sábado, 14 de agosto de 2010

UMA ROSA COM AMOR - VERSÃO PAULISTANA - PARTE 32 - AUTORA: CLÁUDIA G

Claude: Obrigado! – Claude olha com ternura e profunda gratidão para Rosa.

Rosa: Pelo quê?

Claude: Por tudo. Por estar aqui, por ter me ajudado, por ter me aturado... todo esse tempo.

Rosa: Você não precisa me agradecer.

Claude: Preciso... preciso sim. - Claude levanta do sofá... – Espera um pouco, eu já volto.

Rosa: Aonde você vai?

Claude: Só um instante, tenho um presente pra você.

Rosa: Presente para mim?

Claude: É... - grita do andar de cima da casa.

Rosa: Nossa! Tô curiosa.

Claude volta após alguns segundos.

Claude: Pronto!

Rosa: Nossa! O que você tem escondido aí?

Claude estende sua mão e entrega para Rosa um envelope.

Rosa: O que que tem aqui?

Claude: Abra e leia.

Rosa começa a ler os papéis e demora a entender, quando de repente se deu conta...

Rosa: Claude! Eu não acredito! Você é o dono do cortiço?

Claude: Eu não, você.

Rosa fica com olhos marejados e não resiste e se joga nos braços de Claude.

Rosa: Meu Deus! Obrigada! Você não sabe como eu fico feliz com isso.

Claude: Eu sei o que isso significa pra você.

Rosa depois de recuperar o fôlego.

Rosa: Eu também tenho algo pra você, não é um presente, é só uma devolução. – Rosa abre a bolsa e pega sua carteira.

Claude: E o que é:?

Rosa: Seu cheque.

Claude: Meu cheque? Rosa, eu não posso aceitá-lo de volta.

Rosa: Pode.

Claude: Eu não posso! Depois de tudo o que você fez por mim...

Rosa: Eu faria de novo.

Claude: Faria?

Rosa: Faria e de graça.

Claude e Rosa se olham, se aproximam lentamente, suas mãos se encontram e um beijo apaixonado surge sem demora.

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Amanhece...

Paulo: Bom dia! Sou Paulo, investigador da polícia...

Elisa: Pois não, eu acho que eu já vi o senhor por aqui.

Paulo: Os donos da casa estão?

Elisa: Não, todos sairam. Com quem o senhor veio falar?

Paulo: Com você.

Elisa: Comigo? E o que é que eu posso ter para falar com a polícia?

Paulo: Fica calma, só queria algumas informações, nada demais. Podemos conversar?

Elisa: Aqui?

Paulo: Eles irão demorar?

Elisa: Creio que sim.

Paulo: Então pode ser aqui mesmo. Eles nem saberão que eu estive aqui.

Elisa: Entra, por favor.

Paulo: Obrigado.

Elisa: Sente-se.

Paulo senta no sofá da sala e Elisa nervosa com situação...

Elisa: Em que posso ajudá-lo dr. Paulo?

Paulo: Há quanto tempo você trabalha aqui?

Elisa: Oito anos.

Paulo: Então você conhece bem a família?

Elisa: Mais do que eu gostaria.

Paulo: Ótimo! Então me conta o que você sabe sobre eles. Todos os detalhes são importantes, não menospreze nenhuma informação.

Elisa: Olha, eu já ouvi muita coisa aqui nessa casa e eu tenho medo de dizer tudo o que sei.

Paulo: Não vai te acontecer nada, pode ficar tranquila.

Elisa respira fundo e se enche de coragem para começar a contar tudo o que sabe de Nara e Egídio.

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Beto vai até a casa da Terezinha e é recebido por d. Amália.

Amália: Oi Beto, como vai?

Beto: Indo... A senhora me desculpa vir assim, tão cedo, mas eu preciso falar com a Terezinha, posso?

Amália: Não tem problema, a gente acorda cedo aqui. Só um minutinho, vou chamá-la.

Beto fica em pé no meio da sala aguardando.

Terezinha: Oi.

Beto: Oi. A gente pode conversar?

Terezinha: Senta.

Beto: Eu queria saber como você está.

Terezinha: Bem.

Beto: E eu também queria saber se você vai reconsiderar a sua decisão.

Terezinha: Eu ainda não sei... Quando meu pai souber de quem você é filho não vai gostar.

Beto: Se você entender que eu sou diferente deles e que nós podemos ficar juntos independente disso, eu explico isso pro seu Giovani.

Terezinha: Eu vou pensar Beto, desculpa, mas a sua família é responsável pelo fim do meu noivado e pelos atentados contra a minha irmã. É difícil acreditar em qualquer pessoa que pertença à sua família.

Beto: Tudo bem. Eu entendo e lamento muito todo esse mal que a minha mãe, meu avô e até mesmo a minha irmã causaram à vocês.

Terezinha ouve, mas não diz nada.

Beto: Já vou indo. Meu pai voltou, eu queria te apresentar pra ele.

Terezinha: Que bom. - diz sem entusiasmo. - Depois você me apresenta.

Beto: Tá... então tchau.

Terezinha: Tchau.

Beto sai desanimado depois da conversa.

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Rosa acorda procurando o relógio da cabeceira da cama.

Rosa: Claude! Acorda! A gente perdeu a hora...

Claude: A hora do quê? - diz ainda grudado em Rosa.

Rosa: Como assim a hora do quê? A de trabalhar, Claude!

Claude: Ahh, non quero ir. Hoje non! Hoje estamos de folga.

Rosa: (ri) Não senhor, levanta já dessa cama! Os americanos estarão lá no escritório as onze horas.

Claude: Ahh, Rosa! Aquela chata da miss Smith, eu não aguento mais ela.

Rosa: (ri) Para de chorar e levanta.

Claude: Ahhh tá bom, ãhn! Sim senhora! Tenho direito à um bônus pelo menos?

Rosa: Que bônus? Do que você está falando?

Claude: Um banho...

Rosa: Claro, toma o seu banho rapidinho, por favor.

Sem alternativa, Claude segue para o banheiro.

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Uma semana depois...

Batateira vai até o prédio onde estão morando os inquelinos do cortiço entregar os convites do casamento.

Batateira: Pepa! Tudo bem? Sabe se o Afrânio está aí?

Pepa: Não sei, não durmo com ele.

Batateira: Mas que falta de educação, hein! Seu convite...

Pepa: Convite? Convite de quê?

Batateira: Do meu casamento, Pepa! Do que mais poderia ser?

Pepa: Ah tá, a senhora vai casar com o Afrânio, né? Tô sabendo.

Batateira: Exatamente e você está convidada.

Pepa: Olha, muito obrigada d. Catarina pela consideração, mas eu não vou poder ir.

Batateira: Não vai poder ir? E eu posso saber porquê? Se for por causa de roupa, fica tranquila porque será uma cerimônia simples.

Pepa: Simples? Imagino que sim...

Batateira: O casamento é daqui quinze dias. O convite está aqui. Com licença. - Batateira coloca o convite nas mãos da Pepa e segue distribuindo os demais convites para o povo do cortiço.

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Sérgio está em casa arrumando suas malas, quando Joana chega da rua e fica parada na porta da casa observando seu filho.

Sérgio: Oh mãe! Não vi que a senhora estava aí.

Joana: Você vai mesmo morar com ela?

Sérgio: Vou, mas não quero que fique triste comigo e nem que fique pensando que eu vou te abandonar, tá bom?

Joana consente.

Sérgio: Mãe... a Roberta é importante pra mim, a senhora entende?

Joana: Entendo e eu quero te ver muito feliz. Você sabe que se um dia quiser voltar pra casa eu vou estar aqui te esperando.

Sérgio: Eu sei, você é a melhor mãe do mundo.

Joana: Vai ser tão chato ficar aqui nessa casa sozinha.

Sérgio: Mãe, eu venho te visitar, prometo.

Joana: Mesmo depois que ficar famoso?

Sérgio: Mesmo. Eu nunca vou esquecer tudo o que a senhora fez por mim para que eu pudesse realizar meu sonho de ser ator.

Joana: Oh meu filho! - Joana se emociona e abraça o filho.

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Paulo: Semana produtiva essa. Dr. Egídio é acusado de lavagem de dinheiro, homicídio, estelionato, extorsão, falsidade ideológica... uma bela ficha, não acha delegado?

Delegado: Que ficha! Depois de tudo o que você me disse acho que já podemos pedir a prisão preventiva.

Paulo: Sim, podemos.

Delegado: Perfeito!

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Nara: Papai, a Raquel me disse que o Carlos esteve aqui hoje.

Egídio: Finalmente! Então ele voltou?

Nara: Voltou e eu acho melhor nós sumirmos do mapa.

Egídio: Agora nãodá Nara. Temos que ir até o fim.

Nara: Papai, o senhor pode ser preso a qualquer momento.

Egídio: Preso por quê? Eles não tem prova nenhuma de nada.

Nara: Se eu fosse você não teria tanta certeza. Se o Carlos der com a língua nos dentes, nós estamos ferrados.

Egídio: Ele não fazer nada, ele foragido, lembra?

Nara: Ah, não sei papai. Ele já sabe que o Beto não é filho dele.

Egídio: Claro, o Beto já deve ter dito isso pra ele.

Nara: Ele vai querer um DNA.

Egídio: A gente dá um jeito nisso.

Nara: É... comprar um exame não seria nada mal.

Egídio: Já que a gente tá no inferno, vamos abraçar o capeta.

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Frazão: Claude, a construção das casas está de vento em popa.

Claude: Ainda bem, tudo precisa terminar dentro do prazo estabelecido.

Frazão: A Rosa mandou muito bem nas contratações.

Claude: É verdade.

Frazão: Com todo esse dinheiro, dá pra construir mais casas naqueles outros loteamentos de terras.

Claude: Ah sim, já estou vendo isso, quis priorizar a construção das casas do pessoal do cortiço por causa de Rosa. Se você visse como ela ficou feliz quando entreguei a escritura desse terreno pra ela...

Frazão: Imagino, mas ela merece.

Claude: Merece mesmo.

Frazão: Você não acha que deveria casar na igreja logo de uma vez? O que que você acha que está faltando pra você tomar essa decisão?

Claude: Non sei...

Frazão: Não vai me dizer que ainda tem dúvidas...

Claude: Dúvida?

Frazão: Claude, sai de cima do muro! A relação de vocês é mais séria do que você pensa. Tá com medo de casar?

Claude: Olha quem fala! Só porque agora tá noivo da Alabá, me vem com essa!

Frazão: Eu pelo menos tomei uma decisão.

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Carlos e Beto aguardam numa clínica de exames laboratoriais.

Enfermeira: Senhor Carlos Paranho de Vasconcelos?

Carlos: Eu!

Enfermeira: Aqui está o resultado do seu exame.

Carlos abre o envelope enquanto Beto espera ansiosamente pelo resultado.

Beto: E então, pai? O que que está escrito aí?

Carlos lê, olha para o filho e responde.

Carlos: Você tinha razão, eu não sou seu pai.

Beto: Eu sabia!

Carlos: Beto, não deixa isso tomar conta da sua cabeça, você sempre vai ser o meu filho, entendeu?

Beto responde afirmativamente com a cabeça e abraça seu pai.

Carlos: Vamos indo, a gente conversa no caminho.

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Três dias depois...

Paulo vai até a casa de Egídio...

Paulo: Elisa, bom dia!

Elisa:O dr. Egídio está?

Paulo: Posso entrar?

Elisa: Ele está na mesa do café da manhã.

Paulo: Obrigado.

Paulo vai até a mesa falar com Egídio.

Paulo: Dr. Egídio?

Egídio: Pois não?

Paulo: O senhor tem que nos acompanhar. Nós temos um mandado de prisão contra o senhor.

Egídio: O quê?

2 comentários:

  1. Cláudia, tua estória está cada dia melhor! Adoro esse Claude muito mais carinhoso! E o detetive Paulo, muito mais ativo, não é como aquele do TS. É assim que a gente gosta, uns personagens mais normais, menos patetas. Estou adorando! Bjs.

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  2. Claudia, saudades dos teus textos essa semana. Está tudo muito legal... adorando como sempre... Bjos.

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