Claude: Obrigado! – Claude olha com ternura e profunda gratidão para Rosa.
Rosa: Pelo quê?
Claude: Por tudo. Por estar aqui, por ter me ajudado, por ter me aturado... todo esse tempo.
Rosa: Você não precisa me agradecer.
Claude: Preciso... preciso sim. - Claude levanta do sofá... – Espera um pouco, eu já volto.
Rosa: Aonde você vai?
Claude: Só um instante, tenho um presente pra você.
Rosa: Presente para mim?
Claude: É... - grita do andar de cima da casa.
Rosa: Nossa! Tô curiosa.
Claude volta após alguns segundos.
Claude: Pronto!
Rosa: Nossa! O que você tem escondido aí?
Claude estende sua mão e entrega para Rosa um envelope.
Rosa: O que que tem aqui?
Claude: Abra e leia.
Rosa começa a ler os papéis e demora a entender, quando de repente se deu conta...
Rosa: Claude! Eu não acredito! Você é o dono do cortiço?
Claude: Eu não, você.
Rosa fica com olhos marejados e não resiste e se joga nos braços de Claude.
Rosa: Meu Deus! Obrigada! Você não sabe como eu fico feliz com isso.
Claude: Eu sei o que isso significa pra você.
Rosa depois de recuperar o fôlego.
Rosa: Eu também tenho algo pra você, não é um presente, é só uma devolução. – Rosa abre a bolsa e pega sua carteira.
Claude: E o que é:?
Rosa: Seu cheque.
Claude: Meu cheque? Rosa, eu não posso aceitá-lo de volta.
Rosa: Pode.
Claude: Eu não posso! Depois de tudo o que você fez por mim...
Rosa: Eu faria de novo.
Claude: Faria?
Rosa: Faria e de graça.
Claude e Rosa se olham, se aproximam lentamente, suas mãos se encontram e um beijo apaixonado surge sem demora.
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Amanhece...
Paulo: Bom dia! Sou Paulo, investigador da polícia...
Elisa: Pois não, eu acho que eu já vi o senhor por aqui.
Paulo: Os donos da casa estão?
Elisa: Não, todos sairam. Com quem o senhor veio falar?
Paulo: Com você.
Elisa: Comigo? E o que é que eu posso ter para falar com a polícia?
Paulo: Fica calma, só queria algumas informações, nada demais. Podemos conversar?
Elisa: Aqui?
Paulo: Eles irão demorar?
Elisa: Creio que sim.
Paulo: Então pode ser aqui mesmo. Eles nem saberão que eu estive aqui.
Elisa: Entra, por favor.
Paulo: Obrigado.
Elisa: Sente-se.
Paulo senta no sofá da sala e Elisa nervosa com situação...
Elisa: Em que posso ajudá-lo dr. Paulo?
Paulo: Há quanto tempo você trabalha aqui?
Elisa: Oito anos.
Paulo: Então você conhece bem a família?
Elisa: Mais do que eu gostaria.
Paulo: Ótimo! Então me conta o que você sabe sobre eles. Todos os detalhes são importantes, não menospreze nenhuma informação.
Elisa: Olha, eu já ouvi muita coisa aqui nessa casa e eu tenho medo de dizer tudo o que sei.
Paulo: Não vai te acontecer nada, pode ficar tranquila.
Elisa respira fundo e se enche de coragem para começar a contar tudo o que sabe de Nara e Egídio.
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Beto vai até a casa da Terezinha e é recebido por d. Amália.
Amália: Oi Beto, como vai?
Beto: Indo... A senhora me desculpa vir assim, tão cedo, mas eu preciso falar com a Terezinha, posso?
Amália: Não tem problema, a gente acorda cedo aqui. Só um minutinho, vou chamá-la.
Beto fica em pé no meio da sala aguardando.
Terezinha: Oi.
Beto: Oi. A gente pode conversar?
Terezinha: Senta.
Beto: Eu queria saber como você está.
Terezinha: Bem.
Beto: E eu também queria saber se você vai reconsiderar a sua decisão.
Terezinha: Eu ainda não sei... Quando meu pai souber de quem você é filho não vai gostar.
Beto: Se você entender que eu sou diferente deles e que nós podemos ficar juntos independente disso, eu explico isso pro seu Giovani.
Terezinha: Eu vou pensar Beto, desculpa, mas a sua família é responsável pelo fim do meu noivado e pelos atentados contra a minha irmã. É difícil acreditar em qualquer pessoa que pertença à sua família.
Beto: Tudo bem. Eu entendo e lamento muito todo esse mal que a minha mãe, meu avô e até mesmo a minha irmã causaram à vocês.
Terezinha ouve, mas não diz nada.
Beto: Já vou indo. Meu pai voltou, eu queria te apresentar pra ele.
Terezinha: Que bom. - diz sem entusiasmo. - Depois você me apresenta.
Beto: Tá... então tchau.
Terezinha: Tchau.
Beto sai desanimado depois da conversa.
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Rosa acorda procurando o relógio da cabeceira da cama.
Rosa: Claude! Acorda! A gente perdeu a hora...
Claude: A hora do quê? - diz ainda grudado em Rosa.
Rosa: Como assim a hora do quê? A de trabalhar, Claude!
Claude: Ahh, non quero ir. Hoje non! Hoje estamos de folga.
Rosa: (ri) Não senhor, levanta já dessa cama! Os americanos estarão lá no escritório as onze horas.
Claude: Ahh, Rosa! Aquela chata da miss Smith, eu não aguento mais ela.
Rosa: (ri) Para de chorar e levanta.
Claude: Ahhh tá bom, ãhn! Sim senhora! Tenho direito à um bônus pelo menos?
Rosa: Que bônus? Do que você está falando?
Claude: Um banho...
Rosa: Claro, toma o seu banho rapidinho, por favor.
Sem alternativa, Claude segue para o banheiro.
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Uma semana depois...
Batateira vai até o prédio onde estão morando os inquelinos do cortiço entregar os convites do casamento.
Batateira: Pepa! Tudo bem? Sabe se o Afrânio está aí?
Pepa: Não sei, não durmo com ele.
Batateira: Mas que falta de educação, hein! Seu convite...
Pepa: Convite? Convite de quê?
Batateira: Do meu casamento, Pepa! Do que mais poderia ser?
Pepa: Ah tá, a senhora vai casar com o Afrânio, né? Tô sabendo.
Batateira: Exatamente e você está convidada.
Pepa: Olha, muito obrigada d. Catarina pela consideração, mas eu não vou poder ir.
Batateira: Não vai poder ir? E eu posso saber porquê? Se for por causa de roupa, fica tranquila porque será uma cerimônia simples.
Pepa: Simples? Imagino que sim...
Batateira: O casamento é daqui quinze dias. O convite está aqui. Com licença. - Batateira coloca o convite nas mãos da Pepa e segue distribuindo os demais convites para o povo do cortiço.
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Sérgio está em casa arrumando suas malas, quando Joana chega da rua e fica parada na porta da casa observando seu filho.
Sérgio: Oh mãe! Não vi que a senhora estava aí.
Joana: Você vai mesmo morar com ela?
Sérgio: Vou, mas não quero que fique triste comigo e nem que fique pensando que eu vou te abandonar, tá bom?
Joana consente.
Sérgio: Mãe... a Roberta é importante pra mim, a senhora entende?
Joana: Entendo e eu quero te ver muito feliz. Você sabe que se um dia quiser voltar pra casa eu vou estar aqui te esperando.
Sérgio: Eu sei, você é a melhor mãe do mundo.
Joana: Vai ser tão chato ficar aqui nessa casa sozinha.
Sérgio: Mãe, eu venho te visitar, prometo.
Joana: Mesmo depois que ficar famoso?
Sérgio: Mesmo. Eu nunca vou esquecer tudo o que a senhora fez por mim para que eu pudesse realizar meu sonho de ser ator.
Joana: Oh meu filho! - Joana se emociona e abraça o filho.
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Paulo: Semana produtiva essa. Dr. Egídio é acusado de lavagem de dinheiro, homicídio, estelionato, extorsão, falsidade ideológica... uma bela ficha, não acha delegado?
Delegado: Que ficha! Depois de tudo o que você me disse acho que já podemos pedir a prisão preventiva.
Paulo: Sim, podemos.
Delegado: Perfeito!
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Nara: Papai, a Raquel me disse que o Carlos esteve aqui hoje.
Egídio: Finalmente! Então ele voltou?
Nara: Voltou e eu acho melhor nós sumirmos do mapa.
Egídio: Agora nãodá Nara. Temos que ir até o fim.
Nara: Papai, o senhor pode ser preso a qualquer momento.
Egídio: Preso por quê? Eles não tem prova nenhuma de nada.
Nara: Se eu fosse você não teria tanta certeza. Se o Carlos der com a língua nos dentes, nós estamos ferrados.
Egídio: Ele não fazer nada, ele foragido, lembra?
Nara: Ah, não sei papai. Ele já sabe que o Beto não é filho dele.
Egídio: Claro, o Beto já deve ter dito isso pra ele.
Nara: Ele vai querer um DNA.
Egídio: A gente dá um jeito nisso.
Nara: É... comprar um exame não seria nada mal.
Egídio: Já que a gente tá no inferno, vamos abraçar o capeta.
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Frazão: Claude, a construção das casas está de vento em popa.
Claude: Ainda bem, tudo precisa terminar dentro do prazo estabelecido.
Frazão: A Rosa mandou muito bem nas contratações.
Claude: É verdade.
Frazão: Com todo esse dinheiro, dá pra construir mais casas naqueles outros loteamentos de terras.
Claude: Ah sim, já estou vendo isso, quis priorizar a construção das casas do pessoal do cortiço por causa de Rosa. Se você visse como ela ficou feliz quando entreguei a escritura desse terreno pra ela...
Frazão: Imagino, mas ela merece.
Claude: Merece mesmo.
Frazão: Você não acha que deveria casar na igreja logo de uma vez? O que que você acha que está faltando pra você tomar essa decisão?
Claude: Non sei...
Frazão: Não vai me dizer que ainda tem dúvidas...
Claude: Dúvida?
Frazão: Claude, sai de cima do muro! A relação de vocês é mais séria do que você pensa. Tá com medo de casar?
Claude: Olha quem fala! Só porque agora tá noivo da Alabá, me vem com essa!
Frazão: Eu pelo menos tomei uma decisão.
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Carlos e Beto aguardam numa clínica de exames laboratoriais.
Enfermeira: Senhor Carlos Paranho de Vasconcelos?
Carlos: Eu!
Enfermeira: Aqui está o resultado do seu exame.
Carlos abre o envelope enquanto Beto espera ansiosamente pelo resultado.
Beto: E então, pai? O que que está escrito aí?
Carlos lê, olha para o filho e responde.
Carlos: Você tinha razão, eu não sou seu pai.
Beto: Eu sabia!
Carlos: Beto, não deixa isso tomar conta da sua cabeça, você sempre vai ser o meu filho, entendeu?
Beto responde afirmativamente com a cabeça e abraça seu pai.
Carlos: Vamos indo, a gente conversa no caminho.
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Três dias depois...
Paulo vai até a casa de Egídio...
Paulo: Elisa, bom dia!
Elisa:O dr. Egídio está?
Paulo: Posso entrar?
Elisa: Ele está na mesa do café da manhã.
Paulo: Obrigado.
Paulo vai até a mesa falar com Egídio.
Paulo: Dr. Egídio?
Egídio: Pois não?
Paulo: O senhor tem que nos acompanhar. Nós temos um mandado de prisão contra o senhor.
Egídio: O quê?
Cláudia, tua estória está cada dia melhor! Adoro esse Claude muito mais carinhoso! E o detetive Paulo, muito mais ativo, não é como aquele do TS. É assim que a gente gosta, uns personagens mais normais, menos patetas. Estou adorando! Bjs.
ResponderExcluirClaudia, saudades dos teus textos essa semana. Está tudo muito legal... adorando como sempre... Bjos.
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