sexta-feira, 6 de agosto de 2010

UMA ROSA COM AMOR - VERSÃO PAULISTANA - PARTE 28 - AUTORA: CLÁUDIA G

Claude já está na sala observando Dádi recepcionar o investigador.

Dádi: Entre, por favor, dr. Paulo.

Paulo: Dádi, você pode me chamar de Paulo.

Dádi: Paulo, é? Tá bom...Paulo – Dádi fica encantada com a gentileza do investigador e pensa: “Ai meu Deus! Paulo, Paulão!”.

Paulo: Dr. Claude me desculpa o horário, mas eu recebi um telefonema da Rosa e vim tão logo recebi o recado. Ela está?

Claude: Rosa te ligou, é? Só um minuto. - Claude vai chamar Rosa.

Dádi: Não quer sentar Paulo?

Paulo: Obrigado Dádi.

Dádi pensa: “Ahh lá em casa!”

Na mesa do café...

Claude: Você ligou para o investigador?

Rosa: Liguei.

Claude: E porque não me falou?

Rosa: Porque esqueci.

Miss Smith: Algum problema?

Claude: Non, non, non...nenhum.

Rosa se levanta e vai para a sala. Claude faz menção de ir junto, mas Rosa o impede.

Rosa: Não vai deixá-los sozinhos na mesa do café, vai?

Claude: Non. - diz contrariado. - Peça para Dádi vir aqui, por favor.

Rosa já na sala...

Rosa: Paulo, como vai? Obrigada por ter vindo. - Rosa vira-se para Dádi. - Dádi, o Claude está te chamando.

Dádi: O que ele quer? Deixei tudo lá na mesa.

Rosa: Não sei, pode ir ver com ele, por favor?

Dádi vai até o patrão.

Dádi: Pois não, dr. Claude?

Claude: Volta lá pra sala e non me tira o olho de Rosa e do investigador, entendeu? - diz discretamente para os americanos não ouvirem.

Dádi: Do investigador eu não tiro mesmo, pode contar comigo.

Claude: Enton, vai!

Dádi volta pra sala.

Rosa: Dádi, por favor, traga um café pro Paulo.

Dádi: Sim senhora, só um minutinho.

Dádi volta para a cozinha. Os americanos se distraem conversando entre eles.

Claude: O que que você veio fazer aqui? É pra ficar lá.

Dádi: D. Rosa pediu café. - diz entre os dentes.

Claude: Toma! Agora vai! - diz colocando sua xícara de café na bandeja.

Dádi faz cara de nojo.

Dádi: Credo dr. Claude, que nojo!

Claude: Acabei de servir, leva, leva e não me saia mais de lá!

Dádi volta para sala com a bandeja e a xícara de café que não era a apropriada para servir visitas, Rosa observa e estranha.

Rosa: Dádi, o que houve, nossas xícaras de café quebraram, não temos mais nenhuma?

Dádi: Dr. Claude que serviu.

Rosa não entende, mas resolve não dar importância.

Rosa: Não repara, por favor.

Paulo: Imagina, de forma alguma.

Rosa olha para Dádi que está parada no meio da sala olhando para o investigador, mas percebe que Dádi está distraída o bastante para dizer qualquer coisa.

Rosa: Então Paulo, como eu estava dizendo o Beto filho da Nara, está morando no mesmo cortiço que eu morava antes de me casar. Acho que ele pode nos ajudar.

Paulo: Rosa, excelente! Muito obrigado por avisar.

Rosa: Fiz a minha obrigação, eu quero ver aqueles dois atrás das grades. Eles são criminosos e eu vou fazer o possível e o impossível para juntar todas as provas possíveis.

Paulo: Vou até lá agora. Poderia vir comigo? Sua presença seria importante, já que já o conhece.

Rosa: Claro. Só um minuto, preciso avisar o Claude e também estou com visitas em casa.

Paulo: Eu aguardo.

Rosa vai até a mesa do café da manhã.

Rosa: Miss Smith, Mrs. Smith me perdoem, mas surgiu um compromisso de última hora e vou ter que sair, Claude vai fazer companhia pra vocês.

Claude olha espantado para Rosa.

Claude: Aonde você vai? - diz sorrindo amarelo para esposa.

Rosa: Vou ao cortiço com Paulo falar com Beto.

Claude: Beto? Beto está no cortiço? Como ele foi parar lá?

Rosa: Amor, te conto tudo depois, agora não dá, estou com pressa. Beijinho. - Rosa beija o marido e se despede dos americanos. - Os senhores me desculpem, mas é realmente importante, fiquem à vontade, por favor.

Miss Smith: Rosa, não se preocupe. Já estamos de saída também, temos que providenciar os consertos lá em casa.

Rosa: Se precisarem estamos à disposição. Não é amor?

Claude: Claro, a disposiçon.

Rosa sai com o investigador e Claude fica na mesa do café com os americanos.

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O celular de Beto toca.

Beto: Alô

Carlos: Filho sou eu, seu pai.

Beto: Pai! Que bom que ligou.

Carlos: Escuta, estou no Brasil e quero me encontrar com você. Tem algum lugar que a gente possa conversar?

Beto: Tem pai, a minha casa.

Carlos: Sua casa? Tá morando sozinho, Beto?

Beto: Estou pai, vou te dar o endereço, anota aí. Depois te conto tudo com calma.

Carlos: Pode falar.

Beto dá o endereço do cortiço para o pai.

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Frazão está no escritório quando Claude chega.

Frazão: Bom dia!

Claude: Bom dia.

Frazão: Ultimamente você tem vindo trabalhar com uma cara, hein!?

Claude: Também, quer o quê? Sabe quem dormiu em casa?

Frazão: Seu Giovani?

Claude: Só tá faltando essa mesmo.

Frazão: Não faço idéia...

Claude: Os americanos.

Frazão: O quê? Tá de brincadeira?

Claude: Non! Tô com cara de quem está brincando? E pra completar aquele investigadorzinho apareceu lá em casa agora de manhã e ainda saiu com a minha mulher.

Frazão: Como assim, saiu com a sua mulher?

Claude: Rosa disse que do Beto está morando no cortiço e ligou pro investigador pra contar isso, aí ele foi lá em casa e chamou Rosa para ir junto com ele conversar com o Beto.

Frazão: O Beto morando no cortiço? Inacreditável!

Claude: Pois é. Depois Rosa vai contar essa estória aí.

Frazão: Tá, mas me conta antes essa estória dos americanos terem ido dormir na sua casa.

Claude conta pra Frazão a estória dos americanos.

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Batateira: Eu queria aproveitar que vocês três estão em casa para anunciar o meu casamento.

Cleide: Você vai se casar? – diz chocada.

Batateira: Vou.

Milton: Mamãe, o Oscar acabou de morrer.

Batateira: Milton meu filho, sou jovem ainda e posso ser feliz, não?

Antoninho: Mamãe, quem foi o escolhido?

Batateira: Afrânio.

Cleide não se contém e ri da situação.

Batateira: Tá rindo de quê?

Cleide: Rindo de você, de quem mais poderia ser? Perdeu totalmente o senso do ridículo.

Milton: Mamãe, mas porque o seu Afrânio??

Antoninho: É mamãe, por que?

Batateira: Porque ele é um bom homem.

Cleide: Um bom homem com seguro de vida?

Batateira: Me respeita menina! Nem sei se ele tem seguro. – mentiu.

Antoninho: É por amor mesmo, então?

Cleide olha para Antoninho pensando que não poderia haver pergunta mais idiota do que aquela que ele acabava de fazer.

Cleide: Bom, sinto muito pelo seu Afrânio.

Batateira: Deixa de ser idiota Cleide!

Milton: Eu realmente estou chocado.

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No cortiço Rosa chega com Paulo e procura por Beto que está sentado na porta da sua casa.

Rosa: Beto?

Beto: Rosa, oi!

Rosa: Eu queria te apresentar o Paulo, ele é investigador da polícia.

Beto: Polícia?

Paulo: É... não precisa se preocupar. Muito prazer. Na verdade eu só queria fazer algumas perguntas. Nós podemos conversar?

Beto: Claro, vamos entrar.

Paulo: Beto, eu queria que você me contasse um pouco sobre a sua família.

Beto: Eu sempre tive uma relação complicada com a minha mãe e com o meu avô. Eles diziam que eu era rebelde e me colocaram num colégio interno quando eu era criança, nem iam me visitar.

Paulo: E o seu pai?

Beto: Meu pai foi embora do país depois que a minha mãe aplicou um golpe nele. Ele ficou totalmente falido.

Paulo: Sei... mas você fala com o seu pai, vocês se lembra dele?

Beto: Não me lembro, mas nós nos falamos sim.

Paulo: E onde está seu pai agora?

Carlos: Aqui! – diz Carlos que já estava ouvindo a conversa do lado de fora da casa...

4 comentários:

  1. Cláudia, a primeira parte está EXCELENTE, tão boa, q por mim, só esse diálogo já valeria por hj.

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  2. Claudia, adoro o desenrolar e o tom da trama que adotas... parabéns... eu sempre fico com gostinho de quero mais...

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  3. Cláudia, adorei o Claude com ciúme, dando o café dele pra andar mais rápido! E a Dádi já pensando em chamar o homem de Paulão. Muito engraçado! Morri de rir! Está gostoso de ler!bjs.

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  4. Meninas, que bom que estão gostando. Está chegando ao fim. beijo, beijo e beijo!

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