltou a superfície, agarrando-se ao pescoço dele.
Rosa: Claude!
Claude: Hahaha! Calma, chérie.
Rosa: Eu não consigo tocar o chão.
Claude: Eu to aqui hã, relaxa.
Rosa: Relaxar? Deixa
eu chegar na areia que você vai ver, seu maluco, rsrs.
Claude: Medrosa, rsrs.
Os dois pararam de falar e caíram na gargalhada,
enquanto Claude fazia de tudo para Rosa não afundar.
Claude: Posso te dizer uma coisa?
Rosa: O que, rsrs?
Claude: Eu to louco pra te beijar.
O sorriso de Rosa foi desmanchando e um brilho
apareceu em seu olhar. Ela engoliu seco e fitou os olhos negros dele.
Claude: Mais eu non posso, non seria certo agir dessa forma
com você.
Rosa não disse nada e quando percebeu já conseguia
tocar o chão, então ela se soltou de Claude e foi para o raso.
(14:34 - Praia do Guarujá)
Após almoçarem peixe frito com camarões, os dois
tomavam uma água de coco sentados.
Rosa: Vou ao banheiro, já volto.
Claude: Ta certo, cuidado, hã.
Rosa foi ao banheiro e quando voltava um homem acabou
esbarrando nela.
Continua...
Joyce que legal esses dois na praia! Mas acho que esse esbarrão do homem, já vai ser motivo de confusão, hum! Vou aguardar pra ver. Legal! Bjs.
ResponderExcluirMaria fico feliz em saber que esta gostando!Oh pena que ja ta chegando o final.
ResponderExcluirPara as que acompanham minha fic esse é o meu site onde posto todas: http://entrepalavras.webnode.com/