quarta-feira, 11 de agosto de 2010

UMA ROSA COM AMOR - VERSÃO PAULISTANA - PARTE 31 - AUTORA: CLÁUDIA G

Rosa está na sala lendo alguns documentos quando chega Janete.

Janete: Rosa, estão aqui os papéis.

Rosa: Ele assinou?

Janete: Claro, falei pra você que ele nem olha pra essas cartas.

Rosa: Ótimo! Me faz um favor? Chama o nosso mensageiro, preciso falar com ele.

Janete: Quer alguma coisa? Posso providenciar...

Rosa: Obrigada Janete, às vezes sinto falta de fazer o meu serviço de secretária... Peça só pra ele vir até aqui.

Janete: Você é quem sabe, mas não precisa fazer isso...

Rosa: Vai lá, não se preocupa.

Janete sai da sala e analisa o documento assinado por Egídio. “Perfeito! Não imaginei que fosse ser tão fácil”. Batem na porta.

Rosa: Oi, tudo bem? Me faz um favor, preciso que você vá ao cartório que tem aqui na rua e faça o reconhecimento de firma da assinatura do dr. Egídio aqui e depois vá ao outro cartório, o de títulos e documento, aquele da 15 de Novembro, sabe? E faça o registro desse instrumento. Quando voltar devolva isso nas minhas mãos, ok? Não entrega pra ninguém.

Mensageiro: Claro, d. Rosa, pode deixar.

Rosa: Obrigada! Agora corra antes que o cartório feche.

Claude chega na sala e cruza com o mensageiro saindo.

Claude: Oi, tudo bem?

Mensageiro: Tudo bem, dr. Claude.

Rosa: E aí, Claude?

Claude: Tudo bem... já pensou num lugar pro pessoal do cortiço morar? Nós precisamos demolir aquilo pra construir as casas.

Rosa: Você conseguiu descobrir quem comprou o cortiço?

Claude: Consegui.

Rosa: E quem foi?

Claude: O dono de uma construtora.

Rosa: O dono de uma construtora? Que coincidência. E você o conhece?

Claude: Sim, é da concorrência.

Rosa: Claude, mas como você quer construir num terreno que não é seu?

Claude: Você cismou com isso, já disse que vou resolver. Você só precisa pensar onde aquele pessoal vai ficar durante a construção.

Rosa: Tá bom, vou ver isso. Quanto tempo eu tenho?

Claude: Uma semana.

Rosa: Uma semana? Claude, é muito pouco... Tem dez famílias no cortiço.

Claude: Você consegue, tenho certeza.

Rosa: Tá bom, vou ver o que consigo fazer.

Claude: Agora, vamos mudar de assunto... - diz se aproximando de Rosa.

Rosa: Ihhh, que foi?

Claude: Tá zangada comigo ainda?

Rosa: Não.

Claude se aproxima ainda mais.

Claude: Então está tudo bem?

Rosa: Está.

Claude: Mesmo?

Rosa: Mesmo.

Claude e Rosa trocam um olhar lânguido, Claude acaricia os cabelos e na hora do beijo...

Frazão: Opa! Desculpa aí... já estou de saída. - Frazão sai da sala com a mesma pressa com que entrou.

Claude e Rosa riem da situação, mas dessa vez não perdem o clima e se beijam.

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Dona Amália está de saída para o cortiço.

Amália: Dádi, vou até o cortiço, volto pro jantar. Vou ver meu Giovani e as minhas crianças.

Dádi: Tá bom d. Amália.

Amália: Qual é o cardápio do jantar? A polentinha do almoço estava deliciosa.

Dádi: Frango assado com salada verde e arroz.

Amália: Ai que delícia, adoro frango. Bom, vou indo porque senão fica tarde.

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Na delegacia...

Paulo: Nós temos um grande um grande volume de informação sobre esse caso. O mais estranho de tudo isso é a origem desse dr. Egídio, que na verdade é Olegário.

Delegado: De onde ele é?

Paulo: Pacatuba, conhece?

Delegado: Não! Em que estado fica essa cidade?

Paulo: Ceará. Preciso ir pra lá urgente delegado.

Delegado: Tá certo, fala com o pessoal do apoio, eles vão providenciar tudo pra você.

Paulo: O Beto, neto do dr. Egídio, disse que o avô esteve recentemente na cidade, mas que não foi muito claro sobre o que foi fazer lá. Sabe quem também é dessa cidade?

Delegado: O tal Zequias?

Paulo: Exatamente!

O telefone toca na mesa do delegado.

Delegado: Pronto! - o Delegado ouve a pessoa que vai transferir a ligação. - Tá, pode passar. É pra você.

Paulo: Pra mim? Quem é?

Delegado:Gurgel, trabalha na construtora do dr. Claude Geraldy.

Paulo: Alô!

Gurgel: Dr. Paulo, aqui é o Gurgel que está falando, eu trabalho na construtora do dr. Claude.

Paulo: Pois não, Gurgel, como vai?

Gurgel: Bem, obrigado. Eu tenho algumas informações pro senhor que acho que pode ajudar nas investigações do caso Zequias.

Paulo: É mesmo?

Gurgel: É, mais eu gostaria de falar pessoalmente.

Paulo: Essas coisas devem ser pessoalmente mesmo. Quando podemos falar?

Gurgel: Pode ser hoje à noite? Agora estou no trabalho.

Paulo: Sem dúvida, me diga onde quer que eu o encontre.

Gurgel: Anota o endereço, por favor.

Paulo: Claro, pode falar.

Gurgel marca com o investigador numa lanchonete fora do circuito do trabalho.

Gurgel: Aguardo o senhor as oito horas. Obrigado.

Paulo: Eu é que agradeço. Abraço!

Paulo desliga o telefone e olha pro delegado com ar de satisfação.

Paulo: Estão surgindo as nossas testemunhas...

Delegado: Que bom.

Paulo: Vou pra casa tomar um banho e descansar, pra logo mais encontrar com esse Gurgel e ver o que ele tem a nos dizer.

Delegado: Beleza, até mais!

Paulo: Até!

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Claude: Vamos embora pra casa?

Rosa: Claude, vamos esperar só mais um pouquinho? O mensageiro já deve estar chegando com os documentos...sabe como é...tenho medo que ele perca, deixando em qualquer canto.

Claude: É só pedir pra Janete ficar com os documentos.

Rosa sorri pra Claude pensando no que vai dizer.

Rosa: É que a Janete é tão avoada também...

Claude: Ai, Mon Dieu! Esse seu mistério está me deixando cabreiro.

Rosa: Que mistério, Claude? Não tem mistério nenhum.

Batem na porta.

Claude: Entra.

Mensageiro: Dona Rosa, está aqui.

Rosa: Tá tudo certinho? Tudo como eu pedi?

Mensageiro: Tá sim senhora.

Rosa: Obrigada! Você é um anjo.

O mensageiro sai e Rosa dá o toque de recolher.

Rosa: Vamos?

Claude: Vamos. Quer que eu leve isso pra você.

Rosa: Obrigada, tá leve, é só um envelope.

Claude: Enton, por favor... - abre a porta pra Rosa passar.

Rosa: Janete, estamos indo.

Janete: Tá bom. Tchauzinho.

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Giovani: Amália, aproveita que veio nos visitar e conversa com a Terezinha, ela tá muito estranha. Eu pergunto o que aconteceu e ela não fala, diz que não foi nada...

Amália: É mesmo? Vou lá falar com ela.

Amália vai ao quarto conversar com a Terezinha.

Amália: Filha, posso entrar?

Terezinha: Oi mãe! Não sabia que a senhora estava aí.

Amália: Estava com saudade de vocês, então vim fazer aquela visitinha.

Terezinha: Que bom.

Amália: Que foi? Que carinha é essa?

Terezinha: Nada mãe, tá tudo bem.

Amália: Olha a mentira...

Terezinha: Mãe... o Beto.

Amália: O que tem o Beto?

Terezinha: Ele é irmão da Raquel.

Amália: Que Raquel?

Terzinha: Aquela com a qual o Milton me traiu.

Amália: A filha da Nara?

Terezinha: É mãe, é isso aí!

Amália: Ele também é filho da Nara? Meu Deus!

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Anoitece....

Paulo: Gurgel?

Gurgel: Ah, como vai?

Paulo: Bem, obrigado.

Gurgel: Senta, por favor.

Paulo: E então Gurgel? Sou todo ouvidos...

Gurgel: Dr. Paulo, eu vou comerçar a estória desde o princípio, mas o dr. Egídio não pode saber dessa nossa conversa, senão eu posso ser a próxima vítima.

Paulo: Fica tranquilo, a polícia pode te proteger. É importante que você conte tudo o que sabe.

Gurgel: Tá... Um dia eu estava no escritório conversando com a Janete, secretária da diretoria, quando o Zequias chegou procurando por Olegário... - Gurgel conta toda a estória do Zequias para o Paulo que o ouve atentamente.

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Rosa e Claude chegam em casa.

Rosa: Dádi, chegamos!

Dádi: Olá!

Rosa: E a minha mãe?

Dádi: Foi visitar seu pai e seus irmãos. Disse que vinha pro jantar.

Claude: Vou subir pra tomar um banho.

Rosa: Eu também vou me arrumar, mas antes vou ligar pra minha mãe, ver se ela demorar.

Claude sobe em direção ao seu quarto e Rosa pega o telefone para ligar para a mãe.

Amália: Alô!

Rosa: Oi mãe! Estou ligando pra saber se você vai demorar?

Amália: Filha, resolvi ficar aqui hoje. A Terezinha tá tão tristinha...

Rosa: É...eu sei. Já conversei com ela, espero que ela volte atrás.

Amália: Eu também.

Rosa: O pai sabe que você não vai vir pra cá?

Amália: Sabe, sabe sim.

Rosa: E ele não falou nada?

Amália: Não...não falou nadinha.... - mentiu.

Rosa: Sério?

Amália: Seríssimo.

Rosa: Então tá... Bom mãe, vou desligar porque preciso me arrumar pro jantar.

Amália: Tá. Boa noite minha filha.

Rosa desliga o telefone e pensa que finalmente vai ter uma noite sozinha com Claude.

Rosa: Dádi!

Dádi: Oi d. Rosa!

Rosa: O que temos para o jantar?

Dádi: Frango, arroz branco e salada verde.

Rosa: Que delícia! Vou me arrumar...- Rosa para nos primeiros degraus da escada e volta-se para Dádi. - Dádi, você não tem nada para fazer hoje?

Dádi: Não tenho não, d. Rosa.

Rosa: Tem certeza?

Dádi percebe a segunda intenção da patroa na pergunta e resolve colaborar.

Dádi: Pensando bem d. Rosa, eu vou no meu forrozinho hoje.

Rosa: Divirta-se, Dádi.

Dádi: Vocês também.

Rosa: (ri) Obrigada.

Rosa sobe para o seu quarto para se arrumar.

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Paulo: Gurgel, tem alguma ideia de onde o Zequias possa estar?

Gurgel: Não, não tenho. Ele depois que saiu do hospital esteve uma única vez no escritório atrás do dr. Egídio, mas nunca mais apareceu.

Paulo: Sei...

Gurgel: Eu acho que ele deve ter voltado pra terra dele. Acho que no interior do Ceará...não me lembro o nome... Pa...Pacatuba!

Paulo: Se... Ele citou algum outro nome?

Gurgel: Não, só o do tal Bentinho, que a gente também não sabe quem é.

Paulo: Tem mais alguma coisa que você queira falar?

Gurgel: Não, isso é tudo.

Paulo: Então tá. Eu vou indo então, obrigado pelas informações.

Gurgel: Por nada.

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Rosa desce para o jantar e encontra Claude aguardando por ela na sala.

Claude: Cherry! Você está linda!

Rosa: Obrigada.

Claude: E sua mãe?

Rosa: Não vem.

Claude: Non?

Rosa: Vai dormir com a Terezinha hoje.

Claude: Ah... - Claude disfarça o entusiasmo e gosta da ideia.

Rosa: Vamos?

Na mesa do jantar Claude nota a ausência da Dádi.

Claude: Cadê a Dádi?

Rosa: Saiu, disse que ía ao forró.

Claude: Estamos sozinhos então?

Rosa: Tudo indica...

Claude: Finalmente!

Rosa:(ri) Não fala assim.

Claude: Se você soubesse o quanto é difícil...

Rosa: Também não exagera. Vamos jantar, vai!

Claude: Vamos, porque eu quero a sobremesa.

Rosa: Nem sei se tem, a Dádi não falou nada.

Claude: Non é dessa que eu tô falando.

Rosa: (ri) Que horror! Você anda impossível.

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4 comentários:

  1. Claudia, adorei a sugestão da sobremesa... estou aguardando a próxima parte ansiosamente...

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  2. RSRSRS!!! Cada dia mais entusiasmada com estas versões!! Pena que com a novela não é a mesma coisa!! Mais agora já foi né!! Vou me contentar em ler e imaginar as cenas maravilhosas que vocês escrevem!!! Beijoss

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  3. Cláudia, que bom que D.Amália resolveu jantar no cortiço e deixar o casal em paz! Pena que a D. Amália do TS, não faça isso! Continua, estou curiosa pelo que vem por aí! Bjs.

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  4. Claudinha linda, meu amor; sei que ontem vc tá muito cansada, mas hj vc vai postar né. Tô tão curiosaaaaaaaaaaa. Por favorrrrrrrrr. Não tenho remedio pra ansiedade. kkkk. Bjin.

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