terça-feira, 27 de julho de 2010

UMA ROSA COM AMOR - VERSÃO GAÚCHA - PARTE 20 - AUTORA: MARIANA LOPES

Rosa segue pensativa no café em Paris e continua envolvida pelas lembranças da viagem ao litoral, quando ela, Claude e o casal Smith chegaram ao hotel. Claude – Ah, finalmente chegamos! O lugar é maravilhoso, Ms. Smith, muito tranqüilo. Ms. Smith –Obrigada, e você Rosa, gostou? Rosa – É tudo muito bonito. Mrs. Smith – Vamos fazer o nosso registro e depois nos encontramos para um drink no bar do hotel. Eles providenciam os registros na recepção. Claude – Nos vemos mais tarde. Vamos? Claude segura o cotovelo de Rosa e junto com o casal Smith seguem para o elevador. Rosa descobre que os quartos são no mesmo andar e pensa – Esses americanos gostam mesmo da gente. Ms. Smith quando gosta fica grudadinha, não dá trégua. O casal Smith se despede. Rosa – E agora? Claude – Agora? Vamos ir para o nosso quarto. Claude abra a porta e eles entram. Rosa olha para o quarto com uma cama de casal. Claude deita na cama. Rosa - Já sei, vamos voltar na recepção e pedir para trocar de quarto, por um com duas camas, você inventa que não gostou da vista ou qualquer outra coisa. Levanta, vamos... Claude coloca as duas mãos atrás da cabeça e suspira. Rosa – Vamos logo, antes que eles nos chamem. Claude – O hotel está lotado. Rosa – Como você sabe disso? Claude, depois de um longo silêncio, gagueja – Como é que eu sei... É que ... ah, eu liguei para cá, antes de embarcarmos e tentei alterar a reserva e eles disseram que non podiam, pois o hotel estava lotado. Rosa pensa que é bom que Claude fique bem longe, pois não está para brincadeira, depois da beijação com Nara, que presenciou no escritório e resmunga – Ah...tá. Claude – Que lado da cama você prefere? Rosa – Nenhum, vou dormir nesse sofá ... acho que vai ser bem confortável. Agora, se você fosse um cavalheiro iria se oferecer para ficar com o sofá. Claude – Eu tenho hérnia de disco, nem pensar e eu já falei que vou me comportar, está com medo da tentaçon? Se você dormir no sofá ... vai acordar com dor nas costas, non vai dormir bem. Nós estamos aqui para relaxar, a cama é grande e macia, mas depois nós resolvemos isso. Claude levanta e segura as mãos de Rosa e a convida para conhecer o hotel. Rosa sai para o passeio com Claude e eles apreciam a paisagem e o pôr-do-sol. Claude e Rosa chegam abraçados e sorrindo ao bar para o encontro com o casal Smith. Ms. Smith – Vocês realmente formam um lindo casal. É muito bonito de se ver, não é Smith? Os olhares de Claude de Rosa se cruzam. Mrs. Smith – É claro Elisabeth, eles formam um belíssimo casal. Claude – Vamos nos sentar? O que você vai beber chéri? Rosa – Um suco? Claude – Vamos comemorar, que tal um vinho branco, um champanhe? Rosa – Vinho. Claude – Ms. e Mrs. Smith nos acompanham? O casal concorda e Claude faz o pedido ao garçom. E entabulam uma conversa sobre o litoral paulista. Claude – Mais vinho chéri? Rosa – Não, eu prefiro esperar pelo jantar, sou um pouco fraca para bebida. Claude murmura – Eu sei, eu me lembro muito bem. Rosa – O que foi que você disse querido? Claude diz que lembrou que conhece um restaurante muito bom e se o casal Smith aceitar o convite ele providenciará as reservas. O casal concorda e Claude pede licença para telefonar ao restaurante. Ms. Smith – Rosa, eu não havia percebido como o Doctor Claude é atencioso com você. Ele ficou cuidando do seu copo o tempo todo, que bonitinho. Rosa – Claude é sempre atencioso, principalmente, quando estamos sozinhos. Ele é um pouco tímido na frente dos outros. Nós fomos conhecer o hotel, é tão bonito o pôr-do-sol. Ms. Smith - Muito romântico... Claude volta e diz que está tudo certo que eles podem ir. No restaurante, Claude puxa a cadeira para Rosa e descansa as mãos nos seus ombros enquanto aguarda Ms. Smith sentar-se. Mrs. Smith e Claude sentam. Escolhidos os pratos Claude sugere um vinho para acompanhar o jantar e todos aprovam. Claude fica completando a taça de todos. Mrs. Smith diz que já fez reserva para um passeio de barco para eles, bem cedo. Terminado o jantar Claude sugere um passeio de carro pela orla. O casal agradece, mas afirma que estão cansados e que preferem descansar para o passeio de barco. Claude e Rosa se despedem dos Smith e vão passear pela orla. Na volta, Claude convida Rosa para um último drink. Rosa diz que não, pois já bebeu muito vinho. Claude insiste e diz que é bom para ela relaxar, que ela está muito tensa, que vai ser bom, que não tem problema, que ela está com ele, segura. Rosa aceita, mas diz que é o último. Eles bebem mais uma taça de vinho. No quarto, Rosa diz que vai usar o banheiro primeiro. Ela sai do banheiro de camisola branca e Claude percorre com o olhar o seu corpo. Claude vai para o banheiro. *** Rosa afasta as lembranças e volta para o hotel a fim de telefonar para casa. Claude, enquanto escuta as estórias de Arlequim, começa a lembrar da primeira noite que eles passaram no litoral. *** Claude lembra que, quando saiu do banheiro, cheio de expectativa, encontrou Rosa dormindo e de como tentou acordá-la. Claude – Serafina acorda, por favor... mon Dieu, que sono pesado. Então, lembra que ela bebeu mais do que está acostumada. Apesar de sacudi-la de todas as formas não consegue acordá-la. Claude suspira, deita e pensa – Estou no lugar que eu gostaria, bem non exatamente do jeito que eu gostaria... estou feliz e em pensar que eu tinha grandes expectativas para esta noite... o jeito é dormir pelo menos abraçadinho e esperar por amanhã à noite... non vou deixar Rosa beber nada... nada mesmo. Claude deita e puxa Rosa para os seus braços. Claude beija o rosto de Rosa *** Claude percebe que Arlequim está esperando uma resposta. Claude – O que você falou Arlequim? Arlequim – Dr. Claude estava ... Claude – Longe, longe, desculpe Arlequim. Arlequim – Sonhando com Serafina? Claude – Mais ou menos Arlequim, estava lembrando algumas coisas e sonhando com outras... mas conta mais. E Arlequim volta a contar as suas estórias e de Serafina. Dádi chega ao cortiço e vai para a casa da família Petroni. D. Amália – Boa noite, Dádi seja bem-vinda. Dádi – Boa noite, com licença, Dr. Claudis avisou que eu vinha? D. Amália – Claro, já arrumei uma cama para você, não faz cerimônia. Aqui é tudo muito simples, mas os amigos são recebidos de coração. Dádi – Agradecida por me receber esses dias. Eu estava ficando louca com d. Nara acampada no apartamento... aveeee... D. Amália espantada – Nara está morando lá? Dádi – D. Nara chegou e ancorou, mas ela não percebeu que o porto está fechado e o navio está afundando. D. Amália – Que porto? Que navio? Dádi – É maneira de falar. D. Nara não aceita que Dr. Claudis terminou com ela. Eu já vi o Dr. Claudis fazer isso tantas vezes, ele escorrega foge... dá no pé mesmo... inventar estória é com ele mesmo. D. Amália – Dr. Claude é assim Dádi? Engana as pessoas? Não encara, não fala na frente? Não assume? Dádi – D. Claudis era assim escorregadio, mas depois que ele casou com D. Rosa e ela foi morar no apartamento, ele mudou. Ele já disse para D.Nara que está tudo acabado, que ele está casado, que vai continuar casado, mas e D. Nara aceita? Que nada ela quer descer goela abaixo. Aí ele está usando as técnicas antigas, nisso ele é craque. D. Amália – Ah, bom, pensei que eu estava enganada com o Dr. Claude. O telefone toca e D. Amália atende. Rosa – Oi mãe, tudo bem por aí? D. Amália – Serafina que bom falar contigo. Estamos todos bem e você? Rosa – Tudo bem, só com saudades. D. Amália – Sabe quem veio passar uns dias aqui em casa? Dádi. Rosa – Como assim? Dádi vai ficar no cortiço? Claude foi embora do Brasil? Perdeu o apartamento? O que está acontecendo por aí?. D. Amália – Tão dedetizando o apartamento, tinha “uns bichos” por lá. Dádi – Deixa eu falar com d. Rosa, por favor? D. Amália – Serafina, a Dádi vai te contar só um pouquinho... Dádi – Que saudade, parece que faz um século que eu não vejo a senhora... Por onde a senhora anda? Rosa – Oi Dádi, saudades de você também. Ah, estou tão longe. E você como vai indo? Dádi – Eu vou bem, fugindo da D. Nara, fazer o quê? É longe quanto? É muito longe? Rosa – É muito longe, mas logo vou estar por aí. Dádi, não quero saber nada de Nara, que esse nome me dá calafrios, mas está tudo bem com o Claude? Dádi – D. Nara me dá calafrios também. Dr. Claudis está com saudades da senhora, mas está bem. Pode deixar que eu cuido dele, direitinho, até a senhora voltar. Vai demorar? Rosa – Eu e Claude estamos separados, na verdade, nunca estivemos juntos, você melhor que ninguém sabe disso. Então, vai te acostumando a cuidar dele por um longo tempo ou até ele se acertar com a Nara. Dádi – D. Rosa, Dr. Claudis não vai se acertar com D. Nara, ele está fugindo dela como o diabo foge da cruz. Rosa – Deve ser algum problema com os americanos, Claude só pensa nisso, mas isso não é mais problema meu. Dádi – Ele quer muito falar com a senhora... Rosa – Eu já cumpri a minha parte no nosso negócio: situação dele, no Brasil, regularizada, contratos com os americanos assinados, só falta o divórcio sair e fim da história. Dádi – Acho que ele não quer isso, não mesmo. Rosa – Pode acreditar que nem o Claude sabe o que quer. Em relação a ele eu só tenho certeza de uma coisa: Claude faz qualquer coisa pelos negócios. O resto vai saber... Dádi – D. Rosa... Rosa interrompe – Vou ter que desligar. Tenho um compromisso, mas adorei falar contigo. Manda um beijo para a minha mãe e diz que depois eu ligo. Faz uns carinhos nela por mim. Beijos. Dádi – Pode deixar comigo, beijos.

6 comentários:

  1. Nossa que lembranças lindas!!! Amei essa sua tecnica de lembranças!! Mais a Serafina tá tão amargurada..., quando será que ele volta, e quando será que o Claude vai pedir perdão pra ela??? Ele é tão esperto pra fugir das mulheres porque ele não usa essa esperteza pra fazer a Rosa voltar, sei lá diz que os americanos voltaram, iventa alguma coisa!!! o Claude burrinho, rsrsrs!!! Anciosissima pelos proximos capitulos, beijoss

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  2. Mais uma vez, ficou muito bom, Mariana. Na expectativa pela volta de Rosa.

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  3. parabens,estou amando as suas versões, só esta faltando as lembraças da primeira noite amor.

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  4. se quando ele soubesse o dia em q rosa iria volta, iria ao aeroporto busca-la, ela estaria de costa e quando ela virasse ,ele se assustaria com sua barriga e ai é por conta da sua imaginação. beijos. lena de fortaleza

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  5. Mariana, sua versão....cada dia melhor!!!!!
    Tô doida p saber, como o Claude vai ficar, qndo descobrir q Dádi falou c Rosa e ele ñ, kkkkkkkk.
    OBS.: De continuidade as lembranças da Rosa, por favorrrrrrrrrrrr.

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  6. Maitê, a intenção não é a Rosa ser amargurada, se estou passando essa sensação vou rever minha escrita, ela está desiludida... mas ela é um mulher forte. Lena de Fortaleza, ela vai voltar antes da barriga, mas a cena ficaria ótima, viajei na tua sugestão e acho que vou usar de um outro jeito, mais adiante. Anônimos... Lembranças é que não vão faltar.. e a primeira noite de amor... hum quem sabe... JE, a Rosa vai voltar, logo... Obrigada a todos. Beijos

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