UMA ROSA COM AMOR - VERSÃO PAULISTANA - PARTE 16 - AUTORA: CLÁUDIA G

Claude: Tudo bem, Nara? - diz com certa indiferença.

Nara: Que bom que veio me procurar, nós estamos mesmo precisando conversar.

Claude: Desculpa Nara, mas na verdade vim falar com seu pai. Ele está?

Nara: Com papai? - Nara se mostra indignada. - Claude, veio até aqui para falar com meu pai? Tem certeza? Vc poderia ter falado com ele no escritório, não precisava vir até aqui.

Claude: Nara, desculpa, mas vc precisa entender q agora estou casado. Seu pai está ou nón? Nós havíamos combinado de conversar hoje aqui em sua casa.

Nara: Sim, está. - e irritada grita pela empregada. - Elisa!

Elisa: (vem correndo) Pois não, d. Nara?

Nara: Vai chamar o papai na biblioteca, diga à ele q Claude está aqui.

Elisa: Sim, senhora.

Nara: Aceita alguma coisa para beber, Claude? Um uísque?

Claude: Pode ser. - responde e se distrai com a chegada de Egídio na sala. - Egídio! Obrigado por aceitar negociar.

Egídio: Claro Claude, somos amigos antes de sermos sócios, não?

Nara e Egídio trocam olhares de cumplicidade. Havia algo no ar, mas é óbvio, Claude, não percebeu.

Nara: Seu uísque.

Claude: Obrigado.

Egídio: Então Claude, não me passava pela cabeça vender minhas ações, então precisava de um tempo para pensar e ver também o quanto elas estão valendo, o risco do negócio, enfim, vc entende, não é mesmo?

Claude: Si, si, claro, claro.

Claude era observado por Nara e isso o estava incomodando, ele não conseguia se concentrar na conversa.

Egídio: O meu volume de ações é pequeno, mas se é tão importante para vc, eu vendo.

Claude começou a se sentir sonolento demais, de uma hora para outra. Mas ainda conseguiu responder ao Egídio. Nara e Egídio continuavam a se olhar.

Claude: Entón eu vou pedir para Frazón fazer os contratos de compra... - Claude desmaia.

Egídio: Tudo pronto lá em cima minha filha?

Nara: Tudo papai. Vamos! – Nara faz força para ajudar o pai a carregar Claude. - Eu não vou aguentar papai!

Egídio: Vai Nara, anda! Depois ele acorda e vamos dizer o quê?

Egídio e Nara carregaram Claude até o quarto de Nara. No quarto de Nara, havia uma filmadora estrategicamente posicionada e um cenário previamente preparado para recebê-lo, velas e pétalas de rosas esparramadas por todo o ambiente. De repente a campainha toca.

Nara: Ai papai! Quem será essa hora?

Egídio: Deixa q eu vejo pq eu mandei a Elisa ir dormir. Faça tudo o q combinamos.

Egídio desce as escadas e vai atender a porta.

Egídio: Você???

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Roberta e Sérgio conversam em sua casa.

Sérgio: Preciso ir.

Roberta: Fica mais um pouco?

Sérgio: Nós estamos aqui desde de manhã.

Roberta: É verdade, mas tá tão bom aqui.

Sérgio: É verdade, está ótimo. - Sérgio beija Roberta e pensa que se sua mãe souber não o deixa nunca mais sair de casa.

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Na casa de seu Giovani.

Dino: Pai,vou dormir.

Giovani: Vai meu filho, buonanotte.

Dino: O senhor não vai dormir? Já está tarde.

Giovani: Daqui há pouco, estou esperando a Terezinha que está aí de papo com o novo inquilino.

Dino: Pai, o cara é gente boa! Vê se não vai espantar esse aí também.

Giovani: Ma que cosa! O que você está falando, menino? Vá dormir vai!

Dino: Sua benção, pai!

Giovani: Deus te abençoe, meu filho.

Terezinha chega.

Terezinha: Ainda aí paizinho?

Giovani: Sim, estava esperando vc.

Terezinha: Bom, então cheguei e vamos dormir q amanhã eu preciso acordar cedo.

Giovani: Tá namorando?

Terezinha: Não, pai.

Giovani: Minha filha, sei que sou muito chato, mas quero o seu bem e o bem da Serafina. Quero que vocês sejam felizes com o homem que escolherem. Sofro quando vocês estão sofrendo.

Terezinha: Oh pai! Eu estou bem, às vezes bate uma tristeza, mas logo passa. Eu gostei muito do Milton, mas foi melhor ter descoberto antes de casar que ele não valia nada.

Giovani: É, tem razão, melhor assim. Você vai arrumar alguém que te mereça.

Terezinha: Vamos dormir?

Giovani: Vamos. Sua mãe me faz uma falta! Que saudade da minha Amália. - diz já se dirigindo para o quarto.

Terezinha: Também estou com saudade dela, pai. Bem que ela poderia voltar, ela e a Rosa.

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Rosa: Eu mesma! O Claude disse q viria aqui. Quero falar com ele.

Egídio: Ele já foi.

Rosa: Dr. Egídio, o carro dele está aí fora. Posso entrar? - diz já entrando na casa.

Egídio: Rosa, está um pouco tarde, não?

Rosa: Não pra procurar pelo meu marido. - diz olhando ao redor e nem sombra de Claude. - Tem alguma idéia de qual cômodo da casa ele possa estar, dr. Egídio?

Egídio finge não ouvir a pergunta. Rosa começa a subir as escadas em direção aos quartos e Egídio vai atrás de Rosa.

Egídio: Rosa, que isso? Vc não pode invadir a minha casa desse jeito.

Rosa: Desculpa dr. Egídio, só estou procurando o meu marido. - vai abrindo as portas uma a uma até que chega no quarto de Nara. Rosa congela com a cena e não consegue dizer absolutamente nada.

Egídio tenta disfarçar seu contentamento ao ver que seu plano saiu melhor do que ele esperava.

Nara, nua, fingia dormir sobre Claude, apenas um lençol cobria partes do seu corpo.

Rosa em choque sai andando em direção ao carro.

Rodrigo: D. Rosa, a senhora está bem?

Rosa: Me leva embora daqui, por favor.

Rodrigo: A senhora quer ir pra casa?

Rosa: Quero, me leva pra casa.

Rodrigo: D. Rosa, desculpa a insistência, mas a senhora está bem? Eu posso fazer alguma coisa pra te ajudar?

Rosa: Tudo bem, Rodrigo, vamos pra casa.

Rodrigo sai com o carro e observa o estado de choque da sua patroa.

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Amanhece...

Claude acorda com a cabeça pesada e sem a menor noção de que não está em sua casa e nem sua cama, sente a presença de mais alguém ao seu lado, ainda tonto, pensa q é Rosa.

Claude: Rosa?

Nara finge que não ouve e engole o fato de Claude tê-la confundido com Rosa, não era o momento para discussão.

Nara: Bom dia, cherry!

Claude: Nara? – diz com olhos cerrados, de alguém que ainda não havia despertado.

Nara: Sou eu mon amour. O que foi?

Claude volta a si como se estivesse num grande pesadelo.

Claude: Nós...ãhn...dormimos aqui?

Nara: Claude, vc não se lembra? – diz sorrindo e jogando todo o seu charme para o ex-noivo.

Claude: (entre irritado e confuso) Non, non me lembro. Eu preciso ir. – diz recolhendo suas roupas do chão e vestindo-se apressadamente.

Nara: Pq essa pressa, vamos tomar café.

Claude: Non, obrigado. – diz secamente.

Claude sai do quarto e desce as escadas correndo. Nara fica deitada na sua cama rindo vitoriosamente, tudo havia sido perfeito, muito além do que ela esperava.

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D. Amália conversa com Rosa.

Amália: Tem certeza q é isso q vc quer fazer?

Rosa: Tenho mãe, suas coisas estão prontas?

Amália: Estão, tá tudo aqui. – D. Amália resolve aconselhar a filha. - Filha, não acho q deva fazer nada sem conversar com ele antes.

Rosa: Não tenho nada pra falar com ele mãe, meus olhos viram muito mais do que eu tinha capacidade para entender. – Rosa dá o assunto por encerrado. – Agora vamos pq tem um táxi esperando a gente lá embaixo e não quero que ele nos pegue aqui ainda e a Dádi já deve estar chegando do supermercado.

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Claude chega em casa e vê Dádi guardando as compras na cozinha.

Claude: Dádi, Rosa está em casa?

Dádi: Acho que não, dr. Claude. Cheguei agora e não vi ninguém, nem a d. Amália.

Claude: Vou tomar banho e vou para o escritório. Rosa já deve estar lá.

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No escritório...

Janete: (no telefone) Miss Smith, pode deixar q eu dou o recado. Rosa ainda não chegou, mas assim q ela chegar aviso q a senhora quer falar com ela e que já ligou três vezes.

Frazão: Janete, alguma notícia da Rosa? Ela precisa assinar toda aquela papelada da compra dos materiais e dos serviços de arquitetura.

Janete: (balançando a cabeça negativamente) Nada!

Frazão: Já ligou pra ela?

Janete: O celular está desligado.

Frazão: Liga pra casa dela, então!

Claude chega.

Frazão: Meu amigo, até q enfim, alguém apareceu. Cadê a Rosa?

Claude: Ela não está aqui?

Frazão: Peraí, só um minuto. – Frazão faz graça procurando nos bolsos do paletó. – Não, Claude!!

Claude: Eu não sei.

Frazão: Vem aqui. – diz pegando Claude pelo braço e indo até a sala dele.

Na sala de Claude...

Frazão: Como assim vc não sabe da Rosa, sua esposa? Ela nunca faltou ao trabalho e não chega atrasada.

Claude: (irritado) Calma, Frazón! Vcs já ligaram pra ela?

Frazão: Claro, sabichão! Ene vezes, mas o celular está desligado.

Claude: Desligado? – estranha.

Frazão: Claude aonde vc estava? Tá com uma cara péssima.

Claude: Vamos procurar por Rosa, depois eu te conto tudo.

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Dádi: (no telefone) Ainda não apareceu, dr. Claude.

Claude: Rodrigo está aí?

Dádi: Tá sim, só um minuto que eu vou charmar.

Dádi vai até a cozinha chamar Rodrigo que está almoçando.

Dádi: Dr. Claude no telefone, quer falar com vc.

Rodrigo: Dr. Claude, Rodrigo.

Claude: Rodrigo, sabe de Rosa?

Rodrigo: Não sei, não. Estive com ela ontem à noite apenas quando ela me pediu para levá-la na casa do dr. Egídio. Depois eu a trouxe de volte pra casa. Ela estava bem estranha dr. Claude, parecia nervosa, abalada com alguma coisa.

Claude: Que horas foi isso? – pergunta assustado.

Rodrigo: Já passavam das 11 da noite.

Claude: Põe Dádi de novo aí na linha, por favor.

Rodrigo: Ele quer falar com vc de novo. – diz voltando-se para Dádi.

Dádi: Pois não, dr. Claude?

Claude: Vai no quarto de Rosa e olhe se as coisas dela estão lá.

Dádi: Dr. Claude, claro q tão! Ela mora aqui.

Claude: Dádi, faz o que eu to mandando. Vou esperar na linha.

Dádi sai apressada com o telefone na mão para obedecer a ordem do padrão.

No quarto, Dádi vê alguns objetos em cima da penteadeira e foi ao closet. No closet, Dádi constata que as roupas de Rosa não estão por lá.

Dádi: Dr. Claude?

Claude: E aí Dádi?

Dádi: D. Rosa foi embora.