Rosa está na sala lendo alguns documentos quando chega Janete.
Janete: Rosa, estão aqui os papéis.
Rosa: Ele assinou?
Janete: Claro, falei pra você que ele nem olha pra essas cartas.
Rosa: Ótimo! Me faz um favor? Chama o nosso mensageiro, preciso falar com ele.
Janete: Quer alguma coisa? Posso providenciar...
Rosa: Obrigada Janete, às vezes sinto falta de fazer o meu serviço de secretária... Peça só pra ele vir até aqui.
Janete: Você é quem sabe, mas não precisa fazer isso...
Rosa: Vai lá, não se preocupa.
Janete sai da sala e analisa o documento assinado por Egídio. “Perfeito! Não imaginei que fosse ser tão fácil”. Batem na porta.
Rosa: Oi, tudo bem? Me faz um favor, preciso que você vá ao cartório que tem aqui na rua e faça o reconhecimento de firma da assinatura do dr. Egídio aqui e depois vá ao outro cartório, o de títulos e documento, aquele da 15 de Novembro, sabe? E faça o registro desse instrumento. Quando voltar devolva isso nas minhas mãos, ok? Não entrega pra ninguém.
Mensageiro: Claro, d. Rosa, pode deixar.
Rosa: Obrigada! Agora corra antes que o cartório feche.
Claude chega na sala e cruza com o mensageiro saindo.
Claude: Oi, tudo bem?
Mensageiro: Tudo bem, dr. Claude.
Rosa: E aí, Claude?
Claude: Tudo bem... já pensou num lugar pro pessoal do cortiço morar? Nós precisamos demolir aquilo pra construir as casas.
Rosa: Você conseguiu descobrir quem comprou o cortiço?
Claude: Consegui.
Rosa: E quem foi?
Claude: O dono de uma construtora.
Rosa: O dono de uma construtora? Que coincidência. E você o conhece?
Claude: Sim, é da concorrência.
Rosa: Claude, mas como você quer construir num terreno que não é seu?
Claude: Você cismou com isso, já disse que vou resolver. Você só precisa pensar onde aquele pessoal vai ficar durante a construção.
Rosa: Tá bom, vou ver isso. Quanto tempo eu tenho?
Claude: Uma semana.
Rosa: Uma semana? Claude, é muito pouco... Tem dez famílias no cortiço.
Claude: Você consegue, tenho certeza.
Rosa: Tá bom, vou ver o que consigo fazer.
Claude: Agora, vamos mudar de assunto... - diz se aproximando de Rosa.
Rosa: Ihhh, que foi?
Claude: Tá zangada comigo ainda?
Rosa: Não.
Claude se aproxima ainda mais.
Claude: Então está tudo bem?
Rosa: Está.
Claude: Mesmo?
Rosa: Mesmo.
Claude e Rosa trocam um olhar lânguido, Claude acaricia os cabelos e na hora do beijo...
Frazão: Opa! Desculpa aí... já estou de saída. - Frazão sai da sala com a mesma pressa com que entrou.
Claude e Rosa riem da situação, mas dessa vez não perdem o clima e se beijam.
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Dona Amália está de saída para o cortiço.
Amália: Dádi, vou até o cortiço, volto pro jantar. Vou ver meu Giovani e as minhas crianças.
Dádi: Tá bom d. Amália.
Amália: Qual é o cardápio do jantar? A polentinha do almoço estava deliciosa.
Dádi: Frango assado com salada verde e arroz.
Amália: Ai que delícia, adoro frango. Bom, vou indo porque senão fica tarde.
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Na delegacia...
Paulo: Nós temos um grande um grande volume de informação sobre esse caso. O mais estranho de tudo isso é a origem desse dr. Egídio, que na verdade é Olegário.
Delegado: De onde ele é?
Paulo: Pacatuba, conhece?
Delegado: Não! Em que estado fica essa cidade?
Paulo: Ceará. Preciso ir pra lá urgente delegado.
Delegado: Tá certo, fala com o pessoal do apoio, eles vão providenciar tudo pra você.
Paulo: O Beto, neto do dr. Egídio, disse que o avô esteve recentemente na cidade, mas que não foi muito claro sobre o que foi fazer lá. Sabe quem também é dessa cidade?
Delegado: O tal Zequias?
Paulo: Exatamente!
O telefone toca na mesa do delegado.
Delegado: Pronto! - o Delegado ouve a pessoa que vai transferir a ligação. - Tá, pode passar. É pra você.
Paulo: Pra mim? Quem é?
Delegado:Gurgel, trabalha na construtora do dr. Claude Geraldy.
Paulo: Alô!
Gurgel: Dr. Paulo, aqui é o Gurgel que está falando, eu trabalho na construtora do dr. Claude.
Paulo: Pois não, Gurgel, como vai?
Gurgel: Bem, obrigado. Eu tenho algumas informações pro senhor que acho que pode ajudar nas investigações do caso Zequias.
Paulo: É mesmo?
Gurgel: É, mais eu gostaria de falar pessoalmente.
Paulo: Essas coisas devem ser pessoalmente mesmo. Quando podemos falar?
Gurgel: Pode ser hoje à noite? Agora estou no trabalho.
Paulo: Sem dúvida, me diga onde quer que eu o encontre.
Gurgel: Anota o endereço, por favor.
Paulo: Claro, pode falar.
Gurgel marca com o investigador numa lanchonete fora do circuito do trabalho.
Gurgel: Aguardo o senhor as oito horas. Obrigado.
Paulo: Eu é que agradeço. Abraço!
Paulo desliga o telefone e olha pro delegado com ar de satisfação.
Paulo: Estão surgindo as nossas testemunhas...
Delegado: Que bom.
Paulo: Vou pra casa tomar um banho e descansar, pra logo mais encontrar com esse Gurgel e ver o que ele tem a nos dizer.
Delegado: Beleza, até mais!
Paulo: Até!
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Claude: Vamos embora pra casa?
Rosa: Claude, vamos esperar só mais um pouquinho? O mensageiro já deve estar chegando com os documentos...sabe como é...tenho medo que ele perca, deixando em qualquer canto.
Claude: É só pedir pra Janete ficar com os documentos.
Rosa sorri pra Claude pensando no que vai dizer.
Rosa: É que a Janete é tão avoada também...
Claude: Ai, Mon Dieu! Esse seu mistério está me deixando cabreiro.
Rosa: Que mistério, Claude? Não tem mistério nenhum.
Batem na porta.
Claude: Entra.
Mensageiro: Dona Rosa, está aqui.
Rosa: Tá tudo certinho? Tudo como eu pedi?
Mensageiro: Tá sim senhora.
Rosa: Obrigada! Você é um anjo.
O mensageiro sai e Rosa dá o toque de recolher.
Rosa: Vamos?
Claude: Vamos. Quer que eu leve isso pra você.
Rosa: Obrigada, tá leve, é só um envelope.
Claude: Enton, por favor... - abre a porta pra Rosa passar.
Rosa: Janete, estamos indo.
Janete: Tá bom. Tchauzinho.
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Giovani: Amália, aproveita que veio nos visitar e conversa com a Terezinha, ela tá muito estranha. Eu pergunto o que aconteceu e ela não fala, diz que não foi nada...
Amália: É mesmo? Vou lá falar com ela.
Amália vai ao quarto conversar com a Terezinha.
Amália: Filha, posso entrar?
Terezinha: Oi mãe! Não sabia que a senhora estava aí.
Amália: Estava com saudade de vocês, então vim fazer aquela visitinha.
Terezinha: Que bom.
Amália: Que foi? Que carinha é essa?
Terezinha: Nada mãe, tá tudo bem.
Amália: Olha a mentira...
Terezinha: Mãe... o Beto.
Amália: O que tem o Beto?
Terezinha: Ele é irmão da Raquel.
Amália: Que Raquel?
Terzinha: Aquela com a qual o Milton me traiu.
Amália: A filha da Nara?
Terezinha: É mãe, é isso aí!
Amália: Ele também é filho da Nara? Meu Deus!
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Anoitece....
Paulo: Gurgel?
Gurgel: Ah, como vai?
Paulo: Bem, obrigado.
Gurgel: Senta, por favor.
Paulo: E então Gurgel? Sou todo ouvidos...
Gurgel: Dr. Paulo, eu vou comerçar a estória desde o princípio, mas o dr. Egídio não pode saber dessa nossa conversa, senão eu posso ser a próxima vítima.
Paulo: Fica tranquilo, a polícia pode te proteger. É importante que você conte tudo o que sabe.
Gurgel: Tá... Um dia eu estava no escritório conversando com a Janete, secretária da diretoria, quando o Zequias chegou procurando por Olegário... - Gurgel conta toda a estória do Zequias para o Paulo que o ouve atentamente.
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Rosa e Claude chegam em casa.
Rosa: Dádi, chegamos!
Dádi: Olá!
Rosa: E a minha mãe?
Dádi: Foi visitar seu pai e seus irmãos. Disse que vinha pro jantar.
Claude: Vou subir pra tomar um banho.
Rosa: Eu também vou me arrumar, mas antes vou ligar pra minha mãe, ver se ela demorar.
Claude sobe em direção ao seu quarto e Rosa pega o telefone para ligar para a mãe.
Amália: Alô!
Rosa: Oi mãe! Estou ligando pra saber se você vai demorar?
Amália: Filha, resolvi ficar aqui hoje. A Terezinha tá tão tristinha...
Rosa: É...eu sei. Já conversei com ela, espero que ela volte atrás.
Amália: Eu também.
Rosa: O pai sabe que você não vai vir pra cá?
Amália: Sabe, sabe sim.
Rosa: E ele não falou nada?
Amália: Não...não falou nadinha.... - mentiu.
Rosa: Sério?
Amália: Seríssimo.
Rosa: Então tá... Bom mãe, vou desligar porque preciso me arrumar pro jantar.
Amália: Tá. Boa noite minha filha.
Rosa desliga o telefone e pensa que finalmente vai ter uma noite sozinha com Claude.
Rosa: Dádi!
Dádi: Oi d. Rosa!
Rosa: O que temos para o jantar?
Dádi: Frango, arroz branco e salada verde.
Rosa: Que delícia! Vou me arrumar...- Rosa para nos primeiros degraus da escada e volta-se para Dádi. - Dádi, você não tem nada para fazer hoje?
Dádi: Não tenho não, d. Rosa.
Rosa: Tem certeza?
Dádi percebe a segunda intenção da patroa na pergunta e resolve colaborar.
Dádi: Pensando bem d. Rosa, eu vou no meu forrozinho hoje.
Rosa: Divirta-se, Dádi.
Dádi: Vocês também.
Rosa: (ri) Obrigada.
Rosa sobe para o seu quarto para se arrumar.
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Paulo: Gurgel, tem alguma ideia de onde o Zequias possa estar?
Gurgel: Não, não tenho. Ele depois que saiu do hospital esteve uma única vez no escritório atrás do dr. Egídio, mas nunca mais apareceu.
Paulo: Sei...
Gurgel: Eu acho que ele deve ter voltado pra terra dele. Acho que no interior do Ceará...não me lembro o nome... Pa...Pacatuba!
Paulo: Se... Ele citou algum outro nome?
Gurgel: Não, só o do tal Bentinho, que a gente também não sabe quem é.
Paulo: Tem mais alguma coisa que você queira falar?
Gurgel: Não, isso é tudo.
Paulo: Então tá. Eu vou indo então, obrigado pelas informações.
Gurgel: Por nada.
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Rosa desce para o jantar e encontra Claude aguardando por ela na sala.
Claude: Cherry! Você está linda!
Rosa: Obrigada.
Claude: E sua mãe?
Rosa: Não vem.
Claude: Non?
Rosa: Vai dormir com a Terezinha hoje.
Claude: Ah... - Claude disfarça o entusiasmo e gosta da ideia.
Rosa: Vamos?
Na mesa do jantar Claude nota a ausência da Dádi.
Claude: Cadê a Dádi?
Rosa: Saiu, disse que ía ao forró.
Claude: Estamos sozinhos então?
Rosa: Tudo indica...
Claude: Finalmente!
Rosa:(ri) Não fala assim.
Claude: Se você soubesse o quanto é difícil...
Rosa: Também não exagera. Vamos jantar, vai!
Claude: Vamos, porque eu quero a sobremesa.
Rosa: Nem sei se tem, a Dádi não falou nada.
Claude: Non é dessa que eu tô falando.
Rosa: (ri) Que horror! Você anda impossível.
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Claudia, adorei a sugestão da sobremesa... estou aguardando a próxima parte ansiosamente...
ResponderExcluirRSRSRS!!! Cada dia mais entusiasmada com estas versões!! Pena que com a novela não é a mesma coisa!! Mais agora já foi né!! Vou me contentar em ler e imaginar as cenas maravilhosas que vocês escrevem!!! Beijoss
ResponderExcluirCláudia, que bom que D.Amália resolveu jantar no cortiço e deixar o casal em paz! Pena que a D. Amália do TS, não faça isso! Continua, estou curiosa pelo que vem por aí! Bjs.
ResponderExcluirClaudinha linda, meu amor; sei que ontem vc tá muito cansada, mas hj vc vai postar né. Tô tão curiosaaaaaaaaaaa. Por favorrrrrrrrr. Não tenho remedio pra ansiedade. kkkk. Bjin.
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