Depois de muito perambular pelas ruas de São Paulo com o seu vestido de cetim de uma única alça e seu tamanco com salto de acrílico. Um jovem rapaz a encontra sentada no sofá num banco de praça.
Jovem: A senhora está bem?
Nara: Estou. Quem é você?
Jovem: Não sou ninguém. Moro na rua, não tenho documentos.
Nara: Mas você não tem um nome?
Jovem: Não sei cresci na rua, sem mãe, sem pai e sem irmãos. E a senhora? Tem nome?
Nara: Nara.
Jovem: Está com fome?
Nara: Estou.
Jovem: Eu estou indo almoçar. Quer vir junto? É bem simples...
Nara: Não posso, não tenho dinheiro.
Jovem: É baratinho, eu posso pagar.
Nara: O que que você faz da vida?
Jovem: Malabarista de farol.
Nara: Nossa! Eu tinha uma raiva quando parava um desses na frente do meu carro. E agora dependo de um pra comer.
Jovem: Eu ganho um dinheirinho fazendo isso, Como eu sempre morei na rua e nunca tive documentos, comecei a fazer malabares. Depois posso te ensinar.
Nara: Onde fica esse restaurante? Eu estou com fome.
Jovem: Vem comigo.
Nara e o jovem rapaz almoçaram, Nara contou algumas coisas sobre ela, mas omitu muitos fatos.
Jovem: A senhora tem algum lugar pra ficar?
Nara: Não. Tenho passado meus dias dormindo cada dia num lugar diferente.
Jovem: Eu acho que eu posso te ajudar a achar um lugar para ficar.
Nara: Costuma ajudar as pessoas que você não conhece?
Jovem: Costumo, penso sempre que eu gostaria que fizessem o mesmo por mim, mas não tive essa sorte ainda.
Nara: Carlos.
Jovem: O quê?
Nara: É... vou te chamar de Carlos, pode ser?
Jovem: Carlos... taí gostei! Pode ser.
Nara: E não me chama de senhora.
Depois do almoço Nara e o jovem voltam para a praça, Nara chegou até a desconstrair tentando aprender malabares com o rapaz.
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Dia do casamento do Afrânio e da Pepa. Batateira, vestida com traje branco e apropriado para sua idade, é conduzida ao altar pelo seu filho Antoninho.
Padre: Estamos aqui esta noite para celebrar a união de Catarina e Afrânio...
Cleide: Que mico esse casamento. - Cleide cochicha no ouvido de Milton.
Milton: Só de pensar que eu não casei com a Terezinha e agora tenho que aguentar morar na mesma casa que a mamãe e o seu Afrânio, credo!
Cleide: Reparou que não veio ninguém do cortiço?
Milton: A Terezinha e a família não iam vir mesmo.
Cleide: E o não redondo que a mamãe recebeu do dr. Claude, quando o convidou para padrinho?
Milton: Que vergonha! A sorte da mamãe é que tem a família dos ex-maridos pra encher a festa.
Padre: Se alguém tiver algo contra esse casamento, fale agora ou cale-se para sempre.
Pepa: EU TENHO, SEU PADRE! - Falou em alto e bom som para que todos ouvissem.
Os convidados se voltam para Pepa com supresa estampada em seus rostos.
Afrânio: Pepa!
Batateira: Desgraçada!
Pepa: Afrânio, você não pode se casar com ela.
Afrânio: Por que Pepa?
Pepa: Ela quer o dinheiro do seu seguro, nada mais, ela não te ama!
Afrânio: É verdade isso, Catarina?
Batateira: Claro que não! Eu te amo.
Afrânio: Tá vendo, Pepa?
Pepa: Ama mesmo Batateira? Ele te contou que a beneficiada no seguro dele é a Serafina Rosa?
Batateira: O quê??? Afrânio, isso é verdade?
Afrânio: Não... quer dizer... é!
Batateira: Seu traidor!
Pepa: Afrânio, vamos embora! Viu o que eu falei? Ela quer o seu dinheiro do seguro, nada mais. - Pepa puxa Afrânio pelo braço.
Batateira: Afrânio, espera! - diz puxando Afrânio pelo outro braço. - Você não vai me fazer passar essa vergonha, vai?
Afrânio: Foi um erro, Catarina! Eu preciso ir. - Afrânio e Pepa saem correndo da igreja. Catarina pragueja sentada no altar e sendo observada pelos convidados.
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Afrânio: Pepa! Tá maluca? Por que você fez isso?
Pepa: Você gostou?
Afrânio: Ah... gostei... mas você é doida!
Pepa: Por você! Afrânio, você quer casar comigo?
Afrânio: Ca...casar?
Pepa: É minha minhoquinha! Eu te amo!
Afrânio: Ai Pepa!!! Nunca imaginei... quer dizer imaginei... aliás tô imaginando...
Pepa: Ai Afrânio!
Afrânio: Vem cá Pepa! - diz puxando-a pela cintura.
Pepa e Afrânio se beijam no meio da rua.
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Na delegacia...
Paulo: O quê? Como fugiu?
Delegado: Fugindo!
Paulo: Isso tem que ter uma explicação!
Delegado: Foi o carcereiro, tenho certeza, ele facilitou pro cara.
Paulo: E onde tá o carcereiro?
Delegado: Sumiu.
O telefone toca na mesa do delegado.
Delegado: Alô! Como é que é? - o delegado ouve uma pessoa do outro lado da linha entregando a forma de fuga de Egídio. - Campo de Marte? Sei... alô! Alô! Droga desligou. Ligação anônima. Vamos, te conto no caminho.
Paulo e o delegado saem correndo em direção ao aeroporto do Campo de Marte.
No carro, dirigindo em alta velocidade, eles conversam.
Delegado: Tem um jatinho esperando por ele no aeroporto, a pessoa falou que ele estaria lá as quatro horas.
Paulo: Então corre! Por que a gente tem vinte minutos pra atravessar a cidade.
Delgado: Liga a sirene! E aproveita fala com a central pra enviarem viaturas pra lá e peçam para fazerem contato com o aeroporto e impedirem a decolagem de qualquer vôo particular, aliás, qualquer vôo. Manda também os caras entrarem em contato com os outros aeroportos. Esse cara não pode fugir.
Paulo liga a sirene e já toma todas as precauções necessárias para impedir a fuga de Egídio do país.
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Frazão: Rosa, o Claude quer falar com você.
Rosa: Tá e cadê o Claude?
Frazão: Lá no heliponto.
Rosa: No heliponto? Ele vai viajar?
Frazão: Pois é, coisa de última hora...
Rosa: Tá, tô indo lá então.
Rosa sobe e Frazão discretamente vai atrás, afinal, ele também estava curioso. Quando Rosa chega o helicóptero já está a uma certa altura e petálas e mais pétalas de rosas vermelhas começam a cair como uma forte tempestade, Rosa fica olhando atônita para aquilo e totalmente emocionada.
Rosa: Que isso?
Frazão observa a cena e pensa: “Meu Deus! Não acredito!”
Claude surge por detrás de Rosa.
Claude: É minha demonstração de amor por você.
Rosa se vira e encontra Claude sorrindo para ela.
Rosa: Claude!
Claude: Eu te amo.
Rosa: Eu também.
Claude envolve Rosa em seus braços e a beija. Frazão sai de fininho.
Claude: Quer casar comigo? Digo... na Igreja da Achiropita?
Rosa: (ri) Quero, claro que eu quero.
Claude e Rosa se beijam novamente de forma apaixonada.
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Cláudia, que romântica essa cena, chuva de pétalas de rosa! O frances não é mais o mesmo! Lindo! E adorei também, Pepa agindo, pra defender o que é dela! Nara está terminando, como a gente gostaria, talvez até dê ainda pra se regenerar, quanto a Egídio...Parabéns pela criatividade! Bjs.
ResponderExcluirSimplesmente MARAVILHOOSOOO! Que linda declaração de amor, chuvas de pétalas... Aih! Que romântico.
ResponderExcluirNão posso deixar de comentar o casamento Kkkk,imaginei a cara da Batateira... Kkkk
Amei td.
Claudia!!! to lendo so agora!!!
ResponderExcluirperfeito!!! esse final ja tava bom pra novela do sbt... tem mais??? mon dieu!!
menina, quase morri de rir do vestido de cetim da nara e ela fazendo amizade com o malabarista.. bem original.. e o vestido branco da catarina!! hahaahha parabens!! sempre!!!
Claudinha, só hoje pude ler a versão que está maravilhosa, de onde vem essa inspiração?!!!!
ResponderExcluirNão tenho como destacar nenhum ponto, pois todos estão ótimos. Nota 1000!!!!