DEU A LOUCA NA SERAFINA, A ROSA - PARTE 11 - AUTORA: CLÁUDIA G

Júlio: O elevador... Tchau!

Claude: Tchau! - Fica pensativo parado no corredor, pensando se seguia ou não em frente. “Por que desistir?”

A campainha toca novamente e Rosa vai atender.

Rosa: Eu já não falei pra você dar o fora...

Claude: Olá! Tudo bem?

Rosa: Ah, Claude! Desculpa, achei que fosse um fantasma do passado que resolveu voltar para me atormentar.

Por algum motivo Claude ficou aliviado ao ver a recepção que Rosa daria ao concorrente.

Claude: Você está bem?

Rosa: Estou, obrigada. Nossa! Nem pergutei se quer entrar. Quer entrar?

Claude aproveita a oportunidade.

Claude: Obrigado. - Claude entra e fica em pé na sala observando o ambiente e as fotos cuidadosamente colocadas em porta-retratos sobre a mesa de centro e o aparador.

Rosa: Não quer sentar?

Claude consente, sorri e senta no sofá esperando que Rosa diga algo sobre o que aconteceu.

Rosa: Aceita um café?

Claude: Aceito.

Rosa vai para a cozinha pegar o café e Claude da sala resolve inciar uma conversa.

Claude: Me desculpa pelo atraso, perdi a hora.

Rosa: Não se preocupa, tudo bem. - Diz enquanto segue para a sala com a xícara de café numa bandeja.

Claude: O cheiro está ótimo.

Rosa: Modéstia à parte, meu café é muito bom.

Claude: O que mais que você faz além de café?

Rosa: Sou de família de italianos, esqueceu? Cozinho e como muito bem.

Claude: Enton já pode casar...

Rosa: É... acho que já faz algum tempo que eu posso... - Rosa ri da forma como colocou sua situação.

Claude: E porquê non se casou?

Rosa: Eu ia me casar com um traste que você deve ter cruzado aí fora agora há pouco, mas graças à Deus ele fugiu da raia e me abandonou, eu fiquei arrasada, mas hoje vejo que foi a melhor coisa que ele poderia ter feito por nós, aliás, por mim.

Claude: Por que está dizendo isso?

Rosa olha para o relógio.

Rosa: Claude! Já passa das onze. Vamos?

Claude nota que Rosa não quis responder sua pergunta, mas prefere não insistir, estava satisfeito com o que tinha ouvido dela até aquele momento.

No parque Rosa e Claude fizeram alongamento e correram juntos por um bom tempo.

Rosa: Claude, vamos parar um pouco? - Disse uma Rosa ofegante e que diminuia gradativamente a marcha.

Claude: Claro. Quer água?

Rosa: Só se for de coco.

Claude: Enton vai ter que dar uma corridinha até lá...

Rosa: Então tá, tchau! - Rosa sai correndo e deixa Claude para trás. Correndo, Rosa se vira e observa Claude que ainda não a alcançou, faz graça, corre um pequeno trecho de ré e ri.

Claude: Ei! Me espera!

“...I'm gonna run, I'm gonna try

I'm gonna take this love right to ya

All my heart, all the joy

Oh, baby, baby, please

Rush, rush

Hurry, hurry lover, come to me

Rush, rush

I wanna see, I wanna see you free with me

Rush, rush

I can feel it, I can feel you all through me

Rush, rush

Oh, what you do to me...”

(Paula Abdul – Rush, Rush - http://letras.terra.com.br/paula-abdul/570/traducao.html)

Claude e Rosa passaram um longo dia no parque. Eles correram, caminharam, conversaram sentados na grama, tomando água de coco sob a sombra de uma árvore e não se deram conta do tempo.

Claude: Viu que horas são?

Rosa: Não, que horas são?

Claude: Quase quatro horas da tarde.

Rosa: Claude, que horror! Ficamos todo esse tempo juntos?

Claude: Juntos... É... ficamos todo esse tempo juntos.

Rosa: Bom, então está na hora de ir para casa.

Claude: Pra minha ou pra sua? - Diz com ar maroto.

Rosa: Claude! - Rosa acha graça do atrevimento do patrão.

Claude: Brincadeira. O que vai fazer mais tarde?

Rosa: Não sei, não tenho nada programado.

Claude: E amanhã?

Rosa: Amanhã vou à casa dos meus pais, estou com saudades.

Claude: Quer ir ao cinema hoje à noite?

Rosa: Cinema? Hummm... gostei da idéia.

Claude: Posso ir te buscar às nove?

Rosa: Pode. Vai me dar aquela carona até em casa?

Claude: Eu non, vai correndo. Você está melhor que eu nisso.

Rosa: Mas você é cruel, hein! Dá uma carona, vai?

Claude: Claro!

“Meu amor é tão doce,

Meu amor é tão puro, lindo, livre

Poesia que me faz viver

Teu amor é tão simples

Doce amor que me beija a alma

Fonte de um sorriso que jamais eu vi

Já vi o sol bem mais ardente

Já vi o céu bem mais azul

Os diamantes mais brilhantes

A estrela que ilumina a escuridão

Já as flores mais bonitas

Já vi estradas mais distantes

Já vi os montes bem mais alto

O oceano que no horizonte se perdeu

Mas jamais eu vi

Um sorriso igual ao teu”

(Fernanda Brum – Um sorriso igual ao teu - http://letras.terra.com.br/fernanda-brum/898742/ )

20h30 – Rosa está terminando de se arrumar para ir ao cinema com Claude.

“Nossa! Tô com cara de vadia. Esse batom tá muito vermelho”. - Rosa pegou um lenço de papel e tirou o excesso delicadamente, esfregou um lábio contra o outro e, em seguida, piscou para o espelho e notou que carregou um pouco mais o cílio esquerdo com rímel e resolveu retocar o direito. “Agora melhorou”. Rosa se lembra de algo importante: “Oh Mon Dieu! O perfurme, francês adora perfume”. Correu para sua penteadeira pegou seu channel 5, que ainda não havia terminado de pagar, e burrifou gentilemente na região do seu colo e pescoço. Uma conferida nas horas mostrou que estava adiantada e poderia ler alguma coisa enquanto aguardava por Claude, assim se distraía. Optou por uma dessas revistas de fofoca de celebridades e começou a folhear, o problema era que Rosa não se interessava por celebridades...

"Ex-mulher de Dado Dolabella o acusa de agressão". - Rosa lia em voz alta e comentava a notícia. - Grande novidade! - Virou a página. - "FOTO FLAGRA! Angélica e Luciano Huck almoçam na Barra".- E eu com isso? - Na mesma página. - "Suzana Vieira vai à praia com o marido". - Será que eles passaram protetor solar? Aqui não está escrito. Deus me livre, quanta porcaria!

A campainha toca.

Rosa: Finalmente! - Respira funda, ajeita o cabelo rapidamente e abre a porta.

Claude: Boa noite. Non me atrasei.

Rosa: Não mesmo, muito bem. Eu estou pronta.

Claude: Você está linda.

Rosa: (sem graça) Obrigada. Você também está muito bem.

Claude apenas sorri como forma de agradecimento.

Rosa: Vamos?

Claude: Vamos.

Rosa pega sua bolsa e suas chaves no aparador da sala e segue com Claude rumo ao cinema.

No cinema, o casal optou por Par Perfeito, uma comédia romântica com Ashton Kutcher e Katherine Heigl.

Claude: Gostou do filme?

Rosa: Muito e você?

Claude: Bem divertido.

Rosa: É...

Claude: Que tal um jantar?

Rosa: Eu estou com fome.

Claude: Então vamos. - Claude ofereceu sua mão para que Rosa segurasse e os dois foram caminhando até o carro de mãos dadas. A sensação que ele sentia era de um adolescente saindo com sua primeira namorada, era tudo novo e diferente para ele.

Aquele sábado havia sido especial e ambos desejaram que ele não acabasse. O casal jantou num restaurante tranquilo, estrategicamente escolhido por Claude, para que eles pudessem conversar. O clima era sugestivo, mas ambos insistiam em fingir que não percebiam isso, em seguida, foram dançar e a noite acabou as 3h00 da madrugada. Claude levou Rosa para casa e se despediram dentro do carro.

Rosa: Obrigada pelo dia. - Agradece olhando fixamente para Claude.

Claude: Obrigado pelo dia. - Responde da mesma forma.

Rosa aproximou seu rosto do rosto de Claude para beijá-lo na face, mas Claude se virou fazendo com que seus lábios se encontrassem. Rosa, com olhos fechados, conseguiu sentir essa proximidade e movimentou delicadamente seu rosto. Claude, acariciou o rosto de Rosa com sua mão direita e a beijou ternamente.

Ambos se despediram felizes, mas ao mesmo tempo confusos, porque não sabiam como as coisas entre eles ficariam após aquele beijo.

Rosa: Tchau.

Claude: Tchau. - Claude, ligou o som do carro e seguiu viagem, pensando no quanto estava feliz por aquele sábado. Não se lembrava de ter tido outro semelhante aquele.

“Oh, Rosa, Rosita

Que bien sería si tú fueras mia

Rosa, chiquilla loca

Quisiera darte un beso en la boca

Oh, Rosa, Rosita

Quisiera conquistar tu corazón

Y estar juntito a ti toda la vida

Oh, Rosa, querida...”

(Roberto Carlos – Rosa, Rosita- http://letras.terra.com.br/roberto-carlos/1211793/ )

Rosa estava sob o efeito do beijo, não consegui dormir, na verdade Rosa não queria dormir, queria ficar acordada lembrando o dia maravilhoso que tinha tido ao lado de Claude, o homem que amana, e sono iria lhe tirar aquele momento, mas sem notar, Rosa adormeceu.

Domingo – 12h00

Rosa está na cozinha preparando sua macarronada domingueira, a campainha toca e ela vai atender vestida com seu avental decorado com porquinhos e com sua escumadeira em mãos.

Claude: Rosa, Rosita...

Rosa: Claude!

Claude: Vim almoçar com você.

(Recado da ClaudiaG: Meninas, espero que estejam se divetindo. A estória está próxima do fim. Cliquem no nome do filme para assistirem ao tailer, é bem legal. Ouçam as músicas, não diferente das outras partes, foram escolhidas à dedo para cada situação do casal, vale a pena ouvir cada uma delas. Rosa, Rosita foi indicação da nossa amiga Luiza Gomes. Lú, obrigada pela dica, eu amei, espero ter enquadrado bem a música dentro do contexto. Grande beijo pra vocês e obrigada pela força).
(06/09/2010 - Errata! - Rosa Rosita, não foi indicação da nossa amiga Luiza Gomes e sim da Lú. Peço desculpa pela minha confusão)