quinta-feira, 29 de julho de 2010

UMA ROSA COM AMOR - VERSÃO PAULISTANA - PARTE 21 - AUTORA: CLÁUDIA G

Paulo: Como vai dr. Claude?


Claude: Essas flores são pra minha esposa? Eu não tinha pedido para o senhor me ligar quando viesse?

Paulo: Dr. Claude eu tentei ligar, mas o senhor não atendeu o celular.

Claude confere o celular e vê duas ligações perdidas.

Claude: E a flores?

Paulo: Eu estava na portaria quando vi o rapaz da floricultura, então me ofereci para trazer.

Rosa pega o buquê e olha o envelope do cartão.

Claude: De quem são Rosa?

Rosa: Não sei, me diga você, elas são suas.

Claude: Minhas? - diz Claude completamente surpreso.

Rosa: Suas. - Rosa passa o buquê para as mãos de Claude olhando nos olhos dele. E em seguida vira-se para o investigador. - Paulo, que grosseria a minha, não quer entrar?

Claude se distrai por uns segundos olhando para o buquê de rosas e se lembra de ler o cartão. “Noite maravilhosa a de ontem. Quero mais, mon amour! Com amor. Nara.”

Claude: Desgraçada! - resmunga

Rosa: O que disse querido?

Claude: Non, nada. - disse guardando no paletó o cartão e largando as flores no aparador da sala. Claude senta do lado de Rosa no sofá da sala.

Rosa: Aceita um café, uma água...?

Paulo: Obrigado d. Rosa.

Rosa: Ah, vamos cortar essa formalidade, pode me chamar de Rosa. - diz de forma educada e simpática.

Claude: Cherry, ele chama de “d. Rosa” porque você é casada, ãhn? E é assim que mulheres casadas devem ser tratadas.

Rosa: Querido, não seja careta, estamos no século 21. Que mal há nisso?

Claude não gosta do que ouve, mas resolver não estender o assunto.

Claude: Dr. Paulo, enton, qual o motivo de sua visita?

Paulo: Fiz algumas descobertas e tenho algumas suspeitas e queria compartilhar com vocês e ver se faz sentido o quebra-cabeça que estamos montando na delegacia.

Rosa: Pode dizer, Paulo.

Paulo começa a contar à Rosa e Claude tudo o que descobriu sobre Nara e Egídio e suas suspeitas sobre os atentados contra Rosa.

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No cortiço...

Beto: Terezinha, oi!

Terezinha: Oi! Tudo bem?

Beto: Tem algum compromisso agora à noite?

Terezinha: Não, pq?

Beto: Quer ir ao cinema comigo?

Terezinha: Cinema? Não sei... adoraria, mas acho que o meu pai não vai deixar.

Beto: (ri) Seu pai? Precisa pedir para o seu pai para ir ao cinema com um amigo?

Terezinha: (envergonhada) Pois é, preciso... e é capaz dele, se deixar, mandar levar o Dino junto.

Beto: Nossa! É a primeira garota que eu chamo uma garota pra sair e que diz que precisa pedir pro pai antes.

Terezinha: Desculpa, mas podemos deixar pra outro dia?

Beto: Mas você disse que adoraria ir ao cinema... Posso ir pedir para o seu pai?

Terezinha: Eu no seu lugar não faria isso, você não conhece o velho Giovani.

Beto: Não se preocupe, quer apostar quanto comigo que ele vai deixar?

Terezinha: Eu pago a pipoca se ele deixar.

Beto: Combinado! Adoro pipoca, vou querer da grande, hein! Vou lá falar com ele.

Terezinha ri e não acredita que o programa possa se realizar.

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Amália: Giovani, Rosa decidiu voltar para o apartamento do dr. Claude.

Giovani: Pois não deveria, ela devia é acabar logo com toda essa palhaçada.

Amália: Giovani, ela gosta dele. Será que você não entende?

Giovani: Entendo, mas ele não gosta dela.

Amália: Gosta sim, será que você não ouve as coisas que eu falo pra você homem de Deus!

Giovani: Ai Amália! Ai Amália! Esse francês vive metido em encrenca e mete a minha filha nas encrencas dele.

Amália: Você é chato Giovani. Deveria dar uma chance pro dr. Claude. Ele é um bom homem, tem um bom coração.

Giovani: Bom homem, até parece. Ele está é usando a minha filha.

Beto bate na porta e vai entrando.

Beto: Com licença d. Amália, seu Giovani. Tudo bem com vocês?

Giovani: Ô filho! Tudo bem?

Amália: Como vai Beto? Aconteceu alguma coisa?

Beto: Não, não se preocupem... É que eu estava lá embaixo conversando com Terezinha e pensei de levá-la ao cinema... O senhor se importa seu Giovani?

Giovani: Me importo, claro, mas que pergunta, ãhn?!

Beto: Seu Giovani, o senhor não precisa se preocupar eu trago a Terezinha pra casa assim que o filme acabar, até porque eu moro aqui também agora.

Giovani: Desde a semana passada? Pouco tempo, não acha pra querer ir ao cinema com a minha filha? E vão só vocês dois? Porque o Dino, pra variar, não está em casa, foi jogar bola não sei onde.

Amália: (intervém) Qual o problema Giovani? Os dois são solteiros, tem a cabeça no lugar...

Beto: É verdade seu Giovani, o senhor pode ficar tranqüilo. O filme acaba lá pelas onze e no máximo onze e meia a Terezinha está em casa.

Giovani: Hum, tá bom, tá bom. – diz mal-humorado. - Mas se passar um minuto do combinado nunca mais me apareça aqui.

Beto: Seu Giovani, trato é trato, pode ficar tranqüilo.

D. Amália pisca para Beto e Beto sorri satisfeito com a vitória.

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Rosa: Tudo isso faz muito sentido, Paulo. Nunca imaginei que eles fossem capazes de ir tão longe.

Claude: E esse tal Zequias, ele está vivo ainda?

Paulo: Está, mas ainda não conseguimos localizá-lo.

Claude: Mon Dieu! O Egídio é muito mais perigoso do que eu pensava.

Rosa: E esse ex-marido da Nara? Alguém tem notícia do paradeiro dele?

Paulo: Ainda não, mas estamos tentando, supomos que ele tenha que tenha mudado de nome e até mesmo feito plástica para nunca ser achado, mas é só uma suposição. Nara e Egídio o deixaram literalmente falido.

Claude: E o que falta pra prender esse dois?

Paulo: Provas concretas, testemunhas... enfim, essas coisas são imprescindíveis. Agora, mas do que nunca, precisamos encontrar o ex-marido dela.

Claude: Uma vez na casa de Nara ouvi a Raquel e o Beto falando algo sobre conversarem com ele por e-mail. Pode ser que eles tenham contato com o pai. Uma coisa eu sei, eles non se lembram do pai.

Paulo: Bom... preciso ir, obrigado por terem me ouvido. Quando tiver novidades procuro vocês.

Claude: Pode ligar que da próxima vez eu atendo, ãhn?!

Rosa: Paulo, nós é que agradecemos, foi muito gentil da sua parte ter vindo até aqui nos trazer essas informações. – Rosa sorri para Paulo enquanto aperta sua mão.

Claude: (interrompendo) Obrigado, dr. Paulo, até mais!

Dádi: Dr. Paulo!! Que bom vê-lo aqui.

Claude amarra a cara e olha feio para Dádi.

Claude: Ele está de saída Dádi!

Dádi: Que pena! – diz medindo de alto a baixo o investigador.

Claude: Dádi, - Claude põe a mão atrás do ouvido direito, como se estivesse ouvindo algo de longe. - acho que a torneira da pia da cozinha está aberta, vai olhar, por favor!

Dádi: Não tô ouvindo nada, dr. Claude.

Claude: Mas eu estou, vai lá antes que alague a cozinha! – ordenou.

Dádi: Já tô indo dr. Claude. – sai apressada depois de perceber a fúria do patrão.

Paulo: Vou indo, até mais!

Claude: Tchauzinho!

Claude fecha a porta tão logo o investigador alcança o hall do elevador.

Rosa: Vou subir para tomar um banho e me preparar para o jantar de logo.

Claude: Tudo bem. – Claude pega o buquê de rosas e vai até a cozinha. – Dádi, por favor, joga isso no lixo.

Dádi: Dr. Claude, o senhor tá biruta, é? Tá tudo sequinho aqui, ó! – diz sem prestar atenção no que o patrão acabava de falar.

Claude: Ouviu o que eu disse? Joga isso no lixo.

Dádi: Mas dr. Claude, são tão lindas... Foi o dr. Paulo que trouxe pra dona Rosa, é?

Claude: Dádi, mas você está insuportável, não sei porque eu te re-admiti, ãhn!

Dádi: Oxente! Não fica nervoso, vou jogar! – Dádi joga as flores no lixo da cozinha.

Claude: Ai não, Dádi! Lá fora, tira do campo de visão, meu e de Rosa.

Dádi: Sim senhor, sim senhor!

Claude: Eu vou sair, volto pro jantar.

Dádi: Se d. Rosa perguntar, digo o quê?

Claude: Que eu saí e volto pro jantar. – diz tentando controlar sua impaciência.

Dádi: Saiu e volta pro jantar... tudo bem.

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Beto: Nossa, mas você está linda!

Terezinha: Obrigada! Vamos?

Beto: E isso aí, vamos logo antes que o seu Giovani, mude de idéia. Não foi fácil convencer seu pai.

Terezinha: Nossa, tô morta de vergonha! Ele te maltratou?

Beto: Não, de jeito nenhum, só pareceu muito preocupado com você, só isso. D. Amália deu uma baita força, ela merecia um pouco de pipoca também. – diz rindo.

Terezinha: Ah tá! Que filme vamos assistir?

Beto: Não faço idéia, vamos ver isso quando chegarmos lá.

Terezinha: Tá bom.

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Nara: Elisa, tá surda? O interfone. – grita da sala.

Elisa: Já estou indo d. Nara.

Nara: Ô bicha lerda! – fala sozinha.

Elisa: D. Nara, dr. Claude tá aí.

Nara: O Claude? – Nara começa a arrumar o cabelo e alisar o vestido com a mão. – Abre a porta lá pra ele, Elisa!

Elisa abre a porta e Claude entra direto na casa.

Nara vai de encontro à Claude.

Nara: Oi, mon amour! – diz receptivamente ao ex-noivo.

Claude: Que bom que você está aí! Nós precisamos ter uma conversinha.

2 comentários:

  1. Cláudia, q surpresa boa, a parte 21 cedo.
    O txt como sempre mt bom.
    Giovani sendo dobrado pelo Beto, adoreiiiiiii. E a curiosidade como sempre, fica por conta das trapalhadas do Claude, kkkk.
    Só falta agora vc juntar o casal Dádi e Paulo, tö sonhando c isso, rsrs

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  2. Claudia, adorei o Beto... E a Nara hein, tô curiosa...

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