A NOSSA HISTÓRIA COMEÇA PELO FIM...

Digo que começa pelo fim porque foi graças ao rumo que URCA tomou em sua fase adiantada que estreitamos esse laço de amizade tão bacana. Aqui no Biscoito, café e novela, que apelidei carinhosamente de “biscoitinho”, conversei com solteiras, casadas, separadas, jovens, moças, senhoras, estudantes, donas de casa, mulheres independentes, mulheres dependentes... mulheres modernas, mas nenhuma conservadora. Sem contar que elas são do sul, sudeste, centro-oeste, norte, nordeste... Ufa! É mulher demais da conta. Não importa quem são ou de onde vêm, elas são todas iguais. Oh, Mon Dieu! São iguais sim! Sonham com o amor, o romance é tema obrigatório na roda. E ai do homem que se fizer de rogado! Que possa dizê-lo Claude Antonie Geraldy, que foi o tema diário do bate-papo do blog. Nem mesmo sua indefectível regata branca o salvou da fúria das mulheres, que agora, como bem definiu nossa colega Rebeca, sofrem da SAA – Síndrome da Abstinência Antecipada. Ao Claude foram atribuídos todos os adjetivos reservados exclusivamente para homens imperfeitos: pateta, patetão, lerdo, burro, idiota, cretino, cafona... Chegamos à comparar o francês com o moroso serviço da internet banda larga, apelidando-o de Claude Speed. Onde já se viu?! Mas a gente bate e depois assopra, não tem jeito. Se na televisão o francês farabuto não andou como deveria, nas versões ele ficou esperto e viu com quantos paus se faz uma canoa.

Costumo dizer que mulher vendo novela é como homem assistindo futebol, ele quer ser o juiz e apita o jogo no sofá da sala. As mulheres, sentadas em seus sofás, não querem ouvir um piu, é o momento dela com a estória que lhe interessa, mas que ela quer mudar de qualquer jeito e dizer ao autor como aquilo deveria acontecer. Muitas de vocês são co-autoras de novela e nem percebem, se vocês escrevessem aquilo que sonham fariam novelões.

É... foi divertido demais!

Escrever agora esse pequeno texto me emociona. Emociona porque nunca imaginei escrever algo tão longo, a proposta não era essa a princípio, e tampouco imaginar que vocês fossem curtir tanto isso. Me senti noveleira nata conversando com vocês diariamente, logo eu que deixei de me interessar por novela no início dos anos noventa, quando vi que a criatividade dos nossos autores havia escoado pelo ralo do Ibope.

Aqui no biscoitinho fui autora, mas também leitora, ri e me emocionei com as estórias das nossas colegas que dividiram o desafio de escrever. E que desafio! O que no começo era só uma brincadeira virou um compromisso, Deus me livre de vocês de não gostarem e não conseguirem sequer esboçar um sorriso. Expor minhas ideias e tentar enquadrar as sugestões que vocês me davam se tornou minha obrigação, não poderia ser diferente, essa foi a forma que eu encontrei de retribuir aos incentivos de vocês.

O que dizer agora? Obrigada? Foi tão motivador escrever e tão delicioso ver a receptividade de cada uma de vocês com essas versões. Tudo o que eu espero daqui pra frente é continuar dividindo com vocês novas estórias e novas emoções.

Ao Eugênio, o nosso Bolinha, fundador desse maravilhoso clube da Luluzinha, meu muito obrigada. Obrigada pela confiança, pela parceria, pela força... Conhecer, ainda que virtualmente, um homem tão sensível, inteligente e desembaraçado como você foi uma grande alegria.

Um grande beijo a todos, espero que vocês, SUPER-MULHERES, continuem conosco dividindo emoções e nos ajudando a escrever outras estórias.

ClaudiaG

Eu queria ser Ginger Rogers pra dançar com Fred Asterie

ou quem sabe, a chuva pra dançar com Gene Kelly.

Poderia ser Ella Fitzgerald pra cantar com Louis Armstrong.

Eu queria ser Beethoven para ouvir o meu concerto

ou quem sabe Ray Charles para ler a minha música.

...Eu queria ser o sonho, mas eu sou a sua estória...