UMA ROSA COM AMOR - VERSÃO PAULISTANA - PARTE 13 - AUTORA: CLÁUDIA G

Raquel e Milton conversam numa lanchonete.

Milton: E aí, meu amor, decidiu se quer ou não se casar comigo?

Raquel: Decidi.

Milton: E qual é a sua resposta?

Raquel: A minha resposta é não. - diz com convicção.

Milton não acredita no que ouve.

Milton: Mas vc não disse q estava apaixonada por mim? Que queria ficar comigo? Me pediu mil vezes para terminar o meu noivado com a Terezinha.

Raquel: Desculpa, Milton, acho q me enganei. Estava encantada com vc, mas não era amor, entende?

Milton: Entendo. - Milton se levanta da mesa completamente decepcionado e vai embora.

Raquel sente-se aliviada por ter colocado um ponto final nessa estória.

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Egídio: Claude, entra.

Claude: Atrapalho?

Egídio: De forma alguma.

Claude: Egídio, vou direto ao ponto pq não quero tomar seu tempo. - senta-se de frente para o Egídio. - Eu quero comprar sua parte das ações da empresa.

Egídio: O quê?

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Rosa: Vamos conversar pessoalmente, miss Smith. Que tal um almoço exclusivamente feminino?

Miss Smith: Será uma grande prazer Rosa. Quero saber mais sobre essa idéia do Claude de construir as casas no Bexiga.

Rosa: Ótimo, estou muito animada, miss Smith. Vou pedir para o Rodrigo pegar a senhora 1h30, está bem?

Miss Smtih: Ok, Rosa, vou esperar.

Rosa: Um beijo e até daqui há pouco.

Miss Smith: Bye, darling.

Rosa liga para Dádi.

Rosa: Dádi! Sou eu, por favor, pede pro Rodrigo pegar miss Smith e levar naquele restaurante da Bela Cintra, ele sabe qual é. Avisei miss Smith q ele a pegaria 1h30, ok?

Dádi: Pode deixar, d. Rosa.

Rosa: Obrigada, Dádi. Preciso desligar. Beijo.

Rosa sai da sala e vai falar com Janete.

Rosa: Janete, viu o Claude?

Egídio: Está na sala do dr. Egídio.

Rosa estranha.

Rosa: Vou lá falar com ele. - diz enquanto sai andando.

Janete: Rosa!

Rosa: (se volta para Janete) Oi?

Janete: Vc está linda!

Rosa: Obrigada! - agradece e sai apressada.

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Na porta da sala de Egídio, Rosa ouve a conversa:

Egídio: Claude, eu não quero vender minhas ações.

Claude: Mas eu gostaria de comprar.

Egídio: Claude, vc está mesmo querendo me tirar da jogada, não é?

Claude: Egídio, desculpa, mas acho q precisamos ser claros um com o outro. Agora Rosa é a administradora da construtora e assim deverá permanecer. Preciso da sua parte. Quanto quer por ela?

Egídio: Claude, não seja tolo. Passou para Rosa o comando de uma grande construtora. Ela vai destruir seu negócio e será em breve, pode esperar. O que uma secretariazinha entende de negócios?

Claude: Olha o respeito com ela, Egídio. Ela é minha esposa, ãnh!

Egídio: (ironicamente) Ora, ora! Quem diria, Claude Geraldy está apaixonado pela corticeira.

Claude, pela primeira vez, pensa em bater em Egídio.

Rosa entra na sala sem bater.

Rosa: Claude!

Claude e Egídio olham espantados para Rosa.

Rosa: Me desculpem por interromper, mas posso falar com vc um minutinho?

Claude: Claro, claro, vamos lá.

Claude pede licença e sai da sala com Rosa.

Rosa: Vcs estavam brigando?

Claude: Não, tudo bem.

Rosa fica desconfiada, mas acha melhor não insistir. Ao chegarem na sala de Claude, Rosa avisa.

Rosa: Eu estou indo almoçar com miss Smith.

Claude: (faz bico) E eu?

Rosa: Ah, não chora! - diz rindo da cara do marido. - Pra vc reservei o jantar.

Claude: O jantar é?

Rosa: É, pq? – pergunta inocentemente.

Claude: Minha refeição preferida.

Rosa: Ta engraçadinho hj, hein? Bom, vou indo. - diz se despedindo à distância.

Claude: Assim?

Rosa: Ah, claro. - como q se lembrando, Rosa volta correndo na mesa de Claude e dá um selinho rápido no marido.

Claude tenta aproveitar mais o beijo, mas Rosa escapa, ela está com pressa.

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Egídio chega em casa para almoçar com Nara.

Egídio: Filha, cheguei.

Nara: (vindo do quarto) Oi papai, fiquei preocupada. Me conta como estão as coisas.

Egídio: Péssimas, é assim q estão as coisas. Precisamos fazer algo urgentemente.

Nara: Ah não, papai! Todas às vezes q o senhor vem com essa conversa sobra pra mim.

Egídio: Bom, Nara, é isso ou... já sabe.

Nara: Adeus 10 milhões de dólares. Tá papai, mas na última super idéia que o senhor teve eu fui posta à lona por aquela corticeira, barraqueira, cafoninha. – e expirme sua raiva. – Ugrhh! Desgraça!

Egídio: Dessa vez acho q isso não vai acontecer...

Nara: Vai, manda papai.

Egídio conta seu plano B para Nara q o ouve atentamente. E Elisa, da cozinha, também.

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Joana para em frente à mansão de Roberta Vermont. Pensa em desistir, ensaia o toque no interfone e...

Joana: Por favor, esta é a casa de Roberta Vermont.

Dos Anjos: Sim, quem é?

Joana: Aqui é a mãe do Sérgio.

Dos Anjos: O Sérgio q vai fazer o filme com ela?

Joana: Esse mesmo.

Dos Anjos: A senhora pode entrar, vou chamá-la. - a portão é liberado para a entrada de Joana.

Joana entra.

Enquanto isso, Dos Anjos vai até o quarto Roberta avisá-la da visita.

Dos Anjos: D. Roberta, a mãe do Sérgio está aí?

Roberta: Quem?

Dos Anjos: A mãe do Sérgio.

Joana: Nossa! Será q aconteceu alguma coisa com o Sérgio? Vamos lá, quero muito conhecê-la.

Na sala de costas para Roberta estava Joana Carioca.

Roberta: Boa tarde!

Joana respira fundo e vira-se para Roberta.

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“É sempre lindo andar na cidade de São Paulo, o clima engana, a vida é grana, em São Paulo...”

No restaurante...

Rosa: Miss Smith, como vai?

Miss Smith: Olá, Rosa! Como está?

Rosa: Bem, obrigada. Somos vizinhas e sequer temos tido tempo de conversar. Esse negócio de ser empresária, tá me deixando doida.

Miss Smith: Meu marido falou q vc se saiu muito bem na última reunião.

Rosa: Quanta bondade de Mrs. Smith. Ele é muito gentil, mas na verdade estou é fazendo um grande esforço para poder apresentar bons resultados.

Miss Smith: Meu marido falou q vc aprende rápido e q tem futuro promissor. Smith, não falaria se não tivesse certeza.

Rosa: Fico feliz por ele achar isso, espero não decepcionar.

Miss Smith: Me conte como vão as coisas. Quero saber tudo.

Rosa: Hoje fiz aquilo q combinamos. Tirei o Egídio do projeto.

Miss Smith: Que ótimo! E ele? Como reagiu?

Rosa: Não gostou, mas vai ter q engolir. - entre a satisfação e a preocupação, Rosa continua – Miss Smith, tenho medo daquele homem, não sei, tenho receio q ele faça algo para prejudicar o Claude.

Miss Smith: Eu compreendo, mas não fique assim sofrendo por antecipação. Temos é q ficar de olho em tudo e em todos.

Rosa: É verdade. Bom, vamos pedir o cardápio?

Enquanto almoçavam, Rosa e miss Smith conversavam como grandes amigas. Rosa contou detalhes do projeto, seus medos, alegrias e frustrações. Miss Smith se empolgava ao longo do papo, ela via em Rosa uma mulher inteligente e muito guerreira.

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Roberta: Joana Carioca?! - diz parecendo não acreditar no que vê.

Joana: Como vai?

Roberta: É vc a mãe do Sérgio? - diz não acreditando q aquilo fosse verdade.

Joana: Sou eu mesma.

Pensamentos dos mais diversos inundaram a cabeça de Roberta. Eram flashes do passado. Um silêncio tomou conta do ambiente, até q ela se lembrou de q tinha usar de bons modos, os mesmo q um dia havia aprendido com a própria Joana.

Roberta: Senta. Vc aceita um café, uma água, um suco?

Joana: Não, obrigada.

Roberta: Por onde vc andou todo esse tempo?

Joana: É uma longa história, Roberta.

Roberta: Se o Sérgio é o seu filho, e ele tem... Quantos anos mesmo tem o Sérgio?

Joana: 29.

Roberto: Então ele é filho seu com o … - Roberta é reticente porque está fazendo associações.

Joana: Exatamente. Ele é nosso filho.

Roberta nervosa tenta conter a emoção desse reencontro, já Joana, apesar de nervosa, mantinha um semblante sério.

Roberta: Me conta tudo o q aconteceu com vc. Nunca mais tive notícias suas.

Joana: Ele me abandonou logo depois q o Sérgio nasceu. Ele disse q amava vc.

Roberta: Ele disse isso?

Joana: Disse, disse sim. - Joana engole essas palavras.

Roberta: Joana, ele nunca me procurou.

Joana: Já imaginava. Ele sentia q vc não o queria de volta depois de tudo o q havia acontecido.

Roberta e Joana conversaram por um longo tempo, pareciam duas estranhas, mas no fundo sentiam um imenso alívio por estarem enfrentando esse fantasma do passado. Depois de uma longa conversa...

Roberta: E vc veio até aqui hoje por causa do Sérgio, é isso?

Joana: É. - Joana respira fundo. - O que vc quer com ele?

Roberta: Joana, eu conheci o Sérgio através da Rosa. E depois descobri que ele é um grande ator e precisa de uma chance.

Joana: Eu sei disso tudo. Meu filho é ótimo. Mas na verdade eu quero saber se vcs estão – completamente sem jeito. - se relacionando? – pensou ter encontrado a palavra certa.

Roberta: Não, nós não estamos. - contou meia verdade e depois toda ela - Mas eu estou apaixonada pelo Sérgio.

Joana fica muda e não consegue dizer nada por um tempo q parecia, para Roberta, uma eternidade.

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Frazão de volta ao escritório, encontra Janete e Gurgel olhando um mostruário de tecidos.

Frazão: Tudo bem por aqui?

Janete: Tudo bem.

Frazão: Posso saber o q vcs estão fazendo?

Gurgel: Estamos escolhendo um tecido pra cortina.

Janete: Olha esse! - diz a distraída Janete – Não é lindo, dr. Frazão??

Frazão: Qual dos dois vai casar ou está redecorando a casa? - de repente vem à Frazão uma situação hipotética. - Não, espera! Não me diga q vcs vão casar???

Gurgel: Ai, credo! Deus me livre dr. Frazão! Abafa, abafa!

Janete: Que isso, dr. Frazão! - diz sem graça.

Frazão: (rindo) Tá bom, abafei! - diz remedando o faniquito de Gurgel.

Janete: A cortina foi pedido do dr. Claude.

Frazão: Do Claude? E aonde ele vai colocar essa cortina?

Gurgel: Alí ó. - diz apontando para o vidro.

Frazão: Ah, tá. - diz sem entender, mas também não dá importância e muda de assunto. - Eu queria falar com vc um pouco. Pode vir aqui comigo na sala?

Gurgel: Claro, vamos lá.

Frazão sai andando e Gurgel mede Frazão dos pés à cabeça, Gurgel vira para Janete e se abana.

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Joana quebra o silêncio.

Joana: E o que vc pretende fazer? Dizer isso à ele?

Roberta: Não, não pretendo dizer isso à ele.

Joana: Fica longe do meu filho. – diz sem alterar o timbre de voz. - Não posso perder meu filho pra vc também. Já perdi o pai, mas não quero perder meu filho. - diz já de saída.

Roberta: Joana! - a chama.

Joana se vira e lança um olhar duro e frio o bastante para impedir Roberta de dizer qq coisa. Joana deixa a casa de Roberta sem se despedir.

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Frazão: Senta aí e me conta aquela estória do tal Zequias.

Gurgel: Dr. Frazão, eu vou te contar, mas o senhor não diga a ninguém q fui eu quem contou isso pro senhor.

Frazão: Fica tranqüilo.

Gurgel conta tudo o que sabe sobre a estória do Zequias e dr. Olegário. E, depois de ouvir tudo...

Frazão: Rapaz, vc tem certeza de toda essa estória? Isso tudo é muito louco!

Gurgel: Tenho, dr. Frazão. O homem ficou em coma um bom tempo, saiu no jornal e tudo o mais.

Frazão: Gurgel, “dr. Olegário”, que nome é esse? Vc acha mesmo q o Egídio tem outro nome, uma outra identidade?

Gurgel: Acho.

Frazão fica pensando em tudo o que ouviu de Gurgel, tentando ligar as coisas e ver algum fundamento em tudo aquilo, mas a estória parecia sem nexo.

Frazão: Gurgel, valeu, cara! Pode voltar lá pro seu trabalho.

Gurgel: Ok, se precisar, estou à disposição dr. Frazão.

Frazão: Obrigado, Gurgel! E se esse Zequias aparecer aqui, vc me avisa imediatamente, ok?

Gurgel: Pode deixar, aviso sim.

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Claude e Egídio se encontram no elevador voltando do almoço.

Frazão que está saindo da sala se dirige à Egídio.

Frazão: Dr. Olegário, como vai? - diz com simpatia.