quarta-feira, 22 de setembro de 2010

THE POWER OF LOVE - A HISTÓRIA DE UMA ROSA... E SEUS ESPINHOS - PARTE 11 - FINAL - AUTORA: FERNANDA FREITAS RAMOS

Horas depois...
C:Como foi? – levanta abruptamente,seguido de Rosa e Miguel.
Ma:Um verdadeiro sucesso. – responde,sorrindo.
R:Graças a Deus! – diz,emocionada.
Rosa percebe que a médica parou de sorrir e pôs uma expressão de estranheza no rosto.
R:O que foi? – pergunta,apreensiva.
Marcela faz sinal com a cabeça pra que Rosa olhe pra trás.
Claude e Miguel estavam abraçados,um chorando no ombro do outro.
Rosa fica boqueaberta e sorri em seguida,se juntando ao abraço.
Marcela não podia evitar o encantamento que sentia por Miguel.
‘’Meu Deus,tão lindo e tão sensível...’’ – pensava.
Miguel se desvencilhou do abraço que compartilhava com o casal Geraldy e se aproximou da médica.
M:Muito obrigado. – diz,segurando as mãos de Marcela e sorrindo.
Ma:Eu só cumpri com meu dever.
Ainda devemos esperar pra ver como a sua filha irá reagir. – responde,corada.
M:Tenho certeza de que dará tudo certo.
E quando minha filha abrir os olhos pro mundo,eu terei que te agradecer de alguma forma.
Ma:Conversamos sobre isso depois. – diz,lançando um olhar maroto,que Miguel retribui.
C:Com licença,não queremos atrapalhar... – diz,irônico – mas quando podemos ver nossa filha?
Ma:Ela já está sendo transferida de volta ao quarto.
Logo poderão vê-la.
R:Ah,que bom. – diz,suspirando e apoiando a cabeça no ombro de Claude,que entrelaça os braços ao redor dela.
Chega o dia seguinte,assim como o momento de tirar a venda dos olhos de Vitória.
Ma:Muito bem,Esperança,quando eu terminar de desenrolar a faixa,você vai abrir seus olhinhos bem devagar,entendeu?
VE:Entendi. – diz,com as mãozinhas entrelaçadas às da mãe,que estava do seu lado.
Ma:Muito bem,pode abrir...
Bem devagar,querida.
Antes de abrir os olhos,Vitória vira a cabeça pra onde a mãe estava,esperando que a primeira coisa que veria seria seu rosto.
Ela começa a abrir os olhinhos medrosa,bem devagar,até que os abre por completo,dando duas piscadas fortes e caindo no choro em seguida.
R:O que foi,meu amor? – pergunta,aflita.
Claude e Miguel também se aflijem.
Miguel abaixa a cabeça com as mãos cobrindo o rosto,e Claude dá um soco na porta,movido pela frustração.
VE:Você é linda,mamãe. – diz,colocando as mãozinhas no rosto da mãe.
Ao ouvir aquilo,Rosa ri alto de emoção e cai no choro em seguida,abraçando a filha.
Claude e Miguel também riem,emocionados.
Esperança olha por cima do ombro da mãe e vê os dois,porém encara Claude com mais intensidade.
VE:Papai! – grita,se soltando dos braços da mãe e correndo pros braços de Claude.
Claude se abaixa e abraça a filha,chorando com a cabeça apoiada no seu ombrinho.
VE:Papai,você também é lindo! – diz,passando as mãos nos cabelos de Claude,que ri com lágrimas nos olhos.
A menina olha pra cima em seguida,encontrando o olhar carinhoso do outro pai,que também se abaixa diante dela.
VE:Você é o meu papai Miguel,não é? – pergunta,dando um sorriso largo.
M:Sou sim,meu amor. – responde soluçando.
VE:Você é como eu sempre imagino meu anjo da guarda. – diz,acariciando o rosto do pai.
C:É porque é isso que ele sempre foi,minha vida.
Seu anjo da guarda. – diz,apoiando a mão no ombro de Miguel e olhando pra ele com respeito e gratidão.
Miguel retribui o gesto com um tapinha nas costas de Claude,voltando a atenção à filha em seguida.
M:E qual dos dois é o mais bonito,hein? – pergunta,brincando.
A menina encara os dois e dá a resposta mais sincera e conveniente que poderia:
VE:É a mesma coisa que perguntar se eu gosto mais de sorvete ou chocolate.
Não dá pra escolher,porque os dois são as coisas mais gostosas do mundo.
Rosa e Marcela riem com a resposta inteligente de Vitória,pensando que a menina tinha toda a razão.
Claude e Miguel também riem,abraçando a filha ao mesmo tempo.
Ma:Ah,já chega de tantos abraços,eu tenho que examinar esses olhinhos. – diz,pegando a menina no colo e a sentando de volta na cama.
Marcela examinava minuciosamente os olhos de Vitória com uma luzinha,sob o olhar atento de Rosa,Claude e Miguel.
VE:Você também é muito bonita. – diz,sorrindo pra médica,que retribui o sorriso docemente.
Ma:Bom,você já elogiou a beleza de todos aqui,não é?
Agora que tal conhecer o rosto mais lindo de todos? – pergunta,pegando um espelho e colocando na frente da menina.
Ela fica se observando,curiosa.
Passa as mãos pelo rostinho e pelos cabelos,como se estivesse tentando se decifrar.
VE:Meu cabelo é igual o seu,mamãe. – diz,sorrindo.
R:É sim,meu amor. – responde também sorridente.
C:Claro,tá vendo porque você é a menina mais linda do mundo?
É igualzinha a sua mãe. – diz,com os braços cruzados,logo em seguida imaginando os futuros pretendentes da filha e murchando um pouco o sorriso.
Os mesmos pensamentos invadem a mente de Miguel,que coça a cabeça tentando espantá-los.
Rosa e Marcela,percebendo a situação,riem dos dois.
VE:O que foi?
R:Nada,meu amor. – diz,beijando a testa da filha.
C:Cherie,eu já volto,hã? – diz com um olhar de cumplicidade.
R:Ah tá,meu amor. – responde,sorrindo ao captar a mensagem.
M:Mas e então,doutora,como ela está?
Ma:A visão ainda está meio embaçada,mas é normal.
Sua filha está maravilhosamente bem.
M:Obrigado,muito obrigado. – responde sorrindo e abraçando a médica em seguida,que fica sem jeito,mas retribui o abraço.
M:Lembra da nossa pendência? – pergunta,lançando o mesmo olhar do dia anterior.
Ma:Sim,não se preocupe. – responde,corando novamente.
Momentos depois,Claude adentra o quarto de mãos dadas com os filhos.
As três crianças se encaram sorrindo.Vitória levanta da cama e vai ao encontro dos irmãos,segurando as mãozinhas deles lentamente,como se soubesse que aquilo era um reencontro.Na verdade,ela sabia.Os três sabiam,era evidente pelo brilho de seus seis olhinhos.
Claude e Rosa assistiam a cena abraçados e maravilhados.
C:Olha,meu amor.
Como ela sabe,se não contamos nada dos irmãozinhos?
R:Ela também te reconheceu,Claude.
Só tem uma explicação pra isso:Amor.
Os trigêmeos se abraçavam carinhosamente,com os rostinhos iluminados,sob o olhar emocionado dos pais,de Miguel e também de Marcela.
Assim que Vitória teve alta,a família foi levar flores ao túmulo de Manuela.
Claude e Rosa estavam sentados,de mãos dadas,olhando fixamente pra escritura da lápide da filha:
‘’Foi um verdadeiro anjo que partiu desse mundo,deixando um presente sem tamanho à outro que ainda aqui permanece.’’
Um secava as lágrimas do outro,quando uma linda borboleta azul pousou sobre a lápide,chamando a atenção de todos.
VE:Olha que linda,mamãe!
R:É sim,meu amor. – responde,sorrindo.
CJ:Papai,será que ao invés de anjo,a Manu não virou uma borboleta?
P:Ou será que agora ela pode ser tudo o que quiser?
C:É...
Por que não?Ela pode ser tudo o que quiser. – responde,olhando atentamente pra borboleta,que bate as asas suavemente,levantando vôo em seguida.
Ao chegarem em casa,Claude recebe um telefonema da delegacia de polícia.
R:O que foi,meu amor?
C:A Nara...
Ela se suicidou no hospital psiquiátrico.
R:Meu Deus...
Como?
C:Parece que ela se enforcou com um lençol.
R:Ela não aguentou o tormento de ter matado a nossa Manu,não foi?
C:Nara colheu o que plantou,cherie.
Rosa olha pro marido,concordando e indo em direção à ele,buscando um abraço.
Três meses depois,na festa de aniversário dos trigêmeos...
VE:Mamãe,olha o que o Jr. fez no meu vestido! – diz,correndo em direção à mãe,seguida dos irmãos.
R:Ah,mas você só podia se chamar Claude mesmo... – diz,apertando de brincadeira a bochecha do filho.
C:O que é que a sra. está falando aí,hã?
P:Papai,ela disse que o Jr. é tonto que nem você. – diz,rindo.
Claude faz cara de birra,provocando risos na família.
R:Ô meu amor,não foi nada disso,vem cá... – diz,se aproximando do marido e lhe dando um beijo longo e carinhoso.
G:Olha o espetáculo na frente dos meus netos!
A:Giovanni,por favor,não começa.
M:Mas eu concordo plenamente com o sr.,seu Giovanni.
Eu sim sou um exemplo de pai,nunca faço essas coisas na frente da minha filha.
C:Mas por trás,em compensação... – diz,irônico,apontando pra barriga da noiva do cubano.
VE:Eu vou ter um irmãozinho? – pergunta,sorridente.
R:Claude!
Nesse momento,Sérgio,Roberta,Frazão e Alabá se aproximam.
F:O que acontece aqui,meus queridos?
M:Esse seu amigo francês estragou nossa surpresa.
VE:Oba,oba,eu vou ter um irmãozinho,eu vou ter um irmãozinho! – sai pulando e espalhando a notícia por todo o jardim.
G:Mas vocês são apressadinhos,hã?
Nem casaram ainda! – diz,indignado.
R:Papai!
A:Giovanni,não se mete na vida dos outros. – diz,escondendo o rosto de vergonha.
C:Pois agora quem concorda com o meu sogro sou eu.
F:Ah é,francês?
Pois eu duvido que se seu casamento não tivesse sido às pressas,vocês...
Claude olha feio pro amigo,que,percebendo a cara do velho Giovanni,entende o recado e fica quieto.
RV:Meninas,vamos nos retocar?
Quero saber as novidades.
Ma:Eu ia sugerir isso agora,tô louca pra conversar sobre os preparativos do meu casamento.
M:Do nosso casamento,você quer dizer,não é?
Ma:Enquanto só eu estiver cuidando dos preparativos,é MEU casamento. – diz,puxando Rosa pelo braço e caminhando em direção ao toilete,acompanhadas por Roberta e Alabá,que olhavam pra trás rindo.
S:É melhor não discutir com mulher grávida,acredite.
C e F:Eu que o diga...
Minutos depois,as quatro mulheres voltam ao jardim,seguidas por Vitória,que vinha correndo ofegante.
VE:Papai,papai!
Minha mamãe vai me dar um irmãozinho!
M:Nós já sabemos disso,meu amor. – diz,rindo da filha.
VE:Acontece que eu tô falando com o meu outro papai.
C:O QUE?
R:Vitória!
Tinha que ser filha do seu pai,né?
Estragou a surpresa.
C:Isso é verdade,cherie? – pergunta,sorrindo.
R:É sim,meu amor. – responde,sorrindo de volta.
Ao ouvir a confirmação da notícia,Claude pega a esposa nos braços e começa a rodopiar.
R:Claude,pára com isso,desse jeito eu vou ficar tonta! – diz,rindo.
C:Eu te amo,sabia? – diz,colocando-a de volta no chão.
R:Claro que sabia.
Você fez tanto por mim,pelos nossos filhos...
Eu também te amo,meu francês carrancudo. – diz,acariciando o rosto do marido e o beijando em seguida.
F:Cuidado pra não ter mais de um de novo,hein?
Olha que já são quatro. – diz,rindo.
C:Por mim,que venham mais vinte!
A:Iih,tá ferrada,Rosa.
R:Meu amor,não exagera! – responde,encabulada.
M:Tô contigo,francês!
Ma:Miguel,por favor!
S:Pois eu,tô fora dessa.
A Gabi já tá de bom tamanho,né,meu amor?
RV:É verdade.
F:Eu tô com o Sérgio! – diz,sorridente,até que olha pra cara da esposa,que não parecia muito satisfeita com a ideia de não ter mais filhos.
A:É mesmo,é? – pergunta,com os braços cruzados.
F:Ô minha deusa,eu só tava brincando...
Que venham quantos Deus quiser mandar. – diz,abraçando a esposa e rezando em pensamento pra que não viessem muitos.
D:Olha o champanhe,minha gente!
C:Suco pras mamães e pras crianças,Dádi,por favor.
D:Tá aqui,dr. Claudes,já tô esperta! – diz,servindo as taças de Rosa e Marcela com suco de laranja,e em seguida os copos dos meninos com a limonada que só ela sabia fazer,e que eles tanto adoravam.
C:Um brinde à minha família maravilhosa e aos nossos amigos! – diz,levantando a taça,seguido por todos.
R:Só acrescentando:
Um brinde à nossa família maravilhosa,aos nossos amigos,e à coisa mais bela que existe:o amor...
C:...e sua força! – completa,sorrindo pra esposa.
‘’TIM TIM!’’
VE:Olha,mamãe! – diz,apontando pra barriga de Rosa.
Todos olham curiosamente a linda borboleta azul que ali pousava.
CJ:Eu não disse,papai?
É a Manu! – diz,olhando sorridente pra barriga da mãe.
Rosa e Claude sentem os olhos lacrimejarem.
R:Será um sinal?
C:E por que não,minha vida?
Por que não? – diz,se aproximando e beijando Rosa delicadamente,enquanto todos assistiam emocionados a linda borboleta levantar vôo e sumir no horizonte.
FIM

7 comentários:

  1. Fernanda, obrigado por sua bela história. O final foi emocionante. Muito boa a história da borboleta, deu um colorido especial ao final. Beijo e obrigado por publicar em nosso blog.

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  2. Fernanda, vc me surpreendeu no final, simplesmente maravilhoso, to emocionada.
    Um bjo.

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  3. Fernanda, Parabéns, linda história, e que final emocionante. Beijos

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  4. Fernanda, amei esse final! sua história foi bem emocionante, esse final mais ainda! Eu gostaria de ver novas histórias suas aqui no Biscoito, você tem talento. Parabéns! Bjs.

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  5. Gente,muito obrigada a todos,foi um prazer escrever a versão e publicá-la aqui =)

    Bjs

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  6. Fernanda gostei muito do final de sua estória. Emoção na medida certa regada de um bom humor no final. Parabéns!! Obrigada por compartilhar conosco a sua versão. Bjos e se continuar escrevendo lembre-se de nós!!!

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  7. Fernanda, primeiramente parabéns pelos temas abordados na tua fic linda demais.Emoção do começo ao fim,na anterior tive que dá uma pausa, pois, embora seja ficção não foi possível conter as lágrimas. Amei tudo e especialmente o final feliz da família Petroni Geraldy e amigos foi tudo de maravilhoso.Abraços,Lú !

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