UMA ROSA COM AMOR - VERSÃO PAULISTANA - PARTE 9 - AUTORA: CLÁUDIA G

Amanhece. Dia lindo!!!

Dádi está terminando de colocar a mesa do café da manhã quando chega d. Amália.

Dádi: Bom dia, d. Amália! Dormiu bem?

Amália: Dormi sim, Dádi. Quer ajuda aí?

Dádi: Precisa não, já terminei.

Rosa: (surgindo como do nada) Bom dia! - diz alegremente.

Amália: Bom dia! - responde com a mesma alegria q recebeu de Rosa.

Dádi: D. Rosa pelo visto fez o que eu falei. Dormiu com os anjos?

Rosa: É Dádi, dormi.- diz com um sorriso estampado no rosto.

Claude: Bom dia! - disse entusiasmado, espreguiçando e chegando na seqüência de Rosa.

Dádi: Bom dia, dr. Claude! Dormiu com os anjos também?

Claude: Dormi, Dádi. - diz olhando e sorrindo para Rosa, que retribui da mesma forma. - Claude se lembrar de dar um beijo e um abraço de bom dia em d. Amália.

Dona Amáilia retribui a gentileza de Claude, mas estranha a animação matinal do genro e da filha também.

Claude senta-se para tomar seu café, enquanto troca um olhar de cumplicidade com Rosa.

Dádi: (murmura) Quanta coincidência. E olha q o dia nem começou!

Dona Amália se distrai em pensamentos: Ai meu Deus, será q aconteceu o que eu tô pensando que aconteceu? Ah, também eles são casados...Que que tem se aconteceu? Minha filha está tão feliz, olha só, dá gosto de ver. Ahh, meu Sto. Antônio, o senhor tá danado, viu!!

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Na delegacia Paulo conversa com o delegado.

Delegado: E então, alguma novidade do caso de Serafina Rosa Petroni?

Paulo: Pra ser sincero não muitas. Estive ontem no cortiço aonde mora a família dela, conversei com o pai, que não sabe muita coisa. Estive com ela tb, ela suspeita da família Paranho de Vasconcelos, parece q é gente granfina, da alta sociedade. Nara Paranho de Vasconcelos, foi noiva do marido dela. Só q Rosa acha q não é só a Nara q tá metida nisso, desconfia do pai dessa moça tb, Egídio, ele é sócio minoritário da Construtora do marido dela.

Delegado: E que interesse eles teriam em fazer isso?

Paulo: Pois é, é exatamente isso q eu preciso descobrir. Já pedi para o pessoal de apoio buscar todas as informações sobre esses dois, quem são, de onde vem, essas coisas...

Delegado: É isso aí, Paulão. Corre pq a gente precisa resolver logo isso, o marido dela parece que não é brasileiro e é empresário importante e cheio da grana.

Paulo: É, o cara é francês. - informou e ainda completou - e ciumento, viu? Mas não é em vão, não!

O Delegado entende a colocação de Paulo e sorri do comentário.

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Dona Amália ainda em devaneios na mesa do café: Bom, vou subir e rezar pra Sto. Antônio. Tô sobrando aqui.

Amália: Vcs me dão licença?

Claude: Claro, d. Amália. Estou indo pro escritório, a senhora vai sair? Quer que eu a deixe em algum lugar? - perguntou atenciosamente.

Amália: (carinhosamente) Não dr. Claude, não precisa, obrigada. Hoje quero reservar meu dia para descansar um pouco. Agora, se vcs me dão licença. - Dona Amália sai do recinto.

Claude: E entón, dormiu bem? -perguntou voltando-se para Rosa.

Rosa: Muito bem e vc?

Claude: Dormi melhor do q vc, pode ter certeza. - diz sorridente. - Quer ir ao cinema ou jantar hj?

Rosa: Não. - respondeu com convicção

Claude: Nón? Pq nón? - já desanimando.

Rosa: Pq quero ir ao cinema E jantar.

Claude: (rindo) Que sorte a minha. - Claude olha para os lados como que procurando testemunhas e vê que Dádi está na cozinha. Então, pisca para Rosa e manda um beijo à distância.

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Café da manhã na casa de Batateira. Antoninho, Cleide e Milton já estão na mesa e Batateira se aproxima.

Batateira: Bom dia, meus amores!

Antoninho, Cleide e Milton: Bom dia!

Antoninho: Bom, eu já estou de saída, preciso ir na casa do seu Giovani, vou sondar o número de eleitores com voto garantido aqui da região.

Batateira: Vai meu filho, vai! - diz entusiasmada.

Antoninho: Bom dia pra vcs! - Antoninho sai apressado.

Batateira: Ahh, quando esse menino for deputado nós precisaremos mudar de casa. Quero sair desse prédio, que por sinal já está com péssima frequência.

Cleide: Credo, mamãe! Pq? São praticamente os mesmos moradores desde quando nos mudamos pra cá.

Milton: Eu gosto daqui tb, mamãe.

Batateira: Vão se acostumando com a idéia, isso aqui não é casa pra deputado. - e completa – Principalmente para os eleitos com número expressivo de votos.

Milton: Mas o Antoninho nem eleito foi ainda, mamãe!

Batateira: Mas vai ser, pelo menos pra isso a família e os amigos do Baleiro vão servir.

Cleide e Milton olham um para o outro e balançam a cabeça em reprovação ao comentário da mãe.

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Nara está fazendo alongamento em frente a piscina. Egídio se aproxima.

Egídio: Minha filha vamos conversar.

Nara: O q q foi dessa vez papai?

Egídio: Vc precisa se aproximar novamente do Claude.

Nara: De que jeito papai? O que que o senhor quer q eu faça? Eu não vou ficar pagando mico, depois minhas amigas descobrem e como eu fico? Tô cheia de fazer papel ridículo.

Egídio: (impaciente e em tom de voz elevado) Pára com isso, Nara! Dane-se o que suas amigas vão pensar. Se elas fossem suas amigas de verdade te ajudariam, isso sim! - e acrescentou – E depois tem outra, quando colocarmos a mão nesses 10 milhões de dólares vc não vai precisar mais delas.

Nara: Tá bom, papai. Qual é o plano?

Egídio instrui Nara sobre o q fazer.

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Frazão chega ao escritório e Claude já está trabalhando à todo vapor, muitos papéis esparramados na mesa.

Frazão: Bom dia flor do dia! - diz para uma Janete distante e perdida em seus próprios pensamentos. - Janetinhaaaa, coisa linda!

Janete: Ah! Bom dia, dr. Frazão, me desculpe. - responde sem jeito, voltando de seus devaneios.

Frazão: Claude já chegou?

Janete: Já, mas está trancado na sala dele.

Frazão: Trancado? - estranha e vai bater na porta do escritório.

Claude: Quem é?

Frazão: O lobo-mau – brinca Frazão – Claude, sou eu, o Frazão, abre essa porta.

Claude abre a porta para o amigo.

Claude: Entra, q bom q chegou, preciso muito falar com vc.

Frazão: Nossa! O q q tá acontecendo aqui?

Claude: Frazão, eu estou revendo todo o projeto e toda a papelada necessária para a Rosa assumir a empresa.

Frazão: Pq trancado?

Claude: Não sei, desconfio da minha própria sombra.

Frazão: Eu desconfio só do Egídio e da Nara. - tentou uma piada e um alerta ao mesmo tempo para o amigo, quer nem sequer ouviu. E continuou – Claude, escuta eu ouvi o Egídio dizendo pro Mrs. Smith não confiar os contratos à vc.

Claude: Como é q é?

Frazão: É isso mesmo q vc ouviu.

Claude: E só agora vc diz isso?

Frazão: Não contei pq não iria acreditar, mas essa situação está insuportável. Estou te alertando faz tempo sobre Egídio e Nara. Claude, senta aqui, raciocina comigo... - Frazão conta com detalhe TUDO o que já ouviu, viu e percebeu de Nara a Egídio.

Claude ouve com atenção, muita atenção.

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Mister e Miss Smith conversam em seu novo apartamento sobre o projeto das casas populares.

Miss Smith: Estou decidida a fechar com Rosa e Claude o contract para o project. Mas aquele Egídio é muito estranho, no sei, no me inspira confiança. Você não acha?

Mrs. Smith: Yes, yes, eu ter a impressão q ele querer passar Claude para trás.

Miss Smith: Acha q poderíamos vetar a participação dele no project de alguma forma?

Mrs Smith: Yes, podemos conversar com Frazão e Claude e pedir q somente a Rosa e Claude assinem documentos e assumam responsabilidades relacionadas ao project.

Miss Smith: Excelent idéia! Vamos cuidar disso ainda hoje.

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Anoitece. Beto está na sala lendo um livro. Nara aparece arrumada para sair.

Beto: Vai sair mamãe?

Nara: Vou.

Beto: Quem é o eleito da vez?

Nara: Sem piada idiota, Beto.

Beto: Não vai me dizer q voltou às boas com Claude?

Nara: Não vou dizer mesmo. Boa noite!

Beto: (em pensamento) Vai ,mamãe, vai! Vc não tem noção do que a espera.

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Rosa conversa com d. Amália no quarto dela.

Amália: Minha filha, está feliz então?

Rosa: Muito, mãe, muito. Como nunca antes em toda a minha vida.

Amália: Que bom minha filha! Mas se prepara pra tudo, vc sabe q tem gente te perseguindo e essas pessoas são capazes de tudo, já provaram isso.

Rosa: Eu sei mãe.

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Claude chega na sala arrumado para o jantar com Rosa.

Dádi: Nossa! Caprichou, dr. Claude.

Claude, feliz da vida, dá uma voltinha para que Dádi possa avaliar o figurino.

Claude: Entón?

Dádi: Demais!

A campainha toca.

Dádi: Nossa, quem será essa hora?

Claude: Deixa q eu atendo, deve ser o Frazón. Ele veio pegar uns papéis q eu assinei, ia até deixar com vc, mas se ele já chegou, melhor.

Claude abre a porta.

Nara: Cherry! - o abraça e o beija antes q ele tenha tempo de dizer qualquer coisa.

Claude: Tenta se esquivar, mas Nara percebe os passos na escada. E agarra Claude.

Era Rosa, que parou no meio do caminho para assistir a cena com incredulidade.