quarta-feira, 15 de setembro de 2010

PAI HERÓI - CAPÍTULO IV


Carina tinha de voltar, retomar sua existência. Reassumir seus compromissos era algo inevitável. E inevitável seria também agora levar em conta a situação de André. Afinal, havia enorme diferença social entre eles. Como impô-lo num meio sofisticado, vencer preconceitos e barreiras quase intransponíveis? De qualquer maneira, escudados no que sentiam, na força da paixão, tentaram. Carina arranjou emprego para ele numa de suas fábricas, a Mirasol, indústria de brinquedos, que ficava pertinho de Nilópolis. André, temporariamente, foi morar num hotel, em Nilópolis mesmo. Mas os obstáculos que se lhes antepunham eram tantos que precisavam encontrar, ao menos, uma forma de ganhar tempo. Marcaram um encontro, às escondidas, num restaurante, para discutir o assunto. Comeram, ele fez questão de pagar a despesa.
- Onde arranjou dinheiro? Empréstimo? - perguntou ela, sorrindo.
- Não, não, uma grana, pouca, mas dá pra quebrar o galho. Seu ex-marido me levou ontem, no meu hotel.
Séria, ela exclamou:
- César? Por que César?
- Ele esteve em Paço Alegre e o padre Felício mandou a grana por ele.
- Foi desculpa para ele falar com você.
- Está na cara. Pra me ver de perto, me conhecer.
- E daí?
- Daí que ... bem, foi aquele sufoco. Enfrentar o sujeito, cara a cara, não foi mole.
- O que ele lhe disse? - perguntou ela, sempre na defensiva.
- Tudo o que eu não queria ouvir. E coisas muito piores. Em resumo: acha que eu estou querendo seu dinheiro e que a gente está vivendo uma aventura.
Ela se revoltou:
- Miserável! Ele não tem nada que se meter em minha vida!
- A coisa está engrossando pro nosso lado.
- Não devemos alimentar nenhuma ilusão. Ninguém vai aceitar você.
- César fez a minha cabeça, eu sei.
- Minha mãe está assustada e não quer conhecer você.
- Estou sabendo. Isso é duro, viu? Infelizmente, não posso nem enfrentar a situação de peito aberto. Se não fosse por aquilo que me aconteceu, te juro que não tinha medo de nada. Eu ia até sua mãe e forçava uma barra pra ela ver que não sou mau-caráter. Bom, tem mais uma coisa chata.
- O que é?
- No dia do assalto, quando ia entrando no teu prédio, esbarrei num sujeito. Ele é a única testemunha que pode me reconhecer. Mas sabe quem é ele? O seu empresário, o Mário Renner. Você acredita?
- Meu Deus! O Renner! - assustou-se ela. .
- Pra você ver.
Ela suspirou fundo:
- E parece que nossos problemas não terminam aí. Eu poderia recuperar a posse e guarda de minha filha, se minha mãe consentisse em ficar com ela. Mas mamãe não quer. Isso é, ela exige, para isso, que eu rompa com você. E eu não sei o que fazer, porque não posso ficar sem você.
- Não tem solução, amor.
Ela pensou por alguns instantes:
- Tem, acho que tem... se nós nos submetermos e nos escondermos por algum tempo, até eu recuperar Ângela.
- É... pode ser.
- Está disposto a me ajudar?
- Claro.
- Vamos fingir, então, mentir que rompemos?
- É... tem de ser assim.
- Eu vou ver você. Sempre. Não me procure. Espere que eu vou ver você.
- Sempre!
- Todos os dias, se for possível.
Ela pegou o talão de cheques, preencheu um:
- Aceita isto. É um empréstimo. É para você comprar um carro e iniciar a vida.
Ele vacilou:
- Caramba! Nunca aceitei dinheiro de mulher!
- Não sou qualquer mulher e você não está aceitando. Eu vou cobrar, quando estiver bem. Sei que vai fazer tudo para isso, não vai? Ao menos por mim.
- Claro, claro. Vou dar duro.
- E tem mais: você pode continuar trabalhando na Mirasol, porque uma coisa não tem nada a ver com a outra.
- Fica demais. Sua família vai implicar.
- Eles não podem mandar nos meus atos. O emprego eu dou para quem quiser, independente de qualquer ligação amorosa. E você é um ótimo profissional, um artesão excepcional. Tem chance na Mirasol. Não estou fazendo nenhum favor. Entendeu?
Ele fez que sim com a cabeça, depois beijaram-se, com enorme tristeza frente à perspectiva da separação.

A bola de neve

Baldaracci, cada vez mais pressionado por Gilda, não teve outra solução senão começar a agir, a fim de tirar Ana Preta do Flor de Lys e de Nilópolis. Mesmo tendo todas as condições a seu favor, o coração pesado por se ver compelido àquilo, procurou Ana Preta, tentou contemporizações, uma compensação para ela. Chegou a lhe oferecer uma cantina, no Flamengo, que ela trocaria pelo cabaré. Ana Preta, contudo, renitente, recusou, fez pé firme, embora sabendo a que espécie de violência se expunha. E ela não demorou muito a desabar sobre sua cabeça. Vencido o prazo que Baldaracci lhe dera, seus capangas foram ao Flor de Lys, quase destruíram o cabaré, e Ana Preta e as garotas foram expulsas de lá.
A partir desse momento, curiosamente, começou a ocorrer algo com o qual ninguém esperava, muito menos Baldaracci. A revolta e as censuras a cair de toda parte, ele vendo exposta a fragilidade de sua posição de defensor da ordem através da desordem; da paz, através da violência; da união, através da mais funda desunião.
Quanto a Ana Preta, saiu a campo, disposta agora a lutar abertamente contra ele. E contava com poderosos aliados. O primeiro era seu próprio pai. Malta Cajarana havia lhe roubado, sim, os terrenos que possuía. Mas Baldaracci, apossando-se do que era de Cajarana, mantivera-os para si, roubando o velho Garcia pela segunda vez. Sempre intimidado, compensando na bebida uma revolta que não tinha coragem de assumir, e recebendo uma mesada de Nuno para permanecer inerte, seu Garcia assim se mantivera durante todos aqueles anos. Só que agora a ofensa sofrida pela filha acirrara­lhe os brios, trouxera-lhe o ânimo que sempre lhe faltara, e ele resolveu lutar.
O segundo aliado de Ana Preta, e o mais importante, era André.
Ela foi procurá-lo, no hotel, e usou um argumento fortíssimo para tê-lo do seu lado: disse que talvez pudesse provar que o crime do qual seu pai era acusado, e que lhe causara o linchamento, prova­velmente era forjado, a fim de encobrir o verdadeiro culpado, Nuno Baldaracci. Unidos, poderiam descobrir a verdade, destruindo Baldaracci.
Muito sério, depois de ouvi-la, André disse:
- Isso é o que eu mais quero na vida, acabar com aquele bandido. Se puder limpar o nome do meu pai, te juro, Ana, vendo até a minha alma.
Ela então combinou um encontro entre seu Garcia e André, para que este ouvisse o que o velho tinha a lhe contar e combinassem a melhor maneira de agir.
Seu Garcia lhe disse o seguinte:
- O trato era seu pai comprar os terrenos. Mas o tempo foi passando e nada dele comprar. Sem nada me pagar de foi pedindo e eu consentindo... eu confiando na amizade e deixando ele construir nos terrenos. Primeiro foi o prédio onde tem a atual loja. Depois ele foi fincando casa em cada um dos terrenos do bairro de Boa Viagem, aquele logo nas margens da Via Dutra. Aí, quando acordei... bom, já era tarde demais. A gente brigou e ele me deu um tiro. Mas, trocando em miúdos, ele construiu em terreno alheio. Então, essas construções são todas ilegais.
André perguntou:
- Me explica... meu pai morreu, minha mãe casou com o italiano...
- Isso aí. E o Baldaracci passou a explorar as propriedades, no lugar do seu pai. A coisa continuou, ele adoçando a minha boca e eu deixando, deixando, até que agora explodiu.
André pensou alguns instantes, depois falou:
- Bom, eu entro nessa briga. Mas uma coisa quero deixar clara. Contra o marido da minha mãe vou fazer tudo, vou acabar com ele. Agora, contra minha mãe eu não mexo uma palha. Não quero dinheiro, não estou interessado em direito na herança. Quero mais é acabar com ele. Minha mãe vai levar as sobras, claro. Mas não vai ser atingida diretamente. Agora eu quero que o senhor me fale tudo sobre o assassinato do frei Nicolau. Isso pra mim é o mais importante.
- Parece, não sei, pois não assisti, mas parece que houve tramóia naquele crime pra implicar seu pai. Foi tudo arranjado pra insuflar as pessoas contra ele... pra darem um fim nele, daquele jeito horrível.
- Mas quem fez a tramóia?
- Só pode ter sido o Baldaracci, porque ele queria o lugar do seu pai. Era o homem de confiança do Cajarana, seu braço direito. Tomou conta e se sentiu dono de tudo. Bem, não preciso dizer o resto.
- Não, não precisa. Só queria provar isso, pra desmascarar ele. Se foi ele que matou o padre, acabo com os falsos milagres, acabo com a fama dele. Ponho ele na cadeia.
- Isso não dá. O crime foi há muito tempo. Já está prescrito, se é que foi ele. Eu não tenho certeza.
- Mas eu vou ter. Deus é grande, eu vou ter. Agora vamos até advogado da Ana Preta contar tudo isso.

O sucessor

Como uma bola de neve, as coisas começavam a se avolumar, a rolar sobre Nuno, a tantalizá-lo. O advogado de Ana Preta ajuizou duas ações contra ele, uma sobre a posse irregular dos terrenos, outra contra a agressão sofrida por ela. Sagaz, Nuno, antes de qualquer outro, pressentiu o rumo que as coisas poderiam tomar, o frágil de suas defesas a atormentá-lo. Se lhe acontecesse alguma coisa, o irremediável, por exemplo, o que seria do futuro, de seus negócios? Era preciso, e rápido, encontrar alguém que lhe pudesse suceder, preservar o que havia conseguido. Por isso, chamou Cirilo a sua presença:
- Figlio mio, quero ter a certeza de que se alguma coisa acontecer a seu pai, você fica no meu lugar, à frente de todos os meus negócios. de tudo o que eu domino. Sou o senhor absoluto de Nilópolis e quero ter o sossego de saber que você vai ser meu sucessor.
Meio assustado, o rapaz disse:
- Puxa, pai... claro que vou ser seu substituto. Mas acho que a.gente fala nisso por falar, nunca pensando que vai acontecer.
- Mas tem de acontecer um dia. E é bom a gente estar prevenido. Principalmente agora, que estou sendo ameaçado. Ninguém teve a coragem de fazer isso antes. Mas agora... e eu tenho de engolir?
- Quem o está ameaçando? E por que tem de engolir?
- O André Cajarana. E eu tenho de engolir porque é o filho da tua mãe. Está me dando trabalho e preocupação. E tem mais: os Garcia me levaram na Justiça. Estou respondendo processo. Bene, você sabe, tudo isso atrapalha minha reputação, meu nome, e não devia estar acontecendo.
Nuno, comovido, abraçou o filho:
- De qualquer forma, quero que você se interesse mais pelos meus negócios e se enfronhe neles, porque você, dos meus filhos, é o único que se parece comigo. O Romão é padre, brigou comigo, se tornou inimigo por causa dos milagres, e Clara é mulher... mulher não sabe fazer negócio. Só tenho você, mais ninguém.
- Você tem minha mãe.
- Sua mãe já não é a mesma. Ela está se voltando contra mim. Mas, tendo você, estou garantido, filho.
- Puxa, pai! Puxa! Conta comigo pra tudo! Pro que der e vier!
- Bene... então, a partir de hoje, vou te colocar a par de todas as minhas atividades.
Pegou algumas pastas cheias de papéis, entregou a ele:
- Guarda, veja isto com muito cuidado... você tem de ir tomando conhecimento de tudo. Já é um homem... o homem certo pro meu lugar. .
Só mesmo a mente de dois apaixonados abrigaria a idéia de que poderiam iludir a tudo e a todos acerca da realidade de seu amor. Assim, Carina e André logo viram baldadas suas tentativas de ocultar o óbvio. Era um segredo de Polichinelo, visível a todos, e que logo traria conseqüências. A principal foi César escudar-se na má vontade quase unânime contra André, fazer torpe jogo de negaças, tentando evitar que Carina visse a filha. Sabia que com isso a enfraquecia e, debilitada, mais fácil se tornava para ele tentar reatar os laços do antigo amor. Nem mesmo se deteve em lançar filha contra mãe, cercando a garota de tais mimos e atenções que ela simplesmente se recusava a aceitar a companhia de Carina. Estavam na fazenda de Januária, em Paço. Alegre, e a atitude de Ângela desesperou a mãe. Com a desculpa de querer acalmá-la, contornar a situa­ção, César saiu com Carina. Era a oportunidade que buscava. Sentindo-se senhor da situação, disse-lhe que estava procurando salvá-la. Ela reagiu com violência:
- Pelo amor de Deus, não me venha com essa ladainha. Me salvar do quê, se nunca fui tão feliz na minha vida? Você é que me atrapalha com sua insistência, suas chantagens sentimentais. O que você fez com Ângela foi a gota-d'água, viu?
- Eu não fiz nada! Ângela me ama. Ela está participando de nosso problema, não quer nossa separação. Ouça bem, podemos anular o divórcio. Vamos dar essa grande felicidade para nossa filha. Vamos pensar nela acima de tudo, Carina. Não existe outra solução para nós dois.
Ela gritou:
- Existe, existe sim. Se você não parar esse carro, agora mesmo, eu lhe mostro qual é a minha solução.
- Você não pode mais fugir de mim. Eu não vou deixar você escapar desta vez, meu amor. Eu quero você de volta, Carina... pense nisso... por favor.
- Quer parar a droga deste carro, César?
- Carina, chega de loucuras!
Ela gritou novamente, desesperada:
- Eu não te quero mais, César! Ponha isto na tua cabeça! E pare a droga deste carro! Quero sair daqui... quero que você me deixe em paz. Pare o carro, César, ou vou abrir esta porta! Pare, já!
Ela colocou as mãos na maçaneta, enquanto ele dizia:
- Fique quieta! Você está ficando maluca?!
- Pare, droga! Pare!
- Não vou parar, Carina! Não vou!
Ela abriu a porta, ele gritou:
- Feche esta porta!
Sem ouvi-lo, ela se atirou para fora. César freou bruscamente, enquanto ela rolava pela estrada.

Mãe Tiana

Coxo, revoltado com o fechamento do Flor de Lys, a injustiça que isso representava para com Ana Preta, resolveu também romper o marasmo que o tomava, há anos, e fazer algo contra Baldaracci. Assim, embora conhecendo os riscos que corria, e envolvendo seus atos em mistério, levou Ana Preta à presença de Mãe Tiana. A velha jogou os búzios para ela, dizendo:
- Estou vendo aqui, filha, estou vendo muita consumição pra você. Toma cuidado, filha.
- Mãe Tiana, me fala do Malta Cajarana.
- Malta não podia morrer daquele jeito.
- Ele morreu inocente?
- Inocente, moça. Inocente - respondeu Mãe Tiana, convicta.
- Então, não teve culpa na morte do frei Nicolau?
- Não... eu vi. Eu fui com ele ao encontro. Ele me pediu proteção. A gente era muito amigo. Ninguém esperava que eu fosse junto. Ele ia pra falar com o italiano. Não sabia que o frei Nicolau estava lá esperando.
- Baldaracci não compareceu ao encontro?
- Não. Baldaracci pediu pro frei Nicolau ir, pra apaziguar os ânimos. O padre queria a paz entre os dois homens. Encontrou foi a morte.
- Baldaracci mandou matar ou matou o padre?
- Baldaracci mandou matar. Queria se ver livre do Cajarana. Era patrão dele. Ele queria a Gilda... queria ficar com os bens do Cajarana.
- E conseguiu! - exclamou Ana Preta. Mãe Tiana concordou:
- Conseguiu.
- Por que a senhora não contou pra polícia, na ocasião?
- O italiano me perseguiu. Mandei construir o túmulo do Malta e tive medo de fazer mais alguma coisa.
- Incriminando Malta, Baldaracci jogou o povo contra ele.
- Foi, filha. Ele conseguiu fazer o povo matar o Malta daquele jeito.
Ana Preta encarou-a e perguntou:
- A senhora seria capaz de repetir isso pro filho do Malta?
Ela fez um gesto de assentimento:
- Queria ver o moço. Um dia eu vou ver. Acho que chegou a hora da gente ter coragem.
O encontro entre André e Mãe Tiana não tardou muito. Ana Preta disse onde e como encontrá-la. André, cheio de sofreguidão, foi vê­la. Ela o recebeu com profunda emoção. Acariciou-lhe o rosto:
- Você é a cara do seu pai. Só que é mais bonito, mais tratado. Seu pai estava muito machucado pela vida, coitado.
- Me fale dele... e da minha mãe.
- Gilda não era ruim. O italiano é que estava de olho nela. E ela estava cansada do seu pai, foi presa fácil.
- Quando ela me largou, foi por causa do italiano?
- Não. De jeito nenhum. Ela te deixou foi por medo de que o povo fizesse com você o que já tinha feito com seu pai. Depois, claro, esqueceu... porque o sujeito conquistou ela direitinho.
Em seguida, praticamente repetiu o que já havia contado a Ana Preta, concluindo:
- É isso tudo o que eu sei, meu filho, o que vi naquela noite.
André perguntou:
- A senhora teria coragem de fazer justiça a meu pai, agora, depois de tanto tempo?
- Claro que sim.
- Iria a Nilópolis pra dizer tudo isso publicamente?
- Desde que me deixem, meu filho, eu vou.
- Venho buscar a senhora, com muito cuidado, E lhe prometo que nada vai lhe acontecer.
André lhe beijou as mãos, comovido:
- Agora, sim. Agora estou legal. Foi um alívio imenso que eu senti. Acho que chegou a hora do Baldaracci descer de seu pedestal de ouro. Garanto que ele nunca sonhou que o filho do homem que ele mandou matar fosse um dia acabar com ele.

ESSE CAPÍTULO É DEDICADO À BISCOITINHA CLAUDIA G, COMPANHEIRA QUERIDA QUE TEM NOS APOIADO NAS HORAS BOAS E RUINS.

4 comentários:

  1. Eug, muito obrigada pelo carinho da dedicatória. É um prazer fazer parte do desse "pacotinho de biscoito" recheado de gente bacana. Conte sempre comigo. Grande beijo.

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  2. Eugênio, estou adorando relembrar essa novela! Mas constatei que muitas lembranças estavam perdidas no tempo. Obrigada por traze-las de volta! Beijo.

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  3. Eugênio, ta cada vez melhor esse romance, e agora to curiosa pra saber o que aconteceu com Carina, depois q ela se jogou pra fora do carro.

    Beijos

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