D:Desculpa dr.,mas ela entrou a força.
N:Eu vim dizer na sua cara e na cara dessa aleijada tudo o que vocês merecem!
C:Cuidado como fala com a minha esposa!
N:VOCÊ AINDA ENCHE A BOCA PRA FALAR QUE ESSA INÚTIL É SUA ESPOSA?
C:A ÚNICA INÚTIL AQUI É VOCÊ!
R:VAI EMBORA DA NOSSA CASA AGORA MESMO!
N:APROVEITA ENQUANTO PODE,ALEIJADA,PORQUE VOCÊ VAI VOLTAR PRO SEU BARRACO MAIS CEDO DO QUE PENSA,TÁ OUVINDO?
Claude agarra Nara pelo braço,puxando-a em direção à porta.
N:VOCÊS DOIS VÃO ME PAGAR,EU JURO!
C:Meu amor,você tá bem?
R:Tô sim,não se preocupe.
Há muito tempo que esse tipo de ofensas não me atingem.
Bom,mas agora,vamos trabalhar essa mente paranóica?
C:Vem cá. – diz,pegando a esposa nos braços e levando-a pro quarto.
Enquanto isso,do lado de fora...
N:ME SOLTA,SUA INFELIZ!
D:Acho bom a srta. não voltar mais aqui,viu?
Peste dos infernos! – diz Dádi,soltando os cabelos de Nara e a jogando pra fora do portão.
N:ESSES MALDITOS VÃO ME PAGAR,TÁ ME OUVINDO?
Quando Nara se vira,percebe que tem um homem assistindo toda a cena.
N:TÁ OLHANDO O QUE,IDIOTA?
O homem responde:
’Calma gracinha,eu só quero te ajudar...’’
N:Me ajudar?
E quem é você pra me ajudar?
‘’Alguém que tem os mesmos objetivos que você.’’
N:Ah é?
E qual o seu nome?
‘’Júlio.’’
N:E que motivos você tem pra odiar o casalzinho Geraldy?
J:Vamos tomar alguma coisa por aí e eu te explico. – diz,secando a víbora com o olhar.
Momentos depois...
N:E o que vamos fazer?
J:Ainda não sei,mas com certeza logo logo aparece uma oportunidade.
Nossa vingança vai rolar,é só saber esperar.
N:Um brinde a isso.
Os dois brindam e sorriem um pro outro.
Duas semanas depois...
C:Boa tarde,Dádi.
D:Boa tarde,dr.
C:E Serafina,onde está?
D:Dormindo.
C:Dormindo a essa hora?
Ela tá bem?
D:Ah,acho que sim,dr.
Claude sobe as escadas rapidamente,e ao chegar no quarto vê Rosa dormindo profundamente,com uma das mãos cerrada.
Ele se aproxima e a desperta com um beijo.
C:Oi,dorminhoca...- diz,segurando a mão ainda fechada e beijando-a.
R:Oi...- diz,abrindo um sorriso.
C:O que você está escondendo aí,hã?
Rosa o encara sorrindo,e abre a mão lentamente,revelando um sapatinho branco de lã.
Claude encara o objeto,pousando a mão sobre ele gentilmente e entrelaçando os dedos aos da esposa.
Em seguida,com os olhos marejados,ele volta a encará-la:
C:Nós vamos ter um bebê?
R:Vamos sim.
E assim,num misto de sorrisos e lágrimas,eles se abraçam forte.
Abraço que durou vários minutos,até que Claude,abruptamente,o interrompe:
C:Mon Dieu,eu vou ser pai!
O quarto,o berço,os móveis,as roupinhas,as fraldas... – diz,descontroladamente.
R:Calma,meu amor.
Ainda falta muito pro nosso filho nascer.
C:O tempo voa,cherie!
Nós temos que preparar tudo pra chegada dele.
Não pode faltar nada,meu filho vai ter tudo!
R:É,disso eu tenho certeza. – diz,assustada e divertida ao mesmo tempo.
C:Eu tenho que avisar pra todo mundo!- diz,saindo pela porta e descendo as escadas velozmente,enquanto grita:
‘’DÁDI,EU VOU SER PAI!
ME PASSA O TELEFONE!’’
Rosa ri do desespero do papai de primeira viagem,ao mesmo tempo que chora de felicidade.
Naquele momento,ela não pôde deixar de pensar no primeiro filho,que tinha sido assassinado pelo próprio pai,enquanto que esse que ela gerava agora,teria o pai mais amoroso do mundo.
‘’Obrigada meu Deus,muito obrigada.’’ – diz,rindo e chorando,enquanto acariciava o ventre.
No dia seguinte,na clínica psiquiátrica...
M:Parabéns,Serafina! – diz,lhe dando um longo beijo na bochecha.
C:E EU sou o pai. – diz Claude,cheio de si e com cara de menino pirracento.
M:É MESMO?
Não me diga! – responde,irônico,desmanchando o sorriso vitorioso de Claude.
S:Quer dizer que aquela coceirinha que o sr. estava sentindo na testa já passou?
C:Mas que secretária mais intrometida,hã?
Os dois fazem careta um pro outro,como de costume.
M:Bem,com licença... – diz,tirando as mãos de Claude da cadeira e puxando-a pra si.
C:Que que isso? – diz,montando sua carranca habitual.
M:Já está na hora da consulta,se o sr. não se importa.
C:Ah,tá...
Mas veja se consegue ser um pouquinho mais competente.
Nós gostaríamos que minha esposa se curasse antes do bebê nascer,inclusive pela saúde de ambos.
Uma gravidez no estado de Rosa sempre é mais complicada,mesmo que o problema seja psic...
M:Eu já sei de tudo isso,o sr. não precisa me explicar. – diz,segurando o crachá e mostrando-o ao francês.
C:Humm... – diz,virando o rosto e fazendo cara feia.
R:Ai,vamos logo,Miguel.
Até depois,amor.
C:Até depois,cherie.
Um mês depois,na casa de Roberta Vermont...
RV:Miguel Ramírez?
Hahaha,o Claude deve estar se mordendo de ciúmes.
R:Você conhece ele?
RV:Sim,me tratei com ele numa época em que estava estafada pelo trabalho...
Nossa,ele é um deus grego,e tem mãos...
RV e R:D-I-V-I-N-A-S...
C:O que vocês estão falando aí?
R:Meu amor,há quanto tempo você tá aí?
C:Tempo suficiente,hã?
RV:Eu sabia.
C:Sabia o que?
RV:Que um certo francês estava todo mordido de ciúmes,por causa de um certo cubano.
C:Tá maluca?
Eu não tenho motivos pra me sentir ameaçado por aquele D. Juán de meia tigela.
R:Ai Claude,só voc...
Rosa interrompe a frase abruptamente,abaixando a cabeça e colocando uma das mãos entre as pernas.
C:O que foi,cherie? – diz,assustado.
Rosa retira a mão debaixo do vestido,toda ensanguentada.
Ao ver aquilo,desmaia na hora.
Claude,desesperado,a pega nos braços e sai correndo em direção ao carro.
RV:CLAUDE,VOCÊ NÃO PODE DIRIGIR NESSE ESTADO!
PEGA MEU MOTORISTA!
C:TUDO BEM! – responde,já longe.
No hospital...
C:O que aconteceu com a minha mulher,dr.?
Dr.:Ela teve uma ameaça de aborto,mas já está estável.
C:Mon Dieu...
Teve alguma coisa a ver com o fato de ela ser cadeirante?
Dr.:É o mais provável.
Sua esposa apresenta uma infecção urinária,o que é muito mais comum em gestantes cadeirantes do que nas demais...
C:Mas ela e o bebê vão ficar bem,não vão?
Dr.:Veja bem,mesmo que o problema da sua esposa não seja físico,os problemas serão os mesmos que os de uma mulher que realmente não possa andar.
Estar presa à uma cadeira de rodas enquanto a gestação se desenvolve vai sim trazer diversas complicações.
C:Que tipo de complicações? – diz,temeroso.
Dr.:Além da infecção,que já está sendo tratada,ela pode desenvolver aumento de peso,feridas na pele causadas pela pressão do corpo imóvel,complicações respiratórias e uma série de outras moléstias.
C:Minha esposa não merece isso,dr. – diz,cobrindo o rosto com as mãos.
Dr.:Claro que não,mas infelizmente,essa é a situação.
O que podemos fazer é oferecer um pré-natal adequado,o que minimizará muito essas complicações.
C:Muito obrigado,dr.
Eu posso vê-la?
Dr.:Me acompanhe,por favor.
Claude entra no quarto,e sente uma pontada no coração ao ver Rosa naquele estado,pálida e inconsciente,com uma bolsa de sangue de um lado e duas(de soro e medicamento)do outro.
Ele se senta ao lado da cama,mas desta vez não repousa a cabeça no ventre da esposa como das outras vezes,pois ele vivia com medo de machucar o bebê de alguma forma.
Apenas repousou uma das mãos ali,acariciando-o,enquanto fazia o mesmo em seus cabelos com a outra,como de costume.
C:Eu vou cuidar de vocês.
Rosa acorda com uma lágrima caindo em seu rosto.
R:Claude?
C:Desculpa por te acordar,meu amor.
Foi sem querer. – diz,secando a lágrima que derrubou.
R:E o nosso filho?
C:Ele vai ficar bem.
Todos nós vamos,cherie.
R:Eu te amo. – diz,pousando a mão por cima da de Claude que estava sobre seu ventre.
C:Eu também te amo. – diz,entrelaçando os dedos aos dela,enquanto compartilhavam um beijo terno e apaixonado.
Mais tarde...
N:Alô,Júlio?
J:Oi,gostosa.
Tá me ligando pra repetir a noite de ontem?
N:Não,eu estou te ligando porque já tenho a fonte da nossa vingança.
J:Ah é?
Me conta,tô curioso.
N:E vai continuar curioso por mais um tempinho...
Tudo no seu devido tempo,querido.
Após alguns dias,Rosa tem alta,mas em casa ela estava sendo ainda mais cuidada do que no hospital...
C:Já,meu amor? – diz,enquanto segura os cabelos da esposa,que está sentada no chão,ao lado do vaso sanitário,vomitando.
R:Já...
C:Vem,vamos escovar os dentes,tomar um banho e comer alguma coisa,hã?
R:Comer?
Você não tá vendo que eu acabei de pôr tudo pra fora?
C:Exatamente por isso.
Meu amor,você não tá se alimentando bem.
R:Mas Claude,eu não sinto fome,só enjôo...
C:Faz um esforço,cherie...
Por nós três,hã?
R:Tudo bem. – diz,respirando fundo e sorrindo.
C:Ahh mon Dieu,que saudades desse sorriso!
Agora vamos,ânimo!- diz,levando-a de cavalinho.
No dia seguinte,eles vão fazer o primeiro ultrassom...
C:Eu só tô vendo uns borrões...- diz,com cara de confuso.
R:Eu também,dr. ...
Dr.:Estão ouvindo isso?
Olhem que pais desnaturados vocês foram arranjar.
Claude e Rosa se olham com os olhos arregalados.
R e C:COMO ASSIM VOCÊS?
Dr.:Tem mais de um bebê aqui.
C:Mon Dieu...
Nós vamos ter gêmeos,meu amor! – diz,segurando a mão de Rosa,que estava com lágrimas nos olhos.
Dr.:Não exatamente...
C e R:Hã?
Dr.:Contem os borrões que vocês estão vendo...
Claude se aproxima do monitor apertando os olhos e conta com o indicador:
‘’Um,dois,TRÊS!
MON DIEU,SÃO TRÊS,MEU AMOR!’’
R:Trigêmeos? – diz,sorrindo emocionada.
Dr.:Exatamente,trigêmeos.
Vocês querem saber os sexos?
C:SIM!
R:NÃO!
C:Por que não,cherie?
R:É mais emocionante assim.
C:Aaah,eu vou morrer de curiosidade... – diz,fazendo birra.
R:Não adianta,tá decidido.
C:D’accord... – diz,com cara de emburrado.
R:Meu Deus,três bebês...
C:TRÊS BEBÊS?
MON DIEU,MAS O ENXOVAL NÃO VAI DAR!
R:Eu te avisei pra não começar a comprar as coisas tão cedo,tá vendo?
C:Nós temos que passar na loja pra comprar mais dois berços,o dobro de roupinhas,fraldas...
Já terminou aí,dr.?
Dr.:Já sim. – diz,rindo.
R:Ai meu Deus,me ajuda a controlar esse histérico...
Três meses depois,Dádi ajudava Rosa a se despir pra tomar banho,quando...
R:Ai Dádi,cuidado!
D:Meu nosso Sr. do Bonfim!
D. Rosa,é melhor a gente ir pro hospital.
R:O que foi,Dádi?
D:A sra. tá cheia de mancha vermelha!
R:Liga pro Claude...
D:Eu ligo do carro,vamos!
Uma hora depois...
Dr.:É como eu já havia explicado,Claude...
Além do inchaço nas pernas e da possível trombose,que nós já estamos prevenindo com o anticoagulante,agora começaram a aparecer as lesões na pele,provocadas pelo aumento de peso combinado com a falta de movimentação.
C:Mas eu achei que a medicação resolveria essa questão da circulação sanguínea.
Dr.:Está ajudando e muito,Claude,mas infelizmente a sua esposa ainda passa muitas horas na cadeira de rodas,e com o peso aumentando,a oxigenação sanguínea é prejudicada.
C:E o que fazer com mais essa agora? – diz,abaixando a cabeça e apoiando-a nas mãos.
Dr.:Felizmente as lesões ainda estão no grau 1 e podem ser tratadas tranquilamente.
O importante é não descuidar,e estar mudando a Rosa de posição constantemente.
C:Quão constantemente?
Dr.:Quanto mais o peso for subindo,menor o intervalo de tempo em que ela deve ficar na mesma posição,entendeu?
C:Entendi sim.
Como Rosa estava com lesões na parte de trás das coxas e nas costas,não era aconselhável ficar sentada na cadeira,até porque era doloroso,então ela havia passado os últimos dias deitada na cama,sendo constantemente trocada de um lado a outro.
Pra uma mulher ativa como Rosa,aquilo estava sendo um verdadeiro inferno.
C:Cheguei,Dádi.
D:Ai,ainda bem,dr. Claudes...
C:Rosa?
O que aconteceu?
D:Calma,dr.,nada de grave...
C:Então,o que foi?
D:É que ela tá tão chorosa...
Acho melhor o sr. ir lá ver ela...
C:Ok,obrigado,Dádi.
Chegando ao quarto...
R:Meu amor,ainda bem que você tá aqui. – diz,chorando.
C:Cherie,o que foi?- diz,indo até a cama e a abraçando.
R:Eu não aguento mais essa situação...
Eu não quero mais ficar o dia todo nessa cama,sendo rolada de um lado pro outro...
Pelo menos na cadeira,eu me locomovia,passeava pelo jardim...
Agora eu fico aqui, me sentindo sozinha,entediada e inútil... – diz,soluçando.
C:Meu amor,olha pra mim... – diz,segurando o rosto da esposa.
Se o problema é esse,nós vamos resolver,tudo bem?
R:Mas como?
E assim,Claude deixou a construtora nas mãos do amigo Frazão e passou os meses seguintes carregando a esposa no colo pra todos os lugares que ela tinha vontade de ir.
Ela estava cada vez mais pesada,mas a simples necessidade de fazê-la feliz fazia com que ele a sentisse tão leve quanto da primeira vez em que a pegou nos braços,quando ela ainda era sua secretária,e ele seu chefe,meio desajeitado diante de sua situação.
C:Lembra,amor? – dizia,a repousando adequadamente debaixo de uma árvore e se sentando ao seu lado.
R:Claro que lembro.
Nossa,eu fui ao céu quando você me pegou nos braços aquela vez.
C:Eu também senti algo totalmente novo pra mim até então.
Primeiro veio a ternura,o carinho,a necessidade de te proteger...
Depois eu comecei a te ver como mulher;até que percebi que estava completamente apaixonado por você,que te amava com todas as minhas forças.
R:Muito obrigada por todo o sacrifício que você sempre fez por mim,Claude.
C:Não é nenhum sacrifício,cherie.
Te fazer feliz é o que me faz feliz.
R:Me beija,meu amor...
Claude a beija delicada e suavemente,segurando seu queixo com uma das mãos,quando,de repente,sente que o beijo vai ficando fraco.
Ele sente o queixo de Rosa escapar de sua mão,e,ao abrir os olhos,a vê cair.
C:Serafina?
Meu amor?
Rosa não respondia,apenas apertava a mão contra o peito,até que desmaiou por completo pela dor.
C:Aguenta firme,por favor,meu amor!
No hospital...
Dr.:A pressão arterial subiu consideravelmente,o que acabou fazendo com que ela sofresse uma ameaça de infarte.
C:AMEAÇA DE INFARTE?
Mon Dieu,eu não acredito nisso!
Minha mulher já sofreu demais com essa gravidez!
Pra que todos esses medicamentos e precauções,hã?
Não estão adiantando de nada! – diz,nervoso.
Dr.:Sem tudo isso,a situação da sua esposa seria muito pior,eu garanto.
Infelizmente,não somos deuses,Claude.Tem coisas que estão fora do nosso alcance.
C:O que o sr. quer dizer com isso?
Que ela vai morrer?
Dr.:Não,isso nós podemos evitar.
C:Como?
Dr.:Nós vamos antecipar o parto.
C:Mas ainda faltam dois meses...
Dr.:Claude,eu vou ser totamente sincero com você...
Sendo trigêmeos,seus filhos já são menores que o normal,e um parto tão prematuro pode ser fatal pra eles.
Mas a continuidade dessa gestação pode ser fatal pra Rosa,o que consequentemente,seria pra eles também.
A decisão é sua.
Neste momento,Miguel chega...
M:Claude,eu liguei pra sua casa e a sua empregada me contou...
C:A culpa disso tudo é sua! – diz,segurando o psicólogo pelo colarinho.
M:Claude,eu entendo que você esteja nervoso,mas tente se acalmar,por favor.
C:Se você já a tivesse curado,isso não estaria acontecendo!
M:Você sabe que eu já fiz o que podia.
A Serafina vai voltar a andar quando tiver um forte motivo pra fazê-lo.
Só depende dela.
C:Voltar a andar é o que ela mais quer na vida!
Então por que ela continua assim,hã? – diz,sacudindo Miguel pelo colarinho,que ainda segurava.
M:O momento certo vai chegar,Claude!
Só uma situação intensa o bastante pode tirá-la disso.
Agora,se acalme.
Por ela e pelos seus filhos.
C:Pardón... – diz,se afastando,com as mãos cobrindo o rosto.
M:Chora,Claude,você tá precisando. – diz,se aproximando e lhe dando um abraço solidário.
C:Muito obrigado.
Até que você não é tão ruim no que faz.
M:Obrigado,é muito lisonjeiro,vindo de você.
Um dá um tapinha no ombro do outro e em seguida Claude respira fundo e se decide:
‘’Meus filhos vão nascer hoje,e que seja o que Deus quiser.’’
Horas depois...
C:E então,dr.?
Dr.:Meus parabéns,Claude.
Você é pai de dois meninos e uma menina.
C:Mon Dieu...- diz,rindo e chorando.
C:E Serafina?
Dr.:Ela está estável,não corre mais nenhum risco.
C:Merci,mon Dieu,merci! – diz,chorando compulsivamente pelo alívio.
O médico espera até ele se acalmar,pois sabe que ainda tem uma pergunta a ser feita.
C:E como os meus filhos estão? – pergunta,agora apreensivo.
Dr.:Eles estão na encubadora.
Ainda é cedo pra dizer qualquer coisa.
C:Quer dizer que eles ainda podem...
Dr.:Cada um dos seus filhos é uma vida individual,na mesma situação de risco.
Honestamente,se os três se salvarem,será muita sorte.
Aliás,mais do que isso,será um milagre.
Claude fica arrasado,mas sabe que tem que ser forte pela esposa.
R:Claude?
C:Oi,meu amor.
Rosa percebe que sua barriga já não é a mesma:
‘’Cadê meus filhos?
O que aconteceu com eles?’’
C:Calma,cherie.
Eles já nasceram.
R:Já nasceram? – diz,emocionada.
C:Já sim,meu amor.
São dois meninos e uma menininha. – diz,sorrindo.
R:Eu quero vê-los,meu amor.
C:Cherie...
Agora não vai dar.
R:Por que não,Claude?
O que você tá escondendo de mim?
C:Nada,meu amor.
Fica calma.
R:Eu te conheço,Claude.
Fala logo,por favor.
C:Eles tiveram que nascer antes do tempo,e estão na encubadora. – diz,enquanto acaricia o rosto de Rosa.
R:Mas eles vão ficar bem,não vão?
C:Claro que sim,minha vida.
Claro que sim. – diz,abraçando a cabeça da esposa contra o peito.
Dentro de poucos dias,Rosa teve alta,mas os bebês tiveram que continuar na encubadora,o que fazia com que os pais fossem ao hospital todos os dias pra vê-los.
Quando se passaram dois meses...
Dr.:Eu tenho uma grande novidade pra vocês.
R e C:Qual?
Dr.:Os bebês já saíram da encubadora,e estão fora de perigo.
Rosa e Claude se abraçam e se beijam emocionados.
R:Quer dizer que nós já podemos conhecê-los de verdade,sem aquele vidro?
Dr.:Isso mesmo.
Daqui a pouco as enfermeiras vão trazê-los.
C:Merci,doutor.
Dr.:Esse é meu trabalho. – responde,sorrindo.
Com licença.
Momentos depois...
R:Olha,Claude...
Eles são perfeitos! – diz Rosa,emocionada.
C:São sim,meu amor!
Claude segurava cada menino em um braço,enquanto Rosa segurava a menina.
Ambos riam e choravam ao mesmo tempo.
R:Vitória.
C:O que?
R:Ela vai se chamar Vitória.
C:É o nome perfeito pra ela,cherie. – diz,sorrindo.
Mas e esses outros dois vitoriosos aqui,hã?
Eu gosto de Pedro.
C:É um nome muito bonito,eu concordo.
E o outro?
R:Como assim?
Você não vai sugerir nenhum?
C:Seria demais se um deles se chamasse como o pai?
R:Claro que não,meu amor... – diz,rindo.
C:Então,esse aqui vai se chamar Claude.
R:Excelente escolha!
Enquanto isso,do lado de fora do hospital...
N:Alô,meu amor?
Chegou a hora de pôr nosso plano em prática.
FÊ, vc sabe que eu amoooooooooooooooo de paixão a sua fic. Pena que por ser um blog aberto teve que ter 2 trechos da parte 5 cortados. Mas eu entendo.
ResponderExcluirFernandaaa eu tbm amooo a sua versão eu quero ver a Rosa andando logo...kkkkkkkkkkk
ResponderExcluirnão demore pra postar eu fico muito ansiosa esperando a sua versãoooo
Beijos
Fernanda está muito bom! Mas já senti que Nara e Júlio vão aprontar! Não demora, estou curiosa, com esperança que essa duas pestes entrem bem! Bjs.
ResponderExcluirÉ Lu-Bau Deixa off essas cenas kkkkkk
ResponderExcluirTo amando sua fic, Fe! Parabéns