UMA ROSA COM AMOR - VERSÃO PAULISTANA - PARTE 8 - AUTORA: CLÁUDIA G

Milton: Eu queria te pedir desculpa.

Terezinha: Desculpa, Milton? Vc teve coragem de vir até aqui na minha casa para me pedir desculpa?

Milton: Terezinha, aconteceu, eu não fui atrás da Raquel.

Terezinha: Aconteceu? - falou indignada – Milton, vc é péssimo em todos os sentidos. “Desculpa”, “Aconteceu”...O que que vc veio fazer aqui finalmente? O que é que vc quer de mim?

Milton: Terezinha, se vc sente ainda alguma coisa por mim...

Terezinha: (interrompendo Milton) Sinto, ahhh se sinto Milton. Sinto nojo de vc! É isso q eu sinto de vc. Vai embora da minha casa, agora.

Milton fica parado olhando para Terezinha.

Terezinha: AGORA!!! - grita enquanto espera a saída de Milton com a porta aberta.

Milton sai de cabeça baixa. Terezinha bate a porta. Milton chora do lado de fora. D. Amália escutando o barulho da porta vai até a sala falar com a filha, que chora sentada no sofá. D. Amália abraça a filha que corresponde ao abraço da mãe.

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Claude e Rosa já estão no restaurante almoçando e conversando. Claude percebe q Rosa chama atenção pela sua elegância e olha em volta para ver exatamente quem está olhando para ela. Claude conformado começa a falar sobre a situação com os americanos.

Claude: Rosa, a melhor coisa a fazer é atender o pedido de miss Smith. Não quero mais nenhum tipo de problema com ela.

Rosa: Mas Claude, a miss Smith quer q vc passe a construtora para o meu nome para fechar os contratos com vc?

Claude: Exatamente.

Rosa: E o que vc acha disso?

Claude: Eu confio em vc Rosa.

Rosa: Confia mesmo?

Claude: Claro. Duvida disso?

Rosa: Hoje me pareceu q não. - disse relembrando a situação com o investigador.

Claude: Vamos deixar essa conversa pra depois, ãhn?

Rosa, sem alternativa, aceita a sugestão.

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Roberta e Sérgio encerram a leitura do roteiro do novo filme.

Roberta: Ufa! - diz Roberta se jogando no sofá. - E tem gente q acha q vida de ator e atriz é moleza.

Sérgio observa Roberta. Roberta percebe, mas disfarça.

Sérgio: Você é linda, talentosa, inteligente. Qual é o seu defeito?

Roberta: (ri sem graça) Vc ainda não percebeu?

Sérgio: (senta-se ao lado de Roberta no sofá e a encara) Não. - Respondeu olhando nos olhos dela.

Roberta: Sou medrosa.

Sérgio faz menção de beijar Roberta, mas ela se esquiva.

Sérgio: É disso q vc tem medo?

Roberta: (desconcertada) Não sei do que vc está falando.

Sérgio: (sorrindo) Defeito número dois: é mentirosa.

Roberta ri e joga uma almofada em Sérgio.

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Fim de tarde. Claude e Frazão conversam sobre o episódio do investigador.

Claude: Frazón, abro a porta e pego um cara sem camisa , semi nu, no meio de minha sala e a minha esposa passando a mão no peito dele. A Dádi nem piscava, vc precisava ver aquilo.

Frazão: E a Rosa?

Claude: A Rosa? A Rosa o quê? - pergunta sem entender.

Frazão: Piscava? Ela piscava? - gozou o amigo dando algumas piscadinhas.

Claude: Ah Mon Dieu! Não sei pq ainda perco meu tempo contando essas coisas pra vc!

Frazão: É meu amigo! Quem não dá assistência abre concorrência, meu irmão!

Claude responde com uma careta para o amigo.

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Dona Amália se despede do marido para voltar para a casa de Claude. Na saída vai até a casa de dona Joana.

Amália: Dona Joana! - chama já na porta da casa da costureira.

Joana: Oh “cumadi”! Entra! Tô devendo um cafezinho.

Amália: Oh d. Joana, me desculpa, mas hj o dia foi uma bagunça, se importa se deixarmos para a próxima.

Joana: Claro q não, “cumadi”. Que foi? Preocupadinha? Quem é? Serafina ou Terezinha.

Amália: As duas.

Joana: Ixi! É mesmo? Fica assim não, vai ficar tudo bem. Daqui há pouco Terezinha arruma outro namorado e a Serafina se acerta com dr. Claude.

Amália: Deus te ouça, dona Joana! Deus te ouça!

Joana: “Cumadi”, sabe q eu não gosto de fofoca, né? Mas como foi meu filho q falou, acho q posso te contar. - diz em tom abaixo do normal. - Sérgio, que não sai da casa Roberta, falou q dr. Claude tá apaixonado pela Rosa.

Amália: Ah é? Como ele sabe?

Joana: A Roberta comentou com ele. Apesar dele não confessar abertamente, parece q ele já não consegue esconder.

Amália absorve o q ouviu e não diz nada.

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Dádi arruma as últimas coisas na cozinha antes de ir dormir. Rosa aparece.

Dádi: Dona Rosa, que foi, sem sono?

Rosa: É, um pouquinho Dádi.

Dádi: Essa casa foi uma confusão danada hoje. Achei q o dr. Claude fosse ter um treco, a senhora viu a cara dele pro investigador? Um homem de bem daquele. Né não, dona Rosa? - diz a maliciosa Dádi. - Diga aí!

Rosa: (rindo) É Dádi, é verdade.

Dádi: Dona Rosa...

Rosa: Que foi Dádi?

Dádi: A senhora gosta muito do dr. Claude, né?

Rosa: Gosto Dádi.

Dádi: Ele também gosta muito da senhora, vice. Tenha só um bocadinho de paciência com ele.

Rosa: E como vc sabe, Dádi?

Dádi: Que ele gosta da senhora?

Rosa: É, como tem tanta certeza?

Dádi: Pq ninguém conhece ele melhor do que eu, nem mesmo o dr. Frazão. - Dádi faz uma pausa e então resolve quebrar o breve silêncio. - D. Rosa, vai dormir, sonhe com os anjos, pq eu vou sonhar com aquele Deus grego que teve aqui hoje.

Rosa: (beijando Dádi carinhosamente) Boa noite, Dádi. Obrigada por tudo.

Dádi: De nada d. Rosa.

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Claude deitado em sua cama, se revira de uma lado para o outro e não consegue dormir. Lembra de todas as situações que ocorreram durante o dia. O investigador, a Rosa limpando o investigador, o almoço com a Rosa...Então resolve se levantar e ir até a cozinha, quando abre a porta do seu quarto, se depara com Rosa.

Claude: Ainda acordada?

Rosa: É...mas já estava indo deitar.

Claude: Mas está com sono?

Rosa: Sinceramente não.

Claude: Quer conversar um pouco?

Rosa: (sorri) Claro, pq não?

Claude: Vamos descer?

Rosa fica aliviada, pois achou q ele iria chamar para ir ao quarto dele.

Rosa: (sorrindo) Vamos.

Claude pega na mão de Rosa e juntos eles descem as escadas rumo à sala e começam a conversar, falam animadamente sobre diversos assuntos. A noite passa e eles não percebem. Rosa diz sua música preferida, Claude diz gostar da música escolhida por Rosa e coloca a música para tocar. Claude chama Rosa para dançar, Rosa aceita o convite. Eles dançam na sala mal iluminada ouvindo, além da música, a respiração um do outro e sentindo seus corações baterem fora do ritmo da música q dançavam. A música acaba, mas eles não percebem e continuam dançando, até q Claude resolve parar, não pq a música parou, mas pq seu coração mandou. Sem perder a pose, Claude mantém Rosa presa a seu corpo e olha fixamente para dentro seus olhos...