Egídio vai até o cortiço e fica rondando para ver se encontra Beto. Egídio o vê saindo com Teresinha. Egídio vai embora, pois percebe que não é o melhor momento para falar com Beto. Carlos fica observando Egídio ir embora e decide antecipar a conversa com Beto e permanece aguardando Freitas.
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Claude – Como assim ordem de despejo? Deixa eu ver... olha aqui Frazon...
Oficial de Justiça – O proprietário está pedindo a desocupação do imóvel...
Giovanni – O proprietário? Quem é esse proprietário?
Claude – Pode deixar seu Giovanni que nós vamos ver, non é mesmo Frazon?
Pimpinoni – Vai mesmo Dr. Claude?
Claude – Claro seu Pimpinoni... por que a pergunta?
Pimpinoni – Estou achando essa história muito estranha...
Paulo e Freitas pedem licença, se despedem de todos e vão embora. Eles encontram Carlos que diz que vai ficar por ali mais um pouco.
Chegam Amália e Dádi.
Amália – O que está acontecendo Giovanni? Por que você está com essa cara?
Giovanni conta o que está acontecendo e Claude puxa Frazão para um canto.
Claude sussurra – Como é que eu vou explicar isso? Se a Rosa ficar sabendo...
Frazão – Vou ter que ver esse pedido... enrola...
Claude – Cada vez mais as coisas se complicam... parece que estou andando para o lado contrário...
Frazão – Seu Giovanni, o senhor tem que assinar... agora, é só o que pode ser feito...
Giovanni assina e Frazão agradece ao oficial e o dispensa.
Dádi – Nós estamos sendo despejados? Pelo menos temos o apartamento do senhor...
Claude – É o que parece Dádi... mas isso non vai acontecer. Frazon vai tratar disso para nós...
Frazão – Vou ver o que é possível fazer, mas não deve ser difícil de reverter essa situação... pode deixar comigo...
Giovanni – Como assim reveter... Amália, nós vamos ter que sair daqui, em sessenta dias...
Claude – Seu Giovanni, nada disso vai acontecer eu lhe garanto... fique tranqüilo.
Giovanni – O senhor não pode garantir isso...
Pimpinoni – Eu também acho que o senhor não pode garantir isso...
Frazão – Pode sim, seu Pimpinoni... eu vou indo para agilizar isso aqui, depois tratamos do resto. Isso é prioridade...
Claude – Vai Frazon... por favor isso está na frente de tudo e me mantém informado...
Frazão – Pode deixar... Boa tarde a todos.
Pimpinoni – Eu vou com o senhor... boa tarde.
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Pimpinoni – O senhor vai mesmo procurar resolver essa situação?
Frazão – Qual o motivo da sua desconfiança...
Pimpinoni – Algo que a Serafina falou...
Frazão – Como assim...
Pimpinoni – Ela disse que, quando se trata de negócios, Dr. Claude, é implacável... não tem limites...
Frazão – Seu Pimpinoni, o senhor está convivendo com o Claude há bastante tempo, acho que já deu para perceber alguma coisa...
Pimpinoni – Eu achava, assim como a Serafina, que sim, que ele era uma pessoa boa, mas agora, depois disso... estou começando a acreditar que ela tem a sua parcela de razão...
Frazão – A Rosa é uma pessoa maravilhosa e quase sempre acerta, mas nesse caso, não!
Pimpinoni – Seu Frazão, então, como o senhor explica essa ordem de despejo... porque eu sei quem é o dono do cortiço...
Frazão – Eu sei Seu Pimpinoni, eu sei... e é isso que eu vou ver... eu sou advogado de Claude eu e o Freitas e não sabíamos de nada...
Pimpinoni – Doutor Freitas também não sabe de nada? Eu não o achei com uma expressão surpresa...
Frazão – O senhor acha...
Pimpinoni – Hum... hum...
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Sérgio – Mãe! Será que a gente pode conversar agora?
Joana – Sérgio, meu filho, a mamãe ainda está impactada por ter re-encontrado a Roberta.
Sérgio – Mas afinal o que aconteceu entre vocês?
Joana – O que a Roberta te falou?
Sérgio – Disse que era para conversar com a Senhora...
Joana – Sérgio, não aconteceu nada demais... o fato de eu revê-la me fez refletir como teria sido a minha vida, se eu não tivesse desistido da carreira...
Sérgio – A senhora se arrependeu das suas decisões...
Joana – Claro que não... eu faria tudo de novo... e não há dinheiro e glamour que paguem... tudo que eu vivi e ter um filho como você... mas vamos deixar essa conversa para outro momento... você não tem que passar o texto para o ensaio de amanhã?
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Amália – Quando a Serafina ligar, eu vou contar para ela do despejo...
Claude se desespera – D. Amália, non conta... para que deixar Serafina preocupada, se tudo pode se resolver...
Amália – Não sei não... Dr. Claude. Acho melhor a Serafina acompanhar essa história...
Claude – D. Amália, eu estou lhe pedindo... non conta, mas se tiver que contar mesmo, deixa que eu conto, deixa eu falar com a Serafina, por favor...
Giovanni – Por que o senhor é que quer contar para Serafina? Esse problema é nosso, da nossa família...
Claude – Eu sou da família Seu Giovanni... sou o marido da sua filha e eu que quero contar...
Giovanni – A casa é minha, a filha é minha....
Claude – A esposa é minha...
Amália – Calma... os dois... vamos escutar os motivos que Dr. Claude tem para querer que Rosa não saiba do despejo...
Claude – D. Amália, Serafina está longe, a senhora sabe como ela fica preocupada, se nós contarmos com ela longe assim, ela vai sofrer por non poder fazer nada... e se eu contar eu posso tranquilizá-la ... é por isso... ela sabe que eu posso resolver...
Giovanni – Por agora nós não vamos preocupar a Serafina... até o Dr. Frazão nos dizer alguma coisa...
Claude pensa que pelo menos ganhou um pouco de tempo.
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Beto deixa Teresinha em casa e sai para o pátio e é abordado por Carlos.
Carlos – Beto, tudo bem?
Beto – Tudo... pai?
Carlos – Filho, que saudade...
Os dois se abraçam. E Beto conta do encontro com Raquel das suas preocupações e faz um resumo de tudo que sabe.
Beto – ... e então é isso ... mais ou menos o que nós conversamos por telefone...
Carlos – Você continua morando aqui?
Beto – Estou namorando a Teresinha...
Carlos – A irmã da esposa do Claude?
Beto – Isso mesmo... e por falar em Claude... devo marcar o encontro com ele?
Carlos – Ainda não... hoje, quando eu estava te esperando, vi o seu avô rondando por aqui... cuidado... quero que você fique alerta... e eu quero encontrar a sua irmã e ouvir dela algumas coisas...
Beto – Pai, nós temos que confirmar se eu sou ou não seu filho...
Carlos – Eu sei que eu não estive presente na sua vida, mas pra mim você vai ser sempre meu filho, independente de exames... vamos fazer... mas eu tenho um amor de pai por você... (os dois se abraçam)
Beto – Eu vou marcar com a Raquel no bar, que nós sempre vamos, e vou pedir para ela ter cuidado quando for encontrar contigo. E o Claude?
Carlos – Eu preciso de alguns documentos que ainda não tenho para poder conversar com o Claude...
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Claude fica trabalhando sozinho na sala da casa dos Petroni quando de repente ele deixa cair uma folha de papel no chão e se lembra de um dia no escritório...
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Rosa, sempre muito atrapalhada, bate em Claude e deixa os papéis caírem no chão. Os dois se abaixam e começam a juntar ao mesmo tempo as folhas e suas cabeças batem. Os dois fazem caretas e passam a mão na testa se olham e riem e começam a juntar os papéis e suas mãos se tocam e eles param de rir e trocam um longo olhar. Janete bate a porta e entra os dois levantam rapidamente e olham para ela.
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Ele junta a folha e volta a trabalhar, mas é invadido pelas lembranças da noite que mentiu para Rosa.
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Claude entra no quarto e Rosa já está deitada.
Claude – Você já está dormindo?
Rosa permanece em silêncio. Claude vai até o banheiro toma banho, para tirar o perfume de Nara, coloca a calça de seu pijama e a sua regata branca, volta para o quarto e deita ao lado de Rosa de costas e coloca as mãos atrás da nuca e suspira.
Claude – Rosa?
Claude vira para o lado de Rosa e murmura no seu ouvido – Está dormindo?
Silêncio. Claude fica escutando a respiração de Rosa.
Claude – Eu sei que você está acordada, você non respira assim quando está dormindo... sua respiraçon está irregular...
Rosa suspira e vira de costas e encara Claude que está inclinado para o seu lado. Olhos nos olhos.
Rosa – Mesmo que eu estivesse dormindo... você fez tanto barulho desde que entrou que eu acordaria mesmo que estivesse no décimo sono...
Claude – Eu non sou barulhento... eu precisava trocar de roupa e fiz tudo em silêncio... mas eu preciso falar contigo...
Rosa – Claude, hoje, sinceramente, eu não estou com vontade de conversar. Preciso pensar... pensar em quando tudo isso acabar... como é que as coisas vão ficar. Tenho que pensar na minha família e na minha vida... então, essa não é a melhor hora para termos essa conversa...
Claude – Rosa, eu sei que você está magoada comigo e isso foi o que eu sempre procurei evitar. Eu non quero te magoar... no quero que você fique magoada comigo... de verdade... eu quero muito o seu bem...
Rosa – Claude, a base de qualquer relacionamento é a confiança... e eu sei que você sabe como é isso, eu vejo a confiança que você tem na Nara... então você entende...
Claude – Non é o que você está pensando...
Rosa – Não. É o que eu estou vendo há meses, mas me deixa continuar. Hoje, eu fiquei magoada, porque ficou claro para mim que não há confiança entre nós. Qual a necessidade de mentir e de enganar que havia hoje? Nós não temos um relacionamento de marido e mulher... nossa relação e o até o fato de estarmos dividindo esta cama, esta casa é circunstancial...
Claude – Mas nós temos um relacionamento...
Rosa – Apenas comercial... isso ficou muito claro pra mim hoje, porém sem confiança e, se continuar assim, daqui a pouco até sem respeito...
Claude – Eu tenho confiança em ti, sim, e eu te respeito...
Rosa – Isto é o que você fala, mas não é o que você pratica... as suas atitudes são diferentes...
Claude – Rosa, eu tenho medo que a Nara faça um escândalo com esses americanos...
Rosa – Não ficou muito pior do jeito que as coisas aconteceram... eu fiquei boiando... não sabia o que dizer para os americanos... agora vai ter o encontro de Nara com Mrs. Smith, você acha que a Nara vai livrar a nossa cara? Ela quer ver o circo pegar fogo, apesar de você não acreditar e eu espero que, quando você enxergue, não seja tarde demais... Nós vamos passar a maior vergonha na frente dos americanos, vamos ficar desmoralizados...
Claude – Deixa eu explicar...
Rosa – Guarde as suas explicações para você ou para a Nara... para mim elas não são mais necessárias...
Claude – Serafina, non faz isso...
Rosa – Mas eu não estou fazendo nada... não fui eu que fiz...
Claude – Eu já percebi que você non vai me escutar mesmo... você está surda para este assunto..
Rosa – Eu escuto muito bem e enxergo também, quem talvez esteja precisando de um médico é você para ver como anda a sua visão, sua audição. Existe especialista para verificar a capacidade de compreensão daquilo que a pessoa vê e escuta, mas não compreende?
Claude – Hoje está difícil, hein?
Rosa – Eu falei que nós nem precisávamos conversar... você não me deve explicação nenhuma... mesmo... eu estou preocupada agora com a consulta ao médico de Mrs. Smith... o que nós vamos fazer?
Claude suspira – Isso a gente resolve amanhã... vamos resolver americanos, Nara e o resto tudo, mas amanhã... está zangada comigo, porque eu menti?
Rosa – Zangada? Não.
Claude – Que bom! Enton, por que está com essa cara?
Rosa – Nossa depois de tudo que eu falei ... você me vem com essa pergunta...
Claude – Non quero que você durma chateada comigo... senon amanhã você acorda mais chateada ainda e mal-humorada...
Rosa – Quem falando de mau-humor... a pessoa mais mal-humorada que eu conheço... de manhã você é azedo...
Claude – Eu non sou mal-humorado, nem sou azedo... mas non sou mesmo...
Rosa ri – É, você está precisando ir ao médico mesmo...
Claude se aproxima mais de Rosa.
Claude – Você está rindo de quê?
Rosa – De você! Nossa! Não dá para falar contigo, quando você acorda, só depois do café...
Claude – É... non é assim non... vai tirar onda com a minha cara agora... vingancinha?
Rosa – Claude, tudo bem... eu estou cansada, minha cabeça está fervendo com toda essa história... vamos dormir... boa noite!
Rosa fica de costas para Claude.
Claude se aproxima.
Claude – Está magoada comigo?
Rosa suspira e vira para o lado dele – Não vai me deixar dormir... já percebi...
Claude – Vou... quando você disser que non está magoada e nem triste e ...
Rosa – Ok... eu não estou magoada, já passou, já entendi... vamos dormir...
Claude – Enton prova...
Rosa – Provar...
Claude – Deixa eu dormir segurando a sua mão ... deixa?
Rosa – Vou acordar com dor no braço...
Claude – Vai nada... deixa...
Rosa – Se eu deixar, promete que vamos dormir, só dormir? Que vai me deixar dormir?
Claude sorri – Prometo.
Rosa – Tá bom...
Claude pega na mão de Rosa e sorri.
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Claude volta ao presente quando o telefone toca e D. Amália atende.
Rosa – Oi mãe? Como vão todos aí?
Amália – Bem, estamos todos bem...
Rosa – O pai está bem? Ainda está muito zangado?
Amália – Bem... Não...
Claude, que está analisando uns documentos, começa a prestar atenção na conversa.
Rosa – Por que está falando assim, mãe?
Amália – É ...
Rosa – O Claude está aí?
Amália – É...
Claude levanta e vai se aproximando de Amália.
Rosa – Está muito perto?
Amália olhando para Claude – Sim...
Claude – É a Rosa?
Vc vai deixar ele falar com a Rosa, né??? Ai ai ai ai ai... quero só ver no que vi dar isso.
ResponderExcluirMari, a coisa está ficando boa e se encaminhando para o fim, certo? Parabéns.
ResponderExcluirQuero só ver essa conversa.... Hahahah
ResponderExcluirBjusss
Muito legal!!! Dez mil vezes melhor do a versão qua tá passando no sbt!!! Todas as versões estão muito melhor!!! Pelo menos dá pra acalmar da raiva que eu tô sentindo do Claude, nossa que cara ótario, tadinha da Rosa!! Beijoss
ResponderExcluirMariana, estou muito curiosa, será que vão conversar? Mas Claude merece sofrer mais um pouquinho! Bela versão!Parabéns! Bjs.
ResponderExcluirMeu Deus Mariana!! O Claude tá aguado de vontade de falar com a Rosa!!! Você vai fazer ele sofrer mais um pouquinho, não vai? Eita, isto que é EMOÇÃO...Mal posso esperar para saber como continua... bjs Valdeci
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