UMA ROSA COM AMOR - VERSÃO PAULISTANA - PARTE 6 - AUTORA: CLÁUDIA G

Dona Amália chega no cortiço e encontra dona Joana.

Amália: Oi dona Joana!

Joana: Oh “cumadi”, tudo bem? Veio fazer uma visitinha?

Giovani: Vim conversar com Giovani e ver como está a casa. Com a Terezinha trabalhando e estudando a casa deve estar uma bagunça.

Joana: Tá certo, “cumadi”, depois passa aqui para tomarmos um café.

Amália: Passo sim dona Joana, obrigada.

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Em casa Milton se arruma para sair. Batateira se aproxima do filho que está em frente ao espelho da sala arrumando o cabelo.

Batateira: Aonde vc vai meu filho?

Milton: Falar com a Terezinha.

Batateira: Falar o quê Milton? Vc não está com a Raquel, não terminou tudo com a filha do baleiro?

Milton: (impaciente) É mãe, tô com a Raquel, mas preciso pedir desculpa pra Terezinha.

Batateira: (inconformada) Pedir desculpa por que?

Milton: Mãe, gosto da Raquel, mas não podia ter feito isso com a Terezinha que era minha noiva. Preciso ir, depois a gente se fala, beijo mãe! - se despede rapidamente saindo de casa.

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Amália entra silenciosamente no casarão e vê Giovani na cozinha terminando de arrumar seus doces para vender e fica parada olhando pra ele que demora a perceber sua presença.

Giovani: Amália! Ohhh, Amália! Que saudade, que bom te ver. - diz indo em direção à ela q a recebe com beijos e abraço.

Amália: Oi meu amor! Tá comendo direito? Tá magrinho. E as crianças?

Giovani: Dino foi jogar bola e Terezinha...

Amália: O que tem Terezinha?

Giovani: Passou a noite em claro, percebi o movimento dela pela casa. Hj de manhã estava com os olhos inchados de tanto chorar. - cerrando os punhos, Giovani completa: Amália, se eu pego aquele Milton, desgraçado, que fez mal pra minha Terezinha, eu nem sei! Ele é que vai precisar de um dentista.

Amália: Calma homem, calma! Terezinha vai ficar bem. - puxando uma cadeira para sentar, Amália se entristece pela filha – Coitada de Terezinha! Não merecia isso. Eu com duas filhas encrencadas não consigo ajudar nem uma e nem outra.

Giovani: E por falar em encrencada. Como está Serafina?

Amália: Serafina tá lá apaixonada pelo dr. Claude.

Giovani: Amália, não mente pra mim. Dr. Claude não tá com sem-vergonhice com minha Serafina, tá?

Amália:(irritada) Ahhh Giovani! Pára de implicar com Dr. Claude. Ele é um homem bom e a trata direito. - amansando a voz ela diz: Ele é tão gentil, vc precisa ver. Abre a porta do carro, dá passagem primeiro para as mulheres. Sabe q as vezes eu acho q ele gosta mais dela do q a gente imagina?

Giovani: Gosta coisa nenhuma! Ele gosta daquela outra que usa aquelas roupas coloridas de cetim. Pensa que esqueci quando fui no escritório e eles estavam lá abraçadinhos? E a Rosa aqui, chorando por causa dele e ainda tentando ajudá-lo. A Rosa precisa abrir o olho, ela vai sair mal falada desse casamento e com uma mão na frente e outra atrás.

Amália ouve baterem na porta e vai atender.

Amália: Milton!

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Rosa estende a mão para cumprimentar o investigador e o convida para entrar.

Rosa: Fique à vontade, por favor. Aceita algo para beber? Uma café, uma água...

Paulo: Um café, por favor.

Rosa: Dádi, por favor, um café para o dr. Paulo.

Paulo: A senhora pode me chamar só de Paulo. - diz sorridente.

Rosa: (no exercício de sua simpatia) Dádi, então, por favor, um café para o Paulo.

Dádi atende prontamente.

Rosa: E então?

Paulo: Dona Rosa, eu sei q a senhora já esteve na delegacia, mas eu queria ouvir novamente a sua versão dos fatos.

Rosa começa contar a sua versão.

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No escritório Claude e Frazão encerram a conversa sobre Rosa assumir os negócios da empresa.

Claude: É Frazón, não tem jeito, entón, vamos ter q colocar esses contratos no nome de Rosa e acompanhar ela aqui no escritório quando os americanos estiverem por perto.

Frazão: É meu amigo, não tem jeito, é melhor vc não teimar com a miss Smith para evitar qq tipo de desconfiança da parte dela.

Claude: Evitar mais desconfiança, vc quer dizer, non? Pq desconfiada ela já está faz tempo.

Frazão: É isso aí. - Frazão olha para o relógio. - Nossa! Nem vi a hora passar, vai almoçar?

Claude: Vou, mas preciso ir pra casa pegar a Rosa. Vou almoçar com ela.

Frazão: O quê? Vai sair para almoçar com a Rosa? Só vc e ela?

Claude: Pq o espanto? Somos casados.

Frazão: (consente) É verdade. - e ironiza - Sabe q eu tinha me esquecido, de tanto q vc fala q quer jogar ela pela janela, que ela é uma italianinha muito casca grossa e que quer o divórcio.

Claude: (irritado) Frazón, vai almoçar, vai!!!

Frazão sai e quando está do outro lado da porta se volta para Claude: Tá Apaixonado! - desdenha.

Claude irritado joga a caneta em Frazão. Frazão fecha a porta rapidamente para não ser atingido.

Claude organiza sua a mesa e sai à caminho de casa para pegar Rosa para o almoço.

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Giovani: Amália! Quem é? – vem gritando da cozinha

Milton: Sou eu seu Giovani.

Giovani: Ah! É vc? Nós precisamos ter uma conversinha.

Amália: Giovani, calma.

Giovani: Calma coisa nenhuma Amália!

Milton: Seu Giovani, me deixa explicar.

Giovani: Então começa a explicar agora e acho bom explicar direitinho. Pq hj eu tô sem paciência. - diz tirando o cinto das calças.

Milton sente medo de seu Giovani.

Giovani: Pode começar! - diz já com o cinto na mão.

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Dádi: Dr. Paulo o cafezinho. - Dádi tropeça no tapete e vira a xícara em cima do investigador.

Paulo: Ouh! - solta grunhido de dor.

Rosa: Dádi, pelo amor de Deus! - diz Rosa desesperada pq acha q o investigador se queimou com o café. - Não quer tirar a camisa? - o investigador olha para Rosa com malícia. - Dádi, corre, vai buscar um pano.

Dádi se apressa a buscar um pano. E o investigador vai tirando a camisa.

Rosa: Dádi, anda! - grita Rosa.

Dádi: Tá aqui dona Rosa. Trouxe gelo, gelo é bom, tira mancha de café.

Rosa começa a esfregar gelo e pano na camisa do investigador de forma excêntrica. O investigador enquanto espera olha encantando para Rosa. Enquanto isso Dádi observa o corpo bem definido de Paulo.

Rosa: Dádi, vai buscar outro pano para secar aqui. - Dádi não ouve pq está com o olhar fixo no físico do investigador. - Dádi?

Dádi: ãhn? Q foi d. Rosa?

Rosa: (pacientemente) Outro pano, por favor.

Dádi sai em direção à cozinha. Rosa percebe que o tórax de Paulo está sujo de café.

Rosa: Aqui tá sujo. Não quer usar o pano para limpar?

Paulo: Aonde?

Rosa: (sem jeito) Aqui. - passa o pano no tórax do Paulo.

Claude chega no apartamento e abre a porta.

Claude: Serafina?! - diz perplexo.