terça-feira, 21 de setembro de 2010

THE POWER OF LOVE - A HISTÓRIA DE UMA ROSA... E SEUS ESPINHOS - PARTE 10 - AUTORA: FERNANDA FREITAS RAMOS

O dia finalmente havia chegado.
Miguel já estava aguardando o início do julgamento há algum tempo.Tinha chegado cedo,movido pela ansiedade.
Um tempo depois,Claude e Rosa chegaram acompanhados de uma das melhores advogadas do país.
Porém Miguel,também disposto a ganhar,estava tão bem munido quanto eles.
Adv(a)(Advogada):Teremos uma batalha e tanto pela frente... – diz em voz baixa pro casal Geraldy.
Adv(o)(Advogado):Isso não será tão fácil quanto pensei... – diz usando o mesmo tom que a advogada da parte adversária.
Miguel se aproxima,cumprimenta Rosa civilizadamente e,percebendo o olhar desafiante de Claude,se coloca na mesma posição.
M:Não tenha muitas esperanças. – diz,durante o aperto de mão.
C:Tenha a certeza de que eu terei muito mais do que esperança.Eu terei vitória.
O aperto de mão desafiador é interrompido quando são avisados de que a audiência vai começar.
Horas depois...
J:Considerando a situação,eu determino a guarda alternada da menor.
C:O QUE?
NÃO,EU NÃO VOU ACEITAR ISSO!
M:EU MUITO MENOS!
J:Srs.,se acalmem,por favor!
R:Claude,por favor!
C:Sr. juiz,a Vitória é minha filha e de minha esposa!
Ela foi roubada,não temos porque dividí-la com outra pessoa!
M:O nome da MINHA filha é ESPERANÇA!
E ela não conhece outro pai além de mim!
Você pode ser pai biológico,mas eu sou por direito!
Adv(o):Sr. Ramírez,por favor,não piore as coisas. – diz,tentando acalmar o cliente.
Adv(a):Sr. juiz,perdoe meu cliente,por favor.
Ele já está mais calmo...Não é mesmo,sr. Geraldy? – diz,olhando pro francês com cara de ‘’Não estrague tudo,idiota...’’.
C:Oui. – diz,com cara de emburrado.
Adv(a):Sr. juiz,é entendido que o uso da guarda partilhada vem sendo abolido de nossos tribunais,pelo bem-estar psicológico do menor,estou certa?
J:Sim,sra. advogada,mas pra esse caso,traçaremos um esquema especial.
Adv(o):Que esquema seria esse,sr. juiz?
J:A menor deverá permanecer uma semana em cada lar,e as partes deverão se comprometer em educá-la e tratá-la da mesma maneira,pra que não hajam conflitos na mente da menina.
Claude e Miguel saíram resmungando,mas não tinham outra saída a não ser aceitar.
Rosa estava feliz e satisfeita,assim como os advogados.
Momentos depois...
R:Acho que não tem muito o que ser discutido aqui,afinal,o Miguel está criando nossa filha do mesmo jeito que nós estaríamos fazendo.
Vocês concordam?
Miguel olha pra Claude orgulhoso,enquanto o francês retribui com um olhar murcho.
C:D’accord,cherie.
Mas eu tenho uma exigência:
Nossa filha também tem que se chamar Vitória,hã?
R:Ai sim Miguel,eu também queria pedir isso...
A escolha desse nome foi feita com muito amor,e significa muito pra nós.
M:Eu entendo.
Também escolhi Esperança simbolicamente,e com muito amor.
Por mim tudo bem. – diz,colocando uma das mãos sobre a de Rosa e acariciando-a.
R:Obrigada. – diz,sorrindo com os olhos marejados.
Miguel sorri de volta,enquanto Claude olhava furioso.
C:Tudo bem,então,hã? – diz,tirando a mão da esposa debaixo da de Miguel e segurando-a.
Na primeira semana,Esperança permaneceria com Miguel,até porque ele precisava prepará-la pra entrar naquela nova vida que a esperava.
M:Meu amor,o que você acha de se chamar Esperança Vitória?
E:Papai,eu achei esquisito...
M:E Vitória Esperança?
Esse foi sugestão da Serafina.
E:Desse eu gostei,papai. – diz,sorrindo.
M:Então de agora em diante,você vai se chamar Vitória Esperança Ramírez de Geraldy.
E:E por que agora eu tenho que ter um nome tão grande,papai?
M:Porque agora a família aumentou,meu bem...
Você vai ter dois papais e uma mamãe.
E:Sério,papai? – diz,dando pulinhos.
M:Sério,meu amor. – diz,rindo de alívio pela filha ter reagido tão bem.
E:Eu quero que os meus novos papais sejam a Serafina e o Claude,eu gosto deles...
Por favor,papai... – diz,implorando com as mãozinhas juntas ao queixo.
M:Seu desejo é uma ordem,srta. Vitória Esperança.
Eles serão seus novos papais.
E:Obrigada,papai! – diz,pulando com mais vigor que antes.
M:Calma,meu amor,você vai se machucar. – diz,rindo,pegando-a no colo e enchendo-a de beijos.
M:Meu amor,nunca se esqueça de que eu te amo muito. – diz,acariciando a cabeça da filha.
E:Não se preocupa,papai.
Eu também te amo muito,pra sempre. – diz,acariciando os cabelos louros do pai.
M:Muito obrigado,minha vida. – diz,abraçando-a.
Mais tarde,na casa dos Geraldy...
D:Dr. Claudes,telefone pro senhor.
C:Quem é,Dádi?
D:É da delegacia.
C:Mon Dieu,será que aconteceu alguma coisa com a minha filha? – diz,pegando o telefone preocupado.
C:Alô?
Rosa estava descendo as escadas,quando escutou a voz preocupada de Claude ao telefone.
R:Dádi,o que foi?
D:O delegado no telefone,D. Rosa.
Rosa observa o marido ao telefone atenta e aflita.
C:Como assim,ela escapou?
Como isso pode ter acontecido?
N:Acontecendo,idiota! – diz Nara,invadindo a casa com a ajuda de dois homens armados.
C:O que você quer aqui,Nara? – diz,entrando na frente de Rosa pra protegê-la.
N:EU VIM PEGAR MEU BEBÊ DE VOLTA,MALDITOS! – diz,apontando uma arma em direção ao casal.
R:Nara,você não está em condições de cuidar de uma criança agora.
Calma,nós vamos te ajudar...
N:CALA A BOCA,VAGABUNDA!
C:NARA,SE ACALME,POR FAVOR!
VÁ EMBORA DA NOSSA CASA AGORA MESMO,VOCÊ NÃO TEM NADA PRA FAZER AQUI!
N:EU VOU LEVAR MINHA FILHA E NINGUÉM VAI ME IMPEDIR! – diz,subindo as escadas,enquanto os bandidos ameaçavam Claude e Rosa com suas armas.
O delegado,que ouviu tudo pelo telefone,não demorou a chegar na casa,levando reforços:
‘’MÃOS PRA CIMA,VAMOS!’’ – diz,surpreendendo os comparsas de Nara.
Enquanto eles eram algemados,se ouve um grito de menina vindo do andar de cima:
‘’MAMÃE,MAMÃE,SOCORRO!’’
Ao escutar sua filha lhe chamando,Rosa se solta dos braços do marido e sai em disparada ao encontro da filha.
C:SERAFINA,ESPERA!
ELA TÁ ARMADA! - diz Claude,correndo atrás da esposa,seguido pelo delegado.
Chegando ao quarto de Manuela,Rosa encontra Nara com a menina nos braços,se preparando pra fugir.Ela tranca a porta imediatamente,impedindo a vilã de sair.
R:SOLTA A MINHA FILHA,DESGRAÇADA! – diz,partindo pra cima de Nara,que acaba derrubando a criança no chão.
As duas lutam tentando conseguir a posse da arma,mas Nara é mais forte e empurra Rosa pra longe,fazendo com que ela batesse a cabeça na cômoda e desmaiasse.
N:Agora sim chegou a sua hora,maldita! – diz,começando a apertar o gatilho.
Manuela sempre havia sido fria,indiferente e muitas vezes agressiva por causa da doença,mas diante daquela situação,seu coraçãozinho falou mais alto que sua mente perturbada.
Ao ver que Rosa estava em perigo,correu em direção à ela,se abaixando e tentando despertá-la:
‘’MAMÃE,MAMÃE!’’- grita,sacudindo-a.
Neste momento,o som de um tiro ecoa pela casa,seguido de um grito:
‘’NÃÃÃÃÃOOOOOOOOOO!!!!!!!!!!!’’
C:ROSA,ABRE ESSA PORTA! – grita,desesperado.
D:SE AFASTE,POR FAVOR! – diz o delegado,arrombando a porta em seguida.
Ao adentrarem o quarto,a cena que encontram é perturbadora.
Rosa estava caída no chão,desmaiada,enquanto Nara,ajoelhada,abraçava o corpo imóvel da filha,fazendo movimentos de ninar,enquanto chorava descontroladamente.
N:Essa maldita me fez matar o meu bebê! – diz,em tom desequilibrado.
C:O QUE VOCÊ FEZ COM A MINHA MULHER E COM A MINHA FILHA,SUA CRETINA? – diz,avançando no pescoço de Nara.
D:Acalme-se,por favor! – diz,segurando Claude.
A situação era desesperadora.
Claude não sabia se acudia à esposa ou à filha primeiro.
Naquele momento Rosa começa a despertar,e ao ver a filha,sente o desespero e a dor tomarem conta do seu corpo.
R:Minha filha... – diz,num fio de voz,se arrastando em direção à menina.
Rosa se aproxima e repousa a cabeça no peito de Manuela.Ao não ouvir seu coração batendo,sente o céu cair sobre sua cabeça:
‘’Minha filha...
Minha filha não... ‘’ – chora compulsivamente,com a cabeça ainda deitada sobre a menina.
Claude,tão baqueado quanto a esposa,se ajoelha do outro lado da filha e pousa a cabeça sobre a de Rosa.
E assim,os dois permanecem,chorando sobre o corpinho de Manuela,enquanto o delegado algema Nara,que,em choque,só lança um olhar atormentado à filha antes de ser levada dali.
Momentos depois,uma ambulância chegou,levando o corpo de Manu pra que fossem realizados os procedimentos pertinentes.Claude e Rosa foram junto com a filha,enquanto Frazão e Alabá,que assim que souberam foram correndo até a casa dos amigos,ficaram com os meninos,acompanhados também por Dádi.
Logo que chegam,encontram Miguel:
M:Eu liguei pra casa de vocês e...
Ah Serafina,eu sinto muito...
Miguel se aproxima de Rosa e lhe dá um abraço intenso,sob o olhar desconfiado,mas ao mesmo tempo compreensivo de Claude.
Após dar os pêsames à amiga,Miguel se aproxima de Claude.
M:Claude,eu sinto muito... – diz,pousando a mão sobre o ombro do francês e lhe dando um abraço de consolo.
C:Obrigado. – diz,retribuindo o abraço.
M:Será que eu poderia falar com vocês por um minuto?
R:Algum problema com a Vitória? – pergunta,aflita.
M:Não,ela tá bem,não se preocupe.
C:Pode falar,o que foi? – pergunta,ligeiramente preocupado.
M:Bom,eu sei que não é um bom momento pra falar disso,mas é necessário.
Vocês já decidiram se vão doar os órgãos da Manu?
C:Realmente,não é um bom momento.
Como você acha que nós poderíamos estar pensando nisso agora,hã?
R:Calma,Claude. – diz,respirando fundo e secando suas lágrimas.
Claude também respira fundo,tentando se acalmar.
R:Por que a pergunta,Miguel?
M:Porque uma pequena parte da Manu pode trazer de volta a luz pros olhos da nossa Esperança.
Claude e Rosa se olham esperançosos,segurando forte as mãos um do outro.
R:Você quer dizer...
M:Vocês sabem que a história que eu contei pra nossa filha sobre a cegueira dela foi inventada...
C:Sim,a verdade é forte demais pra uma criança tão pequena.
M:Por negligência das pessoas daquele orfanato,ela tentou alcançar a garrafa de um produto de limpeza destampada que estava encima de uma mesa,e...
Bom,vocês já sabem.
R:Coitadinha da minha filha,tão pequena e teve que passar por isso. – diz,tapando a boca e voltando a chorar.
C:Calma,cherie.
Já passou,ela não se lembra,hã? – diz,engolindo o próprio choro e abraçando a esposa.
M:Bom,voltando...
Vocês sabem que desde que a adotei,a coloquei na fila de espera.Neste momento,ela é a próxima da fila,só estamos esperando uma doação.Se vocês decidirem doar os órgãos da Manu,as córneas dela podem servir pro transplante da nossa Vitória Esperança.Vocês entendem?
Nosso bebê voltaria a enxergar. – diz,com os olhos marejados pela emoção.
Claude e Rosa também estavam emocionados com a possibilidade.
Em meio à toda aquela dor pela morte de uma filha,poderia nascer uma luz,que iluminaria a vida da outra.
C:Cherie,você decide. – diz,acariciando o rosto de Rosa.
Rosa respira fundo,olha pros dois e diz:
‘’Nossa filha não se chama mais somente Esperança...
Agora que ela também se chama Vitória,é isso o que ela será novamente:
Uma vitoriosa.’’
C e M:Então... – indagam,emocionados.
R:A morte da nossa Manu não será em vão.
Ela vai ajudar a trazer a luz dos olhos da irmãzinha de volta. – diz,chorando ao pensar na morte da filha,mas ao mesmo tempo sorrindo pela esperança que nascia ali.
C:Eu tenho certeza de que,esteja ela onde estiver,vai ficar muito feliz,minha vida. – diz,abraçando a esposa.
R:Eu sei,meu amor. – diz,chorando no ombro do marido.
Miguel também sorri,emocionado.
Ele imediatamente se lembra de algo que ouvira de um padre,quando,ainda menino,perdeu a mãe:
‘’Deus escreve certo por linhas tortas.Quando Ele tirar,não devemos questionar,porque Ele pegará nossas lágrimas de tristeza,e as transformará em lágrimas de alegria muito antes do que possamos imaginar.’’
‘’Agora eu entendi.’’ – pensa,fechando os olhos,enquanto sentia uma paz enorme invadir seu corpo.
No dia seguinte,no velório...
CJ:Papai,a Manu não vai mais voltar? – pergunta,choroso.
C:Não,meu filho.
Agora ela é um anjinho,e vai cuidar de nós lá do céu.
P:Ela tá com Deus,papai?
C:Claro que sim,Pedrinho.
Ao se ouvir,Claude suspira aliviado,percebendo que as palavras que acabara de dizer pra confortar os filhos haviam causado o mesmo efeito nele.
‘’É,meu anjinho tá com Deus agora...’’ – pensava com os olhos fechados e a cabeça apoiada na do filho.
Rosa se aproxima e dá um beijo carinhoso na cabeça do marido,enquanto acaricia seus cabelos.
R:Ah meus amores,o que eu faria sem vocês aqui?
CJ:Mamãe,é verdade que a Manu virou um anjo? – pergunta,fascinado.
R:É sim,meu amor.- diz,pegando o filho no colo.
C:E tem mais.
Ela vai nos ajudar a trazer a luz dos olhos da outra irmãzinha de vocês de volta.
P:Quando nós vamos conhecer ela,papai?
Claude e Rosa se olham com cara de interrogação.
Com as coisas acontecendo tão repentinamente,eles nem haviam tido como reunir os trigêmeos novamente.
C:Logo,meu bem.
Muito em breve vocês conhecerão a Vitória.
CJ:Que bom,porque ela faz falta,não é,Pedrinho?
P:É sim. – diz,dando a mão pro irmãozinho e indo ao encontro dos ‘’tios’’ Sérgio e Roberta.
C:Você entendeu,meu amor?
R:Se dizem que gêmeos tem uma forte ligação espiritual,imagine trigêmeos... – diz,acariciando o rosto do marido e lhe dando um beijo terno em seguida.
C:É,você tem razão. – diz,suspirando,enquanto olha em direção à quarta filha.
O olhar de Rosa segue o do marido em seguida.
Os dois levantam,se aproximam do caixão e ficam ali,abraçados,vendo Manuela pela última vez.
Dois dias depois,Vitória já estava hospitalizada,e faltavam apenas alguns minutos pra realização da cirurgia.
VE:Papai,eu tô com medo.
C e M:Eu tô aqui,meu amor. – dizem ao mesmo tempo,cada um de um lado,segurando uma mãozinha da filha.
Rosa olha torto pros dois,prevendo outra discussão.
Claude e Miguel pareciam dois lobos disputando a liderança da matilha.
C:Ela tava falando comigo,hã?
M:Claro que não,era comigo.
Eu sou o pai dela desde antes.
C:Ah é?
Tem certeza? – pergunta,irônico.
M:Eu quero dizer que ela me conhece como pai desde antes.
E você entendeu,apesar de ser meio lerdo.
C:Como é que é? – pergunta,franzindo a testa.
M:Olha aí,não falei? – diz,com um sorrisinho sarcástico.
R:Eu não acredito que vocês estão tendo essa discussão aqui e agora! – diz,irritada.
C:Pardón,cherie. – diz,olhando pra baixo e beijando a mãozinha da filha com cara de menino levado.
M:É,Serafina,perdão. – diz,segurando a outra mão da filha,enquanto ao mesmo tempo pega a mão de Rosa do outro lado e a beija.
Claude encara o cubano possesso,mas olha pra filha e se controla.
VE:Mamãe,os meninos não crescem nunca,né?
R:Como assim,filha?
Por que essa pergunta?
VE:Porque os meus papais brigam igualzinho os meninos da escola.
Claude e Miguel se olham corados pelo comentário da filha,enquanto Rosa tapa a boca,segurando o riso.
R:Você tem razão,meu amor,os meninos não crescem nunca.
M:Espero que a srta. continue com esse pensamento quando ficar mocinha e os pretendentes começarem a aparecer.
C:É isso mesmo,hã?
Rosa e a filha fazem cara de estranheza ao perceber a repentina cumplicidade dos dois.
R:Vocês tinham que concordar justo nisso,né?
C:Claro,cherie.É o nosso dever.
M:Isso mesmo,nenhum marmanjo vai se aproximar da nossa garotinha.
Essa vai sofrer mais do que eu na mão do velho Giovanni... – pensava Rosa.
Dra.:Bom dia,princesa! – diz a oftalmologista,entrando no quarto.
VE:Oi,é você que vai fazer me fazer ver?
Dra.:Eu vou dar tudo de mim pra que assim seja,Vitória. – diz,se aproximando e acariciando o rosto da menina.
Miguel sorri,ao perceber a ternura da médica com sua filha.
Neste momento, ele se dá conta de que nem tinha notado como Marcela era linda:


(eu e minha mania de fotos hehe J).
Ela parece um anjo. – pensa,encarando-a maravilhado.
Rosa e Claude,percebendo a situação,trocam olhares e sorrisos maliciosos.
M:Você parece ser tão novinha,doutora...
Desculpe a pergunta,mas quantos anos você tem?
Ma:Tenho 28.
Não se preocupe,apesar de não parecer,eu já tenho os meus anos de profissão.
Sua filha está em boas mãos.
M:Disso eu tenho certeza.
Os dois se olham fixamente por alguns segundos,quando chega uma enfermeira e os desperta do transe:
‘’Dra.,já está tudo preparado.’’
Ma:Ok,obrigada.
Bem,eu vou dar um minutinho pra vocês com a paciente. – diz,encarando Miguel mais uma vez antes de sair.
Rosa e Claude se aproximam da filha,um de cada lado da cama.
Miguel olha os três e,entendendo que aquele momento era só deles,resolve esperar no corredor.
R:Meu amor,agora você vai dormir,e quando acordar,tudo vai ser diferente. – diz,beijando o rostinho da filha.
VE:Eu só quero ver você e os meus papais um pouco.Depois,não faz mal se eu ficar cega pra sempre,mamãe. – diz,buscando os rostos dos pais com as mãozinhas no ar.
Cada um guia a mão que está ao seu lado em direção ao rosto,sentindo o carinho da filha.
VE:Vocês tão chorando de novo?
R:É um choro bom,meu amor.
VE:Se eu continuar cega e vocês não quiserem mais ser meus papais,tudo bem.
Claude e Rosa se olham,lembrando de uma cena semelhante:
‘’R:Meu amor,eu sei que você se casou comigo achando que eu ia voltar a andar,e se não for assim,eu te deixo livre pra se divorciar de mim...’’
Claude olha emocionado pras duas,e responde à filha exatamente como havia respondido à esposa anos atrás:
C:O que é isso,Vitória Esperança Ramírez de Geraldy,tá maluca?
Nem pense que vai se livrar assim tão facilmente desse francês carrancudo. – diz,beijando e fazendo cócegas na barriguinha da filha.
R:Nós sempre vamos te querer e te amar,minha vida. – diz,acariciando os cabelos da menina.
C:É isso mesmo,você é a nossa Vitória...- neste momento,faz uma pausa e olha pra Rosa - ...E a nossa Esperança também. – completa,sorrindo.
Rosa sorri de volta,acariciando os rostos dos dois.
Neste momento,a enfermeira chega:
‘’Nós temos que levar essa princesinha agora.
Se despeçam,papais.’’
VE:Abraço de três. – diz,estendendo os bracinhos.
Rosa e Claude a abraçam,chorando de emoção e de temor pela filha ao mesmo tempo.
VE:E o meu outro papai?
E:Ele está logo aqui,no corredor.
Nós já vamos passar por ele. – diz,colocando a menina na maca e saindo do quarto a empurrando,seguida por Rosa e Claude.
VE:Papai?
M:Eu tô aqui,meu amor. – diz,pegando na mãozinha da filha.
VE:Eu te amo,papai.
M:Eu também. – diz,beijando a testa da filha.
Rosa,que segurava a mão de Claude,olha Miguel com um sorriso carinhoso,lhe oferecendo sua outra mão.
E assim,os três ficam de mãos dadas observando a filha ser encaminhada até a sala de cirurgia,com os olhos marejados.

4 comentários:

  1. Muito emocionante Fernanda! Fiquei com uma peninha de Manuela, mas a morte dela não foi em vão. Mas a nossa Manu não deve ter gostado muito disso,(ficar longe de Claude, rsrsrs).Espero ansiosa, o resultado da cirurgia. Bjs.

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  2. Muito obrigada,fico muito feliz com os elogios :)

    Em breve enviarei a última parte,bjs

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  3. Quanta emoção Fê! Que pena que a manu se morreu :(

    Ainda bem que ela foi uma heroina no fim. Bjs

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